29 de abril de 2019

Crônicas de uma motociclista zero quilometro - capítulo 7: capa térmica para banco de moto

Resultado de imagem para capa termica para banco de motoNo dia que eu fui ver a Neo pela primeira vez na concessionária, eu tive que esperar por um tempo, porque só havia um vendedor na loja e 2 pessoas na minha frente. Como eu estava interessada em informações e naquele horário, nem que eu quisesse não encontraria outra loja da Yamaha aberta por perto, esperei.
Enquanto aguardava atendimento e procurava um lugar com sombra para deixar minha bike para não ficar com o selim super quente, um rapaz que eu imagino, seja o segurança da loja, ficou conversando comigo.

Quando eu falei do calor e o problema da moto ficar embaixo do sol, ele me falou sobre a existência de uma capa térmica, que ele não curte usar, mas que motoboy costuma usar, porque deixar a moto no sol e precisa sentar logo em seguida.

Com aquela informação, fui procurar a tal capa que eu já havia visto em umas motos que ficam estacionadas na rua de onde eu trabalho, e achava que era o acabamento do banco daquelas motos.

A capa é essa tela com elástico que aparece na foto, normalmente vendida na cor preta, tem 3 faixas de velcro para você prender por baixo do banco para segurar a capa no banco.

Como a gente nunca sabe onde vai ter que parar a moto, achei que seria uma boa ideia comprar a capa e depois de procurar muito, encontrei uma que coubesse no banco da Neo, porque banco de scooter é bem maior do que de moto comum.

O tamanho é XXL para a Neo.

Coloquei e a primeira coisa que aconteceu foi que, ao fechar o banco, as tiras do velcro do meio da capa estouraram. Foi quando eu entendi a crítica que muitos compradores fizeram, ainda que todos recomendassem a compra, por afirmar, a mesma coisa que eu vou afirmar agora: ela não faz falta.

O encaixe não é perfeito, porque ela é feita para se adequar a qualquer banco que tenha as medidas aproximadas, mas não fica feio e fica preso, acredito que mesmo sem o uso das faixas com velcro.

Agora vem a parte negativa: eu achei que faz escorregar. Na moto normal, você monta, então não vai escorregar, mas na scooter, em que você fica sentada/o no banco, parece que a capa te faz deslizar. Na única oportunidade que eu tive de usar a capa até agora, eu fui com ela, deixei com a capa enquanto a moto ficou na rua, mas antes de voltar, eu tirei a capa e sentei no banco que tem acabamento antiderrapante.

Não acho que seja exatamente jogar dinheiro fora, porque, de fato, ajuda a não esquentar o banco e se a minha scooter tivesse ficado embaixo do sol quase o dia todo, eu possivelmente teria voltado com a capa, ainda que escorregando um pouco, mas guiando mais devagar.

Só não ache que ela vai te servir na chuva, A capa é uma tela de fibra sintética, que não esquenta por não ser um tecido inteiriço. Ok, a água não fica retida nela, mas quando você sentar, ela não é rígida, então seu corpo vai tocar a água que estiver sobre o banco, logo abaixo da capa.

22 de abril de 2019

Crônicas de uma motociclista zero quilometro - capítulo 6: kit para chuva

Morando em São Paulo, cidade que já teve o apelido de Terra da Garoa, não poderia deixar de pensar na proteção para os dias de chuva, ainda que no momento eu mal tenha coragem para andar no seco, durante o dia, imagina na chuva!

Mas uma coisa é meu medo momentâneo de andar na chuva e as chances de eu realmente não ser surpreendida por uma chuva nessa cidade em que o tempo muda mais que humor de mulher de TPM (não é lenda urbana, em São Paulo a gente sai de casa de blusa, no meio do dia está de regata, no final do dia pega um dilúvio e vai dormir com as estrelas... quando dá para ver).

Tão logo comecei a providenciar meus acessórios, fui ver um kit chuva com jaqueta, calça e a tal da polaina (para cobrir os pés), e encontrei um que ainda vinha com luvas impermeáveis e a balaclava, também conhecida como touca ninja, no Mercado Livre.

