20 de fevereiro de 2012

Produto: Bulk Ink, prazer em conhecê-lo!
Evento: Mostra no Instituto Tomei Ohtake

Eu acho que estou num momento revolta. Talvez porque no começo de ano queremos resolver todos os problemas.

Há uns anos, acho que isso foi no meio do meu curso de especialização, eu descobri que precisava ter uma impressora em casa, depois de ter feito um amigo voltar pra casa dele para me emprestar a impressora dele... sim, eu realmente tenho uns amigos de ouro, não, de platina!

Na época, já que ia comprar, comprei uma multifuncional com leitor de cartão, entrada para cabo de USB para impressão de fotos direto da câmera (que eu não tenho, diga-se de passagem), software que ajuda a reconhecer fotos no scanner (se você coloca mais de 1 foto no scanner, ele identifica quantas são, dá um preview e gera imagens separadas, o que é muito prático), enfim, só não era do tipo com tela de LCD na impressora, porque isso era muito caro e desnecessário.

Minha impressora: uma Epson Stylus Color CX4700. Eu escolhi uma Epson, porque a cabeça de impressão dela é na impressora, diferente da HP que tem a cabeça no cartucho, o que faz os cartuchos da HP mais caros (eram, agora não são mais). Com isso, bastaria deixar os cartuchos fora da impressora quando não estivessem em uso, para não dar problema na cabeça. Até aqui, o raciocínio até foi bom. De fato, quando usava direto, devo ter economizado bem, já que gastava menos quando precisava comprar 1 cartucho (essa é uma das, se não a primeira, com cartuchos de tinta coloridos individuais).

Passado os anos eu ainda tenho a impressora que funciona, quando a leitura do cartucho de tinta não acusa cartucho vazio, mesmo eles estando cheios.

Fiquei revoltada. Comprei cartuchos originais para evitar problemas e um cartucho que eu comprei e devo ter usado para reles 10 páginas de impressão, acusava vazio!!! Como assim??? E lá fui eu pedir ajuda para o São Google para saber se isso é comum.

A resposta: SIM, isso acontece, principalmente, com as Epsons, que tem um chip que está programado para sacanear o usuário e nos fazer gastar rios de dinheiro comprando cartuchos novos. Isso acontece em outras marcas, mas dependendo do modelo, esse problema pode ser contornado. Na Epson, o único jeito é comprando um kit de chips de cartucho avulsos para enganar a impressora.

E nas buscas encontrei uns textos sobre o "Líquido mais caro do mundo" (o texto que eu li da primeira vez não estava neste link, mas eu não consigo encontrar o blog). Primeiro não entendi por que um texto com tal título tinha aparecido logo nos primeiros resultados da minha busca por solução com as tintas da minha impressora, mas a curiosidade me fez parar para ler.

O texto mostra um valor de R$13.575,00 como sendo o valor do litro do tal líquido e faz uma comparação (em 2010) do que se podia comprar com esse valor. E o choque, o tal líquido é a tinta de impressora.

Então sai em busca de alternativas para trocar de impressora. Li uma porção de foruns, blogs independentes e opiniões de hard users para decidir o que fazer e encontrei um blog sobre impressoras (encontrei vários, mas neste a pessoa que escreve disponibiliza um canal para contato e responde de verdade).

Neste post linkado, o autor diz que as alternativas são, para os mais conservadores, comprar uma HP, ou, para os que tem algum conhecimento de hardwares, os bulk inks, que são facilmente encontrados em lojas especializadas em suprimentos de impressora (pelo menos na capital) ou no Mercado Livre (eu comprei lá).

Entrei em contato e o Denis, do blog sobre impressoras, retornou me explicando como era o tal do bulk ink e suas complicações para instalar, além de me detalhar como funciona o cartucho e o chip das impressoras Epson e HP. Muito simpático e atencioso não me deixou dúvidas, havia saída para voltar a usar minha Epson sem querer jogá-la pela janela (ou na cabeça de quem criou essa sacanagem programada).

Mais um pouco de pesquisas e descobri que haviam uns tais "cartuchos recarregáveis" por vezes apresentados como "bulk ink sem mangueira". Isso me pareceu muito interessante, já que todos os lugares onde li sobre o bulk ink com mangueira, as pessoas que instalam diziam dar um certo trabalho. Já os "sem mangueira" não alteravam em nada a estrutura da impressora, pois nada mais são do que cartuchos com um chip especial e que podem ser recarregados com seringas.

Pronto! Solução encontrada, faltava descobrir onde comprar a coisa. Busquei sites de todos os lugares, São Paulo, Minas Gerais, Paraná, quando decidi dar uma chance ao Mercado Livre, afinal, algumas das lojas consultadas mostravam a opção "Mercado Pago".

Busquei lojas de São Paulo e encontrei uma que tinha muitas vendas e todos os comentários positivos. Se era para arriscar, seria ali mesmo. Tirei