20 de maio de 2019

Crônicas de uma motociclista zero quilometro - capítulo 10: o bauleto

Eu ia parar a série das crônicas na minha experiência de guiar pelas ruas, mas eu ainda queria mais um item: o bauleto.

Quanta dificuldade para escolher um simples acessório.

Tudo bem que tem vários fatores para a indecisão: desconhecimento de marcas, modelos, tamanhos, medidas, especificações, instalação, entre tantos pequenos e grandes detalhes, que estavam me deixando doida.

Nem sei quantos sites eu visitei, quantos textos, avaliações eu li ou quantos vídeos eu assisti antes de decidir que ia numa loja física comprar o dito.

Primeiro eu estava decidida, compraria o bauleto de outra marca, que não a mais vendida. Já tinha visto uns anúncios no Mercado Livre, tinha assistido até vídeos de instalação, quando de repente comecei a dar de cara com registros de reclamações no Reclame Aqui e uns vídeos sobre o tal bauleto caindo (voando) no meio do caminho. E o modelo é bem bacana, porque é o único com capacidade para 41 litros, mas que é mais alto do que largo (talvez seja esse o problema do projeto?) e tem várias cores (todas as cores!).

Com receio de jogar dinheiro fora, comecei a pesquisar um pouco mais e comecei a reparar nas ruas, as motos alheias. De cada 10 bauletos, 9 devem ser da Givi. Isso não pode ser só coincidência ou modinha, até porque seria uma modinha cara. Nas concessionárias, dificilmente você encontra outras marcas e a grande maioria das lojas têm a tal da Givi, inclusive um aluno, que vivia (e continua) me dando dicas de como começar no mundo das 2 rodas me mostrou o bauleto dele numa foto: Givi!

Decidi me render à marca.

Agora faltava decidir o tamanho, já que o modelo, até onde eu consegui pesquisar, teria que ser uma monolock, que só tem capacidade para 3 kg. Existe um tal de monokey, que comporta 10 kg, mas é bem mais difícil de encontrar e mais cara também. Depois de muito pensar o que eu ia de fato carregar no bauleto, cheguei a conclusão de que o de 3 kg já resolve.

Foi nesse momento que eu decidi desistir da ideia de comprar pela internet e ia comprar numa loja física, porque além de eu poder ver e testar se caberia minhas coisas dentro, eles instalam na hora como cortesia.

Era o final de semana antes do carnaval, ou seja, a cidade no caos e a loja que eu ia fica na região do Largo do Arouche (eu comentei em outro post das Crônicas), centro de São Paulo onde, adivinha, as ruas estavam interditadas para os blocos de rua (obrigada Google pela informação).

E agora? Eu queria muito aproveitar aquele fim de semana, porque as vias estariam mais tranquilas para eu me arriscar com a moto. Pesquisa daqui, pesquisa de lá e eu encontrei uma loja em Diadema que funcionava até às 17h no sábado e estaria aberto naquele sábado, mas... ir até Diadema?! Socorro!!!

Liguei para a loja para confirmar que eles tinham os 2 modelos que eu tinha dúvida. Confirmado, a loja tinha. Hora de engolir o medinho e sair de casa.

Ao chegar na loja informei o vendedor que queria saber se minhas coisas caberiam no bauleto e ele trouxe os 2 modelos, um 30 litros e outro 33 litros para eu testar. Olhei, achei o 33 meio grande, mas esses 3 litros fazem uma diferença enorme na capacidade. A diferença de preço é proporcional ao tamanho, então eu acabei preferindo comprar o de 33. Não me arrependo e sei que estaria arrependida de comprar o de 30.

O bauleto da foto fica bem bonitinho instalado e cabe meu capacete fechado e minha jaqueta de proteção, com folga. Numa ocasião, fui no mercado e para não pegar sacola, peguei uma caixa de papelão que coube no bauleto.

Uma coisa que eu acho inútil é a tal "lente", que é essa parte que parece olho de gato, mas não reflete nada. Seria bem legal se no escuro, ela funcionasse como um refletivo par auxiliar na questão da visibilidade para os demais veículos. O mesmo vale para as faixas decorativas, onde se lê o nome do modelo. Por serem prateadas, eu pensava que fossem faixas refletivas, mas no trânsito eu já vi que não são, então eu providenciei faixas refletivas que colei logo abaixo das faixas decorativas do meu bauleto.

Ah, lembrando que no caso da minha scooter, foi necessário comprar o bagageiro, onde eu posso, eventualmente aproveitar para prender uma tela aranha ou elásticos caso eu decida carregar mais alguma coisa que não caiba no bauleto ou embaixo do banco.

Nenhum comentário:

Postar um comentário