16 de fevereiro de 2009

Filme: Cartas de Iwojima

Num final de semana, com clima mais ou menos, nada para fazer e um controle remoto na mão, comecei a zapear e encontrei esse filme passando e resolvi assistir, já que foi tão comentado à época. 

Filmes de guerra sempre são tristes, mas esse não traz um romance piegas para fazer um final feliz como de praxe. Esse filme traz a guerra, fria e cruel como ela é, e a questão da honra e patriotismo japonês acima de tudo. 

Li num site sobre cinema que esse filme foi feito, porque, após o anúncio das filmagens de 'A Conquista da Honra' (Flag of our fathers), o governo japonês pediu ao diretor, Clint Eastwood, que respeitasse a memória dos bravos soldados que deram suas vidas pelo país (por que eles não falaram nada quando fizeram as filmagens de Pearl Harbor? Até hoje tenho raiva daquele filme, porque eles não deixaram claro a coragem dos japoneses que se mataram para proteger seu país, com seus kamikazes, e a covardia dos americanos que revidaram, não com uma batalha, mas com um par de bombas atômicas, jogada à distância, matando milhares de civis japoneses). 

Com esse pedido surgiu a idéia de contar a mesma guerra sob as duas perspectivas: uma dos americanos e outra dos japoneses. Tanto é assim que Cartas de Iwojima (Letters from Iwojima - 硫黄島からの手紙) é todo falado em japonês. 

Quem não entende como a questão da honra é forte para os japoneses pode sentir um pouco disso nas cenas, e isso deixa ainda mais claro a existência dos kamikazes, afinal, para os japoneses tudo se resume a uma coisa: "em nome do imperador". 

Não vou dizer que é um programa agradável para uma tarde de domingo, mas o filme é realmente tocante e me deixa ainda mais perplexa ao imaginar que nos dias de hoje, os EUA, após ter feito tanto mal pra tanta gente, ainda tenha coragem de declarar mais guerras mundo afora.

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