O kit que eu escolhi tem capuz na jaqueta. Quando chegou eu pensei "por que eu comprei com capuz?", mas já descobri que dá para colocar o capuz e o capacete por cima. Se bem que é melhor quando você usa o capacete aberto. No fechado é bem chato colocar o capacete por cima do capuz, mas não é impossível.

Eu estava em busca de um kit rosa, mas eles parecem mais fracos do que os pretos, então fui de preto mesmo. O bacana são os refletivos que têm nas costas da jaqueta e no zíper de ajuste da panturrilha, que ajudam você a ficar menos invisível no trânsito. Eu ainda pretendo usar uma faixa refletiva que eu costumo colocar na minha mochila, quando pedalo à noite.

Um probleminha que eu encontrei foi a polaina. Não existe para o meu tamanho!!!

A jaqueta e a calça são tamanho P masculina, o que fica bom (isso não fica elegante de jeito nenhum) para vestir por cima da roupa, as luvas também são P, porque é o menor tamanho disponível, mas eu nem sei se dá para usar as luvas e girar a manopla, já que meus dedos não encaixam muito bem (já me disseram que não encaixam bem na mão de ninguém) e as polainas são PP (na etiqueta está marcado 36), eu calço 34 e a impressão é que estou com polainas 38!

Como dizem, melhor polaina esquisita do que saco de supermercado, já que a polaina tem solado de borracha, que vai ser menos escorregadio do que saco plástico. Só não me preocupa mais a polaina grandona, porque eu tenho uma scooter, ou seja, meus pés só servem de apoio quando a moto está parada, fora isso, eles ficam apoiados no assoalho da moto.

Como eu ainda não peguei chuva (e por opção não vou pegar tão cedo), não posso comentar sobre a eficiência dessa capa, mas considerando que eu tenho uma bem mais fina para usar quando ando de bike e ela funciona, acredito que molhada eu não fico.

E agora que eu testei o kit comprado, posso dar minha opinião a respeito... muito a contra gosto tive que sair na chuva, mas porque eu estava na rua, começou a chover e eu precisava ir embora... ou ia na chuva ou ia na chuva! rs

A capa veste direitinho e de fato não molha nadinha, ainda que a sensação seja de que você esteja sendo molhado. Ter capuz foi ótimo para mim, já que nesse calor eu tenho usado um capacete aberto e o capuz ajuda a não permitir que entre água pelo pescoço ou queixo.

A polaina é uma desgraça, porque é muito grande. Não saiu do pé, porque é longa e o final do cano tem elástico, mas eu cheguei com a parte do tornozelo no calcanhar. Vou ter que ver se consigo fazer algum ajuste melhor para que eu sinta mais firmeza no uso dessa polaina. A parte boa é que cumpre sua função: pés secos!

Não usei a luva impermeável, porque eu achei melhor usar minha luva habitual. A balaclava vai seguir aguardando o inverno chegar.

Atualização em 20/10/2022: essa capa da imagem é um modelo de PVC. A calça rachou na costura, na parte da frente, o que impediu que eu a seguisse usando. Comprei outra, mas vou falar sobre ela em outro post. Hoje, não recomendaria a compra dessa marca específica que está na foto, porque a durabilidade não compensa.

15 de abril de 2019

Crônicas de uma motociclista zero quilometro - capítulo 5: as roupas

A jaqueta é outro desses itens que você lê e ouve bastante a respeito, quando o papo é segurança ao andar de moto. Não é que ela vá te salvar de ser atropelado por um caminhão, mas se você cair, vai minimizar os ferimentos, podendo ser a diferença entre conseguir levantar e sair andando e ficar todo esfolado (eu coloco esses verbos no masculino, porque no geral quem se machuca é homem fazendo estripulias no trânsito).

Procurei um monte e descobri que tem versão normal, com forro removível, com entrada de ventilação e a tal jaqueta de verão.

Como as buscas no Mercado Livre estavam me deixando com mais dúvidas do que esclarecimentos, decidi procurar uma loja física, no centro de São Paulo. Existe uma região, próximo ao Largo do Arouche, onde estão concentradas lojas de tudo relacionado a moto, incluindo concessionárias de todas as marcas.

