14 de dezembro de 2015

Corrida: Run Stock Car 2015 - autódromo de Interlagos

Quando eu comecei a correr meu irmão, que já encarou a corrida de São Silvestre sem treino (acho que é mal de família essa coisa de correr sem treinar rs), comentou que um bom lugar para eu correr seria o autódromo de Interlagos, por ser uma pista de asfalto liso e especial, num percurso mais plano. Fiquei com essa ideia na cabeça e esperando por uma oportunidade de correr lá dentro.

Quando vi essa corrida da Stock Car, nem pensei 2 vezes e me inscrevi, mas me arrependi.

Primeiro, fiquei com a sensação de ter sido enganada, quando eu vi a inscrição da corrida para um kit superior ao meu sendo vendido mais barato do que quando eu comprei antecipado, na Black Friday.

Segundo, 2 semanas antes, recebemos um email com informações diferentes das que constavam no site no momento da inscrição: o kit que seria entregue no dia da corrida, seria entregue nos 2 dias que antecediam a corrida, do outro lado da cidade (Raposo Tavares), sem opção de horário na parte da manhã. A mensagem dizia que somente quem era de fora da cidade teria a opção de retirada no dia.

Tentei entrar em contato por email, único canal de comunicação, mas não obtive resposta. Numa última tentativa, enviei uma mensagem pelo site e pedi ajuda sobre a retirada do kit, ao que finalmente recebi uma resposta dizendo que existia a opção de retirada no dia para quem enviasse um email com os dados do inscrito.

Enviei o email, mas eles nunca confirmaram o recebimento.

No final do primeiro dia de retirada as mensagens na página do Facebook da corrida era desanimadora. Muitas pessoas reclamando que estava muito desorganizado e que muita gente não estava com o nome na lista para retirada do kit e que foi uma bagunça.

No dia da corrida, a desorganização se confirmou. Chegando ao autódromo não havia indicação de nada. A única coisa que a gente sabia era que passando o portão, indo toda vida para a esquerda estava o stand de retirada dos kits.

A retirada dos kits, como eu cheguei cedo, foi tranquila, mas a sacolinha era de plástico, não tinha nada dentro, nem os alfinetes para prender o número de peito na camiseta. Muita gente estava sem o número na corrida, porque essa foi a primeira vez que eu vi o kit vir sem o alfinete.

O Guarda Volumes não estava pronto e ficou todo mundo esperando abrir, porque a largada ficava tão longe do local de guarda volumes que ninguém quis ir até lá pra voltar. Por conta disso, muita gente acabou correndo com mochila nas costas, porque quem entrou pelo estacionamento mais não conseguiu nem encontrar o guarda volumes, porque não tinha quem informasse onde era.

Quando finalmente abriram o guarda volumes, deixei minhas coisas e fui procurar onde era o local da largada, para descobrir que não havia um local para esperar perto da largada e que, apesar da corrida de pedestres estar marcada para largar às 19h, a corrida de carros não terminaria antes das 18h30.

Como eu descobri que o acesso para a arquibancada estava liberada, subi e me sentei onde não tomasse chuva, porque estava ficando frio. Fiquei sentada até eles anunciarem que a pista estava fechada para os carros, desci, fui no banheiro e fiquei perto da porta que eu descobri, seria nosso acesso para a pista.

Com atraso de 15 minutos da largada, eles abriram o portão para os corredores furiosos com a demora sem nenhuma justificativa. Aliás, não que não tivesse. Como eu estava perto do portão ouvi uma das seguranças comentando com um amigo que ia demorar, porque depois que eles fecharam a pista para os carros o pessoal da corrida de pedestres, que não tinha nada a ver com a corrida de carros, tinha que entrar e arrumar as placas, a água e montar a largada.

Outra coisa que eu reparei, para reduzir ao menor número possível de pessoal, as mesmas pessoas que estavam nos recepcionando no stand de retirada de kits e no guarda volumes, eram as mesmas pessoas que vimos na pista entregando água, por exemplo. Isso com certeza deve ter atrasado mais as coisas, porque tudo era muito longe.

No final da corrida, descobrimos que o kit pós corrida estava no mesmo local que vimos mais cedo, lá atrás da arquibancada descoberta, onde pegamos o kit e deixamos as coisas.

Coitado dos que correram os 8k, porque a fila para a retirada do pós prova estava perto da largada e isso era muito tempo. Pelo menos o kit de pós era bom: 1 maçã, 1 banana, 1 barrinha, 1 copo de água e 1 saquinho de isotônico.

A medalha é feita do material padrão, mas assim como a sacola que virou motivo de gozação entre os inscritos, tem fita de cetim, daquelas que a gente usa para fazer lacinho em embalagens para presente.

A sensação que ficou era de que a organização da corrida de carros via a gente como intrusos e eram bem mal educados com quem ia correr. O portão A por onde entramos foi trancado antes da nossa corrida terminar, porque para o autódromo, as atividades já estavam encerradas, o que significa que depois que terminamos de correr, caminhamos até o local onde estava o kit pós prova e tivemos que caminhar de onde havíamos acabado de vir para sair do autódromo.

Sobre a pista, meu irmão estava mega errado. O autódromo foi feito para carro correr, não a pé. A pista, além de ter subidas e descidas, é inclinada sempre para dentro nas curvas, ou seja, perfeita para dar estabilidade para os carros, mas para quem está à pé só serve para se machucar. Acredito que os corredores de elite saibam disso, porque eram muito poucos.

Acho que nem preciso concluir esse post com o que eu achei no geral, mas para quem só lê o título e fim do post não ficar sem entender, a conclusão é: valeu para conhecer o autódromo de Interlagos, ver que tem uma boa estrutura, mas que correr lá não é legal e que a organizadora do Run Stock Car precisa aprender a se organizar.

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