12 de outubro de 2015

Livro: O Diário de Anne Frank

Eu tenho muita curiosidade em saber detalhes sobre os horrores de quem viveu e sobreviveu à guerra, um evento tão injustificado e irracional quanto ainda, infelizmente, vemos acontecendo ao redor do mundo, principalmente em países ditatoriais ou de radicais religiosos.

O livro Diário de Anne Frank é muito famoso por ser um relato simples e real de uma jovem que viveu na pele o que é ser perseguida por um povo que se julgava superior a outros pela religião.

Essa capa traz a foto da jovem Anne e a casa que tinha o Anexo Secreto onde ela, sua família, a família Van Daan e mais um senhor viveram escondidos por quase 2 anos.

O mais triste é saber que a garota cheia de sonhos e muita personalidade não pôde viver para colocar em prática suas ideias e lutar por seus ideais.

É triste imaginar que muitos dos questionamentos dela não têm resposta ainda na sociedade de hoje, 70 anos após o fim daquela guerra que a matou, e que ainda existem tantos outros lugares onde pessoas são discriminadas, torturadas e mortas por serem diferentes do que um determinado grupo considera ser o normal ou aceitável.

É triste, assim como tantos outros relatos de judeus que nasceram na Alemanha, ver que muita coisa não mudou, ainda que a grande guerra mundial tenha cessado.

Enquanto lia o diário, que ela achou que não interessaria a mais ninguém e que não tinha importância, a vontade era poder responder à jovem Anne que ela foi muito corajosa, que não havia nada errado dela perder a esperança em alguns dias, que de fato ela não podia ajudar os seus "irmãos", pois ela mesma não estava tão a salvo e que ela podia chorar quando quisesse, porque chorar não era sinal de fraqueza, mas só uma válvula de escape às pressões sofridas.

E ao fim, você agradece ao faxineiro que foi encarregado de limpar o Anexo Secreto depois que os moradores dele foram levados pela polícia, por não ter simplesmente o jogado fora e ter entregue às pessoas certas que tornaram Anne imortal.

Vale a pena ler esse diário para nunca esquecer o que essas pessoas passaram, para que isso não se repita nunca mais!

E vale a pena comprar a obra, em qualquer uma de suas versões, pois parte da renda da publicação é revertida para a UNICEF e para a Fundação Anne Frank, criada por seu pai Otto, que busca levar educação às crianças de todo o mundo.

Eu tenho uma que vem com capa almofadada, em padrão xadrez vermelho, a mesma aparência do diário original de Anne.

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