23 de fevereiro de 2009

Cinema: Coraline e o mundo secreto 3D
Lanchonete: Joakins

Se você lesse num cartaz a frase "do mesmo diretor de O Estranho Mundo de Jack", que tipo de filme você esperaria? 

Com exceção daqueles que não fazem a mínima idéia de que filme o anúncio trata, você saberia que tem a ver com algo assustador, já que o referido trata-se de um esqueleto, o rei do Halloween (o feriado do dia das bruxas), que vive no mundo dos mortos e que decide seqüestrar o papai noel e mudar o estilo do natal para o dele. O filme é muito interessante, pois é feito todo com bonecos e massinhas, e o resultado final, impressionante. Mas, definitavamente, não é filme pra crianças que têm medo assistir. 

O filme deste post tem como personagem principal uma graciosa garotinha de cabelos azuis, com a voz da gracinha Dakota Fanning (Guerra dos Mundos) na versão original, o que de pronto engana todos, fazendo parecer um simples conto de fadas. NÃO É! E na versão 3D o susto pode ser ainda maior, já que alguns seres estranhos saltam pertinho dos olhos. 

Ao meu lado, um casal com um menino, de mais ou menos 10 anos, fez o que ninguém esperava, começou a soluçar de tanto chorar, implorando pros pais que queria ir embora. Foi pelo meio do filme que começou o berreiro e só parou quando as luzes se acenderam. A cada cena mais tensa, o moleque chorava e todos caiam em gargalhada no cinema, e o meu filme sinistro quase se converteu numa comédia, graças a ele, que vai passar o próximo mês dormindo na cama dos pais, de medo. 

O filme conta a história de Coraline, que se muda com os pais para uma casa muito antiga, com uma misteriosa porta que dá passagem para um mundo paralelo, onde tudo o que ela não gosta no mundo real são perfeitos, e ela tem que escolher em qual dos mundos quer ficar. Claro que nada é de graça. 

Eu recomendo o filme a todos que gostam de filmes como "O Estranho Mundo de Jack" e "A Noiva Cadáver", ainda que não seja de autoria de Tim Burton, conhecido por outros filmes esquisitos, no estilo "Edward mãos de tesoura". Já aos que não curtem o gênero é melhor não assistir, porque é pura "viagem na maionese". 

Mais uma observação, quem tem problema de labirintite, epilepsia ou outros problemas agudos de tontura não deve assistir na versão 3D. Algumas cenas (acho que eram 3) fazem sua visão rodar e dão uma sensação bem ruim. 


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Lanchonete: Joakins

Eu fiquei com vontade de comer uma besteirinha e decidi conhecer o tão falado Joakins (deixa meu gastro ler isso). 

O ambiente é bem agradável, com decoração clean, atendimento bem simpático, ketchup e mostarda Heinz, mas nada de espetacular no cardápio. Nada que eu não encontre em qualidade e sabor em outra lanchonete menos badalada da cidade. 

A maionese da casa é boa, mas não impressiona. A batatinha, por ser da McCain, ou seja, as fininhas congeladas, não tem nada de especial também. E o pão, por ser passado na chapa fica meio duro. 

Se for até a região... ande um pouquinho mais e coma no New Dog. O sanduíche é mais gostoso e você não vai sentir diferença no atendimento. 

16 de fevereiro de 2009

Filme: Cartas de Iwojima

Num final de semana, com clima mais ou menos, nada para fazer e um controle remoto na mão, comecei a zapear e encontrei esse filme passando e resolvi assistir, já que foi tão comentado à época. 

Filmes de guerra sempre são tristes, mas esse não traz um romance piegas para fazer um final feliz como de praxe. Esse filme traz a guerra, fria e cruel como ela é, e a questão da honra e patriotismo japonês acima de tudo. 

Li num site sobre cinema que esse filme foi feito, porque, após o anúncio das filmagens de 'A Conquista da Honra' (Flag of our fathers), o governo japonês pediu ao diretor, Clint Eastwood, que respeitasse a memória dos bravos soldados que deram suas vidas pelo país (por que eles não falaram nada quando fizeram as filmagens de Pearl Harbor? Até hoje tenho raiva daquele filme, porque eles não deixaram claro a coragem dos japoneses que se mataram para proteger seu país, com seus kamikazes, e a covardia dos americanos que revidaram, não com uma batalha, mas com um par de bombas atômicas, jogada à distância, matando milhares de civis japoneses). 

Com esse pedido surgiu a idéia de contar a mesma guerra sob as duas perspectivas: uma dos americanos e outra dos japoneses. Tanto é assim que Cartas de Iwojima (Letters from Iwojima - 硫黄島からの手紙) é todo falado em japonês. 

Quem não entende como a questão da honra é forte para os japoneses pode sentir um pouco disso nas cenas, e isso deixa ainda mais claro a existência dos kamikazes, afinal, para os japoneses tudo se resume a uma coisa: "em nome do imperador". 