Depois de olhar uma loja aqui, outra ali, encontrei uma loja que tinha uma maior variedade de itens femininos e tinha 3 marcas diferentes de jaquetas: a X11, a Texx e outra que eu não lembro o nome. Eu fui atrás da jaqueta da X11 verão com forro impermeável removível. Testei 2 tamanhos diferentes, gostei da ideia do forro removível, mas o comprimento da manga era absurdamente comprido para mim e as proteções do cotovelo ficavam no antebraço por conta disso.

Quando eu vi essa da Texx, primeiro me chamou a atenção a cor rosa (sim, eu gosto de rosa) e ao vestir, a primeira coisa que encantou foi o encaixe das proteções do cotovelo, que ficam no cotovelo e não na mão! rs

O braço um pouco mais curto, ainda não é certinho, mas ficou infinitamente melhor e é mais em conta, porque essa não tem forro.

Uma coisa que a vendedora disse é que às vezes não adianta só ver a marca, tem que ver o caimento. Ela deu o exemplo dela e comentou "o tênis Nike é ótimo, mas não encaixa no meu pé, então não me serve". Achei interessante, porque como vendedora ela deveria querer me empurrar a jaqueta mais cara. Ao invés disso, sugeriu que eu escolhesse aquela que eu me sentisse melhor e que se encaixasse melhor em mim.

Lembro que a terceira marca também ficou boa no corpo, mas as proteções me pareciam mais fracas, além da jaqueta ser inteira preta. O preço era o mesmo da Texx, tinha uns bolsinhos a mais, mas eu já tinha sido fisgada por essa.

Além disso, dentro da jaqueta, quase na barra, tem um zíper que serve para prender na calça de proteção. Eu nem tinha pensado muito a respeito, mas acabei comprando a calça também, que eu provei por cima da minha calça jeans e coube confortavelmente.

Fora as 2 peças, eu comprei uma jaqueta California Racing, para os dias de frio. Ela não tem as proteções em E.V.A., mas vai me proteger daqueles 2 dias de frio intenso que faz aqui na cidade.

Aliás, a decisão de comprar a de verão sem forro foi baseado no fato de que, por aqui, faz mais calor do que frio e, se chover, não é forro impermeável que vai segurar a chuva, necessitando de uma capa de chuva propriamente dita.

Se você for cético/a como eu, saiba que a jaqueta de verão funciona. Claro que quando você para no semáforo (aqui em São Paulo a gente chama de farol) embaixo de sol forte, vai suar, mas em movimento a sensação é bem agradável, porque entra vento de verdade.

Esse modelo, especificamente tem as seguintes características pelas informações coletadas no site da fabricante*:
Modelo: Jaqueta Saga Summer Lady
Material: poliéster 600D com tecido Mesh Summmer® (é a tela por onde entra a ventilação), refletivos (são as partes em cinza na foto) e protetores em E.V.A. (ombros, cotovelos e costas). Ela também tem 2 botões para ajuste da circunferência dos braços, nas mangas. No punho, zíper para você abrir e conseguir colocar suas luvas e ajuste final em velcro, para ficar no comprimento correto.

Se você não for muito comprida nas medidas, vai gostar dessa jaqueta, que é menor e confortável, além de fresquinha e linda.

*esquece o preço sugerido que aparece no site. Seja na internet ou na loja eu comprei, ela sai pela metade.

8 de abril de 2019

Crônicas de uma motociclista zero quilometro - capítulo 4: luvas

Seguindo dicas de pessoas que andam de moto a mais tempo, eu tinha em mente que os itens mínimos de segurança que devem ser providenciados por quem quer andar de moto são: capacete, luvas, jaqueta e calça com proteção, e calçado fechado, preferencialmente os feitos para andar de moto.

Então, eu estive pesquisando luvas. Ia comprar pela internet, mas como eu nunca tinha testado uma luva de moto antes e os quadros de medidas me pareciam muito sem pé nem cabeça, fui a uma loja física, onde pude provar alguns modelos e tamanhos.

A primeira luva que eu testei era uma simples, sem essas partes rígidas na parte de cima da mão.

Eu já tinha visto essa da foto nas pesquisas, mas eu pensava que essa parte rígida da luva pudesse incomodar e descobri que nem se nota que estão lá.

