24 de abril de 2017

Corrida: 2ª Netshoes Fun Race - retornando às origens =)

Eu até li o post da primeira corrida antes de escrever esse, só para ver o que mudou de lá para cá e a parte mais engraçada é ler "Se eu vou ter coragem de ir em outra, não sei...".

A Netshoes Fun Race foi a minha primeira corrida de rua na vida, literalmente. Até aquela data eu nunca tinha cogitado tal possibilidade, nem achava que um dia simpatizaria com a modalidade, já que eu sou péssima em esportes. Sabe aquela que só os amigos escolhiam para o time da escola? Essa sou eu!

A motivação daquela corrida era o brinde, uma sportband que não durou tempo suficiente para ser usado para correr, porque o app de sincronização só dava erro, ainda que tenha testado e descoberto que ele era tão impreciso que não dava para usar para ajudar nos treinos de corrida.

Dessa vez a motivação para me inscrever foi o vínculo emocional e a inscrição na modalidade meia, por conta de eu ser estudante, coisa que não existe em corridas de rua.

Eu nem ia me inscrever, porque eu só me inscrevo em, no máximo, 1 corrida por mês e já estava inscrita em uma que era na primeira semana, muito antes de descobrir que a Netshoes tinha criado a segunda edição, 2 anos depois da primeira.

Na verdade, eu achava que eles tinham desistido dessa vida de corridas, depois da bagunça que foi a primeira. rs

Fazer a inscrição foi um suspense, porque para conseguir a meia de estudante precisava enviar um email para eles, aguardar a resposta, enviar os documentos comprobatórios, aguardar a conferência e um email com o código para a inscrição com desconto. Isso levou mais de 1 semana, sem resposta pelo Facebook, e eu já estava achando que não ia conseguir, o que seria bom, porque eu não ia me inscrever se fosse para pagar o valor cheio.

Quando chegou o código, fiz logo a inscrição e a personalização do brinde da chegada, que era uma camiseta com um dos personagens criados para a corrida. Uma única reclamação é que dos 7 personagens, 3 eram mulheres, e só criaram a versão oriental do masculino. Acabei escolhendo a bonequinha branca com cabelos escuros, fazer o que?

Dias depois da inscrição, mesmo sabendo que quem faz inscrição em condições especiais precisa retirar pessoalmente para apresentar documentos e confirmar sua condição (caso dos idosos e deficientes, que não podem ter seus kits retirados por procuração para evitar fraudes), eu recebi um email com um código de rastreio. Estranhei, mas não questionei. De repente, comecei a ver uma chuva de gente reclamando que recebeu códigos de rastreio inválidos e fui testar o meu, para descobrir que o sistema deles deve ser meio bugado e envia códigos inexistentes para casos em que não há envio.

Enfim, eu já sabia das regras e não ia reclamar de algo que eu sabia que não tinha direito. Na véspera, recebemos um email da organizadora com horários e endereço para retirada dos kits e, adivinha, o endereço do portão era o errado. Já comecei a pensar que isso era mal sinal.

Kit retirado sem problemas, ouvi um monte de gente que foi retirar o kit, porque não recebeu pelos Correios e tendo que assinar uma declaração de que se recebesse o kit, que foi enviado, devolveria o mesmo para a Netshoes.

Uma curiosidade, quanto prejuízo eles levaram nessa brincadeira, por ter que confeccionar mais kits do que os vendidos?

A corrida foi bem tranquila e o percurso foi interessante, já que eu adoro correr no corredor norte-sul, um lugar que costuma ser sinônimo de tudo parado (até é para quem transita de carro na região, no horário da corrida) e vira um lugar livre, para correr na velocidade que eu quiser. Só fiquei com dó de quem mora nos prédios que ficam perto do Clube Ipê, porque a organização colocou uma banda, com bateria e tudo, tocando para animar a gente.

Na chegada, tudo bem organizado, com as medalhas sendo entregues ali no corredor (da outra vez eles fizeram dentro da arena, numa fila que não funcionou e devem ter perdido o controle das entregas), filas por inicial do nome para retirada da camiseta finisher e várias filas para o guarda-volumes. As filas eram enormes, mas isso faz parte.

