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1 de abril de 2019

Crônicas de uma motociclista zero quilometro - capítulo 3: capacete novo

Quando eu fui começar minhas aulas de moto, por sugestão do instrutor, eu comprei meu primeiro capacete.

A escolha envolveu muita pesquisa na época, porque eu tinha muitas dúvidas: que tamanho? que modelo? que cor?

Nas pesquisas sempre a mesma informação, o tamanho ideal deve ficar justo, porque solto ele pode escapar na hora que você mais precisar, mas não pode apertar a cabeça (o certinho vai apertar suas bochechas, mas sua testa estará bem acomodada), sendo o modelo fechado, o mais seguro e cores mais claras mais visíveis.

Nas aulas no Parque do Ibirapuera, mesmo em dias mais quentes, como a gente fica de viseira aberta (é proibido andar de viseira aberta e pode dar multa, ainda que a gente sempre veja todo mundo fazendo isso), o calor é suportável, mas fiquei pensando como faria na rua, no calor do verão asfáltico de São Paulo. Ainda que o modelo aberto seja menos seguro, cheguei a conclusão de que é mais seguro andar com viseira abaixada e queixo aberto, do que com viseira aberta, o que exclui a compra do escamoteável ou robocop (aquele que parece fechado, mas a parte do queixo levanta).

Pesquisa de lá, procura de cá e eu encontrei uns modelos que, além de abertos, ainda vem com uma segunda viseira solar, que substitui a contento o uso do óculos de sol. Para mim, que nasci com "síndrome de morcego" (eu inventei esse nome, não é doença, é uma particularidade) e sou sensível à luz solar, saiu na rua, tem que usar óculos de sol, mas quem já usou, sabe que somente modelos específicos são utilizáveis em conjunto com o capacete, sem machucar.

Em busca de custo x benefício e conforto, acabei optando por esse modelo da Pro Tork, modelo New Atomic Vintage, na cor pink (tem outras cores), que tem o número 788 (não sei o que significa) atrás e uma faixa refletiva prata na testa e na nuca. Entre outros modelos vistos, esse é um que tem a viseira principal mais longa, o que cobre todo o rosto.

O visor solar pode ficar guardado quando não necessário e baixado quando você sai ao sol, tudo usando uma travinha lateral, que aparece na foto acima. O legal é que ele não encosta no seu rosto, então não incomoda nada e você só vai lembrar que está com a viseira solar se entrar em um lugar escuro.

Esse modelo especificamente ainda vem com 2 brindes: o lenço de caveira (o lenço é quadrado e grande, na cor preta, de material sintético e maleável) e um saco para guardar e não riscar sua viseira (bom para quem, como eu, carrega o capacete na mochila).

Muito confortável, fica bem preso pela tira de queixo, com regulagem e um forro em couro ecológico na parte de contato.

Recomendo a compra para usar nos dias quentes. O capacete aberto dá uma sensação bem gostosa quando você está em movimento, permitindo que o ar circule dentro do capacete, mas sem permitir que algo entre nos seus olhos ou boca enquanto você está em movimento, que pode ser muito perigoso, razão pela qual é proibido andar com a viseira aberta.


27 de fevereiro de 2017

Comprando um capacete para moto: dúvidas e respostas!

Essa foi a minha aquisição depois de um monte de dúvidas e buscas para descobrir como se comprava um desses.

Desde muitos anos eu queria aprender a andar de moto. Nem sei dizer direito a razão disso, já que sou medrosa demais para pensar em guiar uma moto pelas avenidas loucas da minha cidade, mas eu acho que pode ser útil um dia, assim como costuma ser útil ter carteira de motorista de carro, mesmo que você não dirija todos os dias. Numa emergência, você pode ser o condutor.

Só que na falta de oportunidade, eu deixei essa vontade guardada lá no fundo da memória.

Num belo sábado, eu fui no Parque do Ibirapuera e decidi passar lá na pista de motos para conversar direto com alguma daquelas moto escolas e encontrei um instrutor muito atencioso, que me explicou como funcionava, o que precisava ser feito e que era recomendado que o aluno providenciasse seu próprio capacete, já que estamos no verão e eles até têm para emprestar, mas... acho que já deu para entender, certo?