Não vou dizer que é um programa agradável para uma tarde de domingo, mas o filme é realmente tocante e me deixa ainda mais perplexa ao imaginar que nos dias de hoje, os EUA, após ter feito tanto mal pra tanta gente, ainda tenha coragem de declarar mais guerras mundo afora.

9 de fevereiro de 2009

Rodízio de Sushi: Restaurante Yokozuna

A foto de mau-gosto ímpar, publicada na revista Época, que aponta o Yokozuna como melhor rodízio de sushi da cidade, não peca só pela imagem, mas pela escolha. 

Concordo que o atendimento é super simpático e a casa, apesar de pequena, é bem jeitosa, inclusive na decoração delicada. 

Os meus elogios vão para o corte do sashimi, realmente muito bem cortados e peixes de boa qualidade, e para o temaki de atum com tudo que se tem direito, feito com nori (folha de alga) muito bom. 

Razoáveis estavam também a anchova, o yakisoba, o guiozá e o misoshiru, que teria ficado melhor sem o aguê (massa de soja). 

O resto, é resto. O arroz do sushi está mais para um simples oniguiri (bolinho de arroz comum) de shirogohan (arroz branco típico japonês) do que para o verdadeiro niguirizushi. O único acerto do sushi é que eles não vem "comprimidos" como fazem as churrascarias e alguns lugares que vendem algo com o nome de sushi, ou seja, os do Yokozuna são macios e no tamanho certo para comer. 

O tarê (molho à base de shoyu adocicado) é excessivamente doce, o que estragou o temaki de skin (pele de salmão frito), e o shimeji vem excessivamente temperado e lambuzado, o que o torna enjoativo. Talvez seja para agradar o paladar brasileiro, que gosta de coisas mais temperadas, mas que fique claro que comida japonesa de verdade não é assim. 

Para beber, além de chá (comida japonesa pede chá), pedi uma caipirinha que era qualquer coisa, menos caipirinha. As frutas não foram socadas e, acho eu, esqueceram que tinham que colocar açúcar no preparo. Em compensação, o copo veio cheio de saquê. 

Veredito? Se você mora na região de Pinheiros, muito pertinho, não é de todo uma má opção, já que o preço é bom para um rodízio. Se você vai ter que se deslocar mesmo e quer comer um rodízio de verdade, vá até a Liberdade. É mais caro, mas pelo menos não é fingimento de comida japonesa.

2 de fevereiro de 2009

Lanchonete: PJ Clarks

No sábado à noite, entre 3 opções, fomos parar no PJ Clarks, uma lanchonete nova, aberta no final de 2007, na região do Itaim, numa rua absurdamente bagunçada. 

Uma casa pequena, quase no final da Mario Ferraz, abriga essa lanchonete que não tem uma personalidade muito definida , apesar de ter sido anunciada como restaurante no estilo americano. Exceto pelas fotos e uma frase de Benjamin Franklin que diz "Beer is proof that God loves us and wants us to be happy" (cerveja é a prova de que Deus nos ama e quer que sejamos felizes), poderia passar por um pub ou uma cantina. 

A espera é pequena e a área de fumante e não fumante é separada por uma parede, o que torna o ambiente para os não fumantes agradável, longe do incômodo cheirinho de fumaça. 

O atendimento é cordial e rápido, mas o cardápio, definitivamente, não impressiona. Só me chamou a atenção a frase no alto do cardápio das bebidas, de Frank Sinatra, "I feel sorry for people who do not drink. When they wake up in the morning it is as good as they are going to feel all day", algo como "Sinto pena daqueles que não bebem. Quando eles acordam de manhã é o melhor que eles se sentiram o dia todo". 

O sanduíche em destaque na foto chama-se Brazilian Crab Sanduich e tem de diferente a carne que lembra uma enorme casquinha de siri. Ao fundo o meu sanduíche, chamado The Caddilac que veio com um hamburger enorme e muito suculento, e o pratinho vazio usado para comer as "PJ home fries", batatas em cubos, cozidas e depois douradas com cebola, cheiro verde e muito óleo. O excesso de óleo que acompanhava as batatas me deixaram com azia o resto da noite. 

Para beber, além da coca zero (não sou hipócrita. Eu tomo coca zero ou light porque gosto do sabor e não pela redução de calorias), um chopp Stella Artois, com pouco colarinho, como eu gosto. 

E para finalizar, uma sobremesa tipicamente americana: NY cheesecake, com o creme um pouco mais firme do que eu gostaria, mas com uma calda de frutas vermelhas e algumas frutinhas para decorar muito boa mesmo. 

Avaliação final? Tirando as variações de pratos a base de siri e alguns outros com outros frutos do mar, nada impressiona muito, a não ser os preços. 

Tem estacionamento do lado, conveniado, que oferece desconto para clientes do PJ... acredite, com desconto são R$15,00 por 4 horas! Sem desconto seriam R$25,00... ou seja, um encontro com amigos por tempo prolongado pode sair um pouco mais caro do que se imagina.