Eu nem ia comprar essa, porque a outra custava R$25,00 a menos, mas pouco depois que eu entrei na loja, um rapaz entrou buscando capa de chuva e luvas, dizendo que a dele, depois de 3 anos, estava ruim e pegou exatamente essa dos "casquinhos", como eu chamo, na versão masculina.

Logo pude concluir que não era papo de vendedor, que esses casquinhos protegem mais, já que o outro comprador pegou essa e ele já anda há mais de 3 anos de moto. Quem sou eu para contrariar o comentário do vendedor e a opinião de um usuário de tantos anos?

A vantagem desses casquinhos é que se você esbarrar num retrovisor, não vai machucar sua mão.

Essa luva da X11 é muito confortável, além de ser rosa. A versão feminina tem os dedos um pouco mais finos e se ajusta bem, dando firmeza para segurar a manopla e não atrapalhando o movimento da mão.

Aliás, se tem uma dica que eu posso dar é para comprar a luva de acordo com seu gênero. Se você é mulher, compre a feminina, porque o desenho da luva é diferente de verdade e o encaixe fica melhor.

1 de abril de 2019

Crônicas de uma motociclista zero quilometro - capítulo 3: capacete novo

Quando eu fui começar minhas aulas de moto, por sugestão do instrutor, eu comprei meu primeiro capacete.

A escolha envolveu muita pesquisa na época, porque eu tinha muitas dúvidas: que tamanho? que modelo? que cor?

Nas pesquisas sempre a mesma informação, o tamanho ideal deve ficar justo, porque solto ele pode escapar na hora que você mais precisar, mas não pode apertar a cabeça (o certinho vai apertar suas bochechas, mas sua testa estará bem acomodada), sendo o modelo fechado, o mais seguro e cores mais claras mais visíveis.

Nas aulas no Parque do Ibirapuera, mesmo em dias mais quentes, como a gente fica de viseira aberta (é proibido andar de viseira aberta e pode dar multa, ainda que a gente sempre veja todo mundo fazendo isso), o calor é suportável, mas fiquei pensando como faria na rua, no calor do verão asfáltico de São Paulo. Ainda que o modelo aberto seja menos seguro, cheguei a conclusão de que é mais seguro andar com viseira abaixada e queixo aberto, do que com viseira aberta, o que exclui a compra do escamoteável ou robocop (aquele que parece fechado, mas a parte do queixo levanta).

Pesquisa de lá, procura de cá e eu encontrei uns modelos que, além de abertos, ainda vem com uma segunda viseira solar, que substitui a contento o uso do óculos de sol. Para mim, que nasci com "síndrome de morcego" (eu inventei esse nome, não é doença, é uma particularidade) e sou sensível à luz solar, saiu na rua, tem que usar óculos de sol, mas quem já usou, sabe que somente modelos específicos são utilizáveis em conjunto com o capacete, sem machucar.

Em busca de custo x benefício e conforto, acabei optando por esse modelo da Pro Tork, modelo New Atomic Vintage, na cor pink (tem outras cores), que tem o número 788 (não sei o que significa) atrás e uma faixa refletiva prata na testa e na nuca. Entre outros modelos vistos, esse é um que tem a viseira principal mais longa, o que cobre todo o rosto.

O visor solar pode ficar guardado quando não necessário e baixado quando você sai ao sol, tudo usando uma travinha lateral, que aparece na foto acima. O legal é que ele não encosta no seu rosto, então não incomoda nada e você só vai lembrar que está com a viseira solar se entrar em um lugar escuro.

Esse modelo especificamente ainda vem com 2 brindes: o lenço de caveira (o lenço é quadrado e grande, na cor preta, de material sintético e maleável) e um saco para guardar e não riscar sua viseira (bom para quem, como eu, carrega o capacete na mochila).

Muito confortável, fica bem preso pela tira de queixo, com regulagem e um forro em couro ecológico na parte de contato.

Recomendo a compra para usar nos dias quentes. O capacete aberto dá uma sensação bem gostosa quando você está em movimento, permitindo que o ar circule dentro do capacete, mas sem permitir que algo entre nos seus olhos ou boca enquanto você está em movimento, que pode ser muito perigoso, razão pela qual é proibido andar com a viseira aberta.