26 de março de 2018

Dica Cultural: Biblioteca do Parque Villa Lobos

Pensa num lugar com ambientação bonita, seguranças, muitos livros para leitura, banheiros limpos, bem ventilado e iluminado, com sala silenciosa para quem quer estudar em paz?

Estamos falando da Biblioteca Parque Villa Lobos!!!

Eu já tinha lido a respeito, visto fotos de uma "ilha" que fica bem no meio da biblioteca, com tatamis (esteiras de palha de bambu) que serve para as pessoas descansarem, jogarem jogos de tabuleiro ou se esticarem para ler, mas nunca tinha ido até lá, porque fica absurdamente longe de onde eu moro.

Como eu precisava ir para a Lapa e o caminho envolvia a estação de trem de mesmo nome, eu decidi que era hora de dar uma parada.

A biblioteca fica bem no meio do parque, ao lado do Orquidário professora Ruth Cardoso.

Um espaço menos amplo do que eu esperava, mas bem confortável, com 3 pisos, sendo o térreo destinado ao café, revistas, jornais e livros infanto juvenis, o 1° andar com livros de literatura de diversos países (tem 3 títulos em japonês, sendo que 1 deles é o 1Q84 do Murakami) e computadores com acesso à internet e no 2° andar mesas e poltronas para leitura, além da sala silenciosa, onde estão dicionários diversos e, de fato, as pessoas não fazem barulho, a maioria sozinhos em busca de um canto para estudar ou trabalhar, como eu.

Em todo o espaço é possível encontrar muitas tomadas no chão para carregar seu laptop, tablet ou celular, e acesso ao wifi gratuito com um rápido e simples cadastro no sistema interno.

O que eu mais gostei é o fato de você poder entrar com todos os seus pertences, sem necessidade de deixar suas coisas num armário e ter que carregar tudo o que você quer usar dentro da biblioteca no braço, como costuma ser em todas as bibliotecas que eu conhecia até então. Isso ajuda muito uma pessoa que, como eu, precisa levar seus próprios livros, cadernos e apostilas para estudar/trabalhar.

Claro que por conta disso, há seguranças aos montes na biblioteca, mas isso dá uma sensação boa para ficar tranquila, apesar de que eu nem sou doida de largar meus pertences, nem para correr até o banheiro, que fica no térreo.

Se você estiver mais perto, recomendo muito utilizar essa biblioteca, porque é muito agradável ficar lá.

Uma dica importante é que se você quer ter certeza que consegue uma mesa, chegue cedo, porque depois de um determinado horário a sala ficou lotada.

Mais infos no site bvl.org.br e se precisar de mais informações, pode enviar email que eles respondem em até 1 dia útil (pelo menos responderam para mim).

12 de março de 2018

Filme: Pantera Negra (Black Panther)

Acho que uma única palavra resume bem o que eu (e todo mundo) achou desse filme: UAU!!!

O que não amar nesse filme?

Um filme que trata de minorias, liderança, política, problemas sociais, relações internacionais, contrabando, educação, economia, ética, democracia, crenças, cultura, tradições, ideologias, enfim, é um pacote completo, junto a todos os possíveis efeitos especiais e super produção da Disney e Marvel.

A história mostra um país, chamado Wakanda, conhecido internacionalmente pela imagem que eles mesmos vendem para o mundo, de uma nação de 3° mundo, de economia rural, que na realidade seria o país mais avançado tecnologicamente e mais próspero do mundo.

Toda a bonança interna se deve a um tal de vibranium, um metal especial e que só existe em Wakanda, mas que foi descoberto por algumas pessoas de fora do povoado, por conta da traição de um enviado de Wakanda, e agora toda a nação corre riscos por esse vazamento.

Esse filme começa com a recordação do evento ocorrido no último filme de Os Vingadores, quando o pai de T'Challa (Chadwick Boseman), foi assassinado por Ulysses Klaue (Andy Serkis). T'Challa, que é herdeiro do trono, retorna a Wakanda para ser coroado, numa cerimônia tensa.

Após a coroação, ele tem a missão de buscar Klaue e levá-lo para Wakanda para julgamento por seus crimes, mas no meio dessa missão ele descobre um rapaz que trabalha com Klaue e vai se apresentar como um grande inimigo da identidade pacífica de Wakanda.

Além de toda a questão da representatividade da comunidade negra no filme, que menciona as tristezas ocorridas por conta da escravidão e seus reflexos, o filme também tem um lado super feminista que não pode ser deixado em segundo plano, quando mostra que a mente tecnológica de Wakanda, é uma mulher, Shuri (Laetitia Wright), irmã do rei, que o exército, composto de mulheres, de Wakanda tem como chefe Okoye (Danai Gurira), e que o grande amor do nosso herói, Nakia (Lupita Nyong'o), é uma guerreira totalmente badass!

Aliás, dizem os boatos de que a armadura do Iron Man em Guerra Infinita será construído por Shuri, o que indicaria que ela é mais avançada do que o Tony Stark!

Talvez soe spoiler, mas eu acredito que vale ressaltar a mensagem final do filme, de que quando nos omitimos, podemos causar mais mal do que quando tomamos uma postura ativa sobre um determinado assunto, no qual podemos ser a diferença entre o resultado positivo e o negativo.

E por fim, traz uma clara crítica às políticas separatistas e individualistas dos países avançados em relação aos países em desenvolvimento quando fala das barreiras, na cena pós-crédito do filme.

Se ainda estiver em tempo, vá ao cinema, porque esse filme mega vale o ingresso absurdamente caro.