Como eu odeio pensar em usar o cecê alheio de um dia de sol, fora os piolhos (rs), achei que era melhor comprar um. Mas como se compra isso?

Essa eu esqueci de perguntar para o instrutor, porque achava que fosse algo do tipo universal.

Primeiro item: o tipo

Pensa que capacete é definido só pela cor ou desenhos? Não! São vários tipos e variam de acordo com o local onde você pretende pilotar sua moto.

Os fechados, como o meu, são uma peça única, completamente fechado, o que garantem mais segurança, já que eles não abrem e dificilmente escapam da cabeça.

Os abertos são capacetes cujo a parte do queixo levanta, assegurando maior conforto para colocar e retirar, além de permitir maior respirabilidade mesmo com o capacete na cabeça, quando na posição aberta. Em escala de segurança, são considerados um pouco menos seguros que os fechados.

Os dois anteriores são os adequados para uso em moto, porém existem modelos como o de casco, muito usado por quem curte aquelas motos do estilo Harley Davidson, que dão mais estilo para o motociclista, mas não asseguram nada além de estilo por não protegerem a cabeça inteira.

Segundo item: o tamanho

Você sabe quantos centímetros tem a circunferência da sua cabeça?

Pois bem, é essa a medida que você precisa saber para comprar o tamanho mais adequado. Além disso, você precisa saber que as bochechas (japas têm bochechas grandes) ficam apertadas dentro do capacete, principalmente, o novo. Mas é assim mesmo. Se você movimentar a cabeça e o capacete chacoalhar, ele está grande. Se você estiver sentindo pressão na região da testa ou a parte alta da cabeça (acima da linha dos olhos), está pequeno.

Ok, e qual o tamanho certo, então?

Pegue uma fita métrica (toda mulher tem uma, então procure sua mãe, irmã, namorada, esposa, vizinha...), vá para a frente de um espelho e passe em volta da cabeça, na altura das suas sobrancelhas. O número que der, é o tamanho do seu capacete. Só para referência, a medida do meu deu 55,5 cm, então o meu tamanho é 56, já que o padrão são números redondos e pares. Na dúvida, consulte seu vendedor e, se possível, compre em loja física para testar o capacete antes de levar.

Terceiro item: os modelos

Não bastasse a existência de vários tipos, tamanho e cores, você ainda vai ter que decidir entre muitos modelos. Claro que o valor que você estiver disposto a gastar num capacete vai ajudar a limitar a variedade, ainda assim, são muitas marcas diferentes.

O modelo mais básico, que sai a partir de R$35,00 (sim, existe, é só procurar na internet), é do tipo fechado, com forro fixo, fechamento por trava no pescoço e viseira transparente.

Existem modelos fechados ou abertos com ventilação. A quantidade de aberturas de ventilação variam bastante e quanto mais ventilação, mais caro.

Os modelos feitos com materiais mais nobres chegam a custar até R$3.000,00

O meu é um fechado com parte do forro removível para facilitar a higienização, e 3 aberturas de ventilação: uma na altura da boca e duas na parte de cima da cabeça. Sinceramente, eu não consigo sentir ventilação alguma com a viseira baixada e fiquei imaginando como é sufocante o inteiro fechado sem ventilação embaixo do sol.

Por fim: os detalhes

O meu, eu comprei no Mercado Livre. Quando chegou, tive a impressão de que o capacete nem entraria na minha cabeça, mas entrou. Depois de colocar, eu preciso ajeitar as bochechas dentro do capacete e fica tudo confortável, exceto pelo calor, mas você acostuma. O fecho do meu parece com um mini cinto de segurança e se solta quando eu puxo a trava. Ele veio com uma capa de couro sintético sobre o fecho, para que o contato com a parte de baixo do queixo seja mais suave. A marca escolhida é um EBF. Não sei qual o conceito dela no mercado, mas sei que é uma marca bem popular. Do modelo mais simples até os mais bonitinhos, você vê muitos deles nas ruas.

Um detalhe muito importante: não esqueça de verificar se o capacete comprado tem o selo do Inmetro! Essa é, pelo menos na teoria, sua garantia de que o capacete atende às especificações básicas exigidas por lei.