Foi bom poder voltar onde tudo começou e constatar que, agora, eu gosto mesmo dessa brincadeira!

17 de abril de 2017

Filme: Chico & Rita

Eu queria assistir a algo diferente e acabei escolhendo Chico & Rita, uma animação para o público adulto (por favor, é desenho, mas nem pense em deixar as crianças na sala), com teor político, mostrando uma Cuba pré-revolução e o antigo sonho americano.

Chico é um pianista cubano, que sonha com uma carreira na música e Rita é uma moça bonita que canta em clubes noturnos e, ao que dá a entender no filme, também é um tipo de acompanhante por dinheiro.

A vida dos 2 se cruzam numa noite e, juntando seus talentos, participam de um concurso de rádio que lhes concede um contrato com um hotel para fazer shows.

Numa dessas noites, um produtor americano descobre Rita e acaba a levando para Nova York, para onde Chico também segue separado de seu amor.

Ambos conseguem seguir carreira na música durante suas juventudes, mas diversas reviravoltas acontecem em suas vidas e os mantém separados.

Uma história sobre a vida na antiga Cuba e a relação com os americanos, acompanhado de um drama romântico musical que vale a pena ver e ouvir.

10 de abril de 2017

Livro: Orgulho e Preconceito de Jane Austen

Essa é a capa da edição econômica que eu comprei numa promoção da Saraiva, muito tempo atrás, mas a Martin Claret está relançando seus clássicos em versões capa dura com detalhes dourados que são lindas demais.

Mas como o que importa é o conteúdo, vamos ao que interessa.

É impressionante ler Orgulho e Preconceito (não li as outras histórias do livro), pensar que o texto foi escrito em 1797 e trata de um tema tão atual: o feminismo e o poder de uma mulher com vontade própria.

Se você lembrar que a história foi escrita numa época em que mulheres eram criadas para serem donas de casa e, de preferência, absolutamente submissas e não pensantes, é um choque imaginar que uma mulher daquela época pensou em algo que só viria a acontecer muitos séculos depois, como ter vontade própria, dizer não e impor respeito perante os homens.

A personagem principal, Elisabeth, é uma dessas mulheres que não chamariam a atenção numa sala cheia de beldades, mas que se não era a mulher mais linda do salão, era sem dúvida a com mais personalidade, o que acaba encantando o todo metidinho do Darcy, que foi criado num mundo machista, apesar de ser um cavalheiro tipicamente londrino: educado, mas que achava que lugar de mulher era na cozinha ou coisa parecida, e que não existia mulher inteligente.

Leitura importantíssima para o momento que vivemos, mostrando que as mulheres devem se valorizar e que os homens (claro que não são todos) precisam entender que mulher merece respeito pelo simples fato de ser humana e não só por seu gênero.

Dica, se você for comprar a versão em português, compre as edições da Martin Claret. Eu cheguei a tentar ler de outras 2 outras editoras, mas a tradução da Martin é a mais bonita. A história é a mesma, mas a escolha das palavras faz toda a diferença e dá o tom adequado para o texto da Jane Austen.

3 de abril de 2017

Livro: Diálogos Impossíveis de Luis Fernando Veríssimo

Quem lê um livro de Luis Fernando Veríssimo costuma virar fã por sua linguagem simples e textos bem humorados.

Esse livro é uma coletânea de crônicas, que contam alguns diálogos diferentes e que começa com um texto onde o Drácula e o Batman estão conversando num asilo, passando por outras situações menos fictícias, e outras que até poderiam acontecer na vida real.

É o tipo de livro bom para ler no transporte público, porque são textos curtos e independentes, sendo que a interrupção não fará com que você tenha que voltar 50 páginas, ou pior, para o começo do livro, depois de um tempão sem ler, porque não lembra mais nada. rs

Mas vou alertar que, apesar de curtir muito o autor, alguns textos desta coletânea deixaram a desejar.

Na minha opinião os melhores de todos são "As mentiras que os homens contam" e "Comédias para ler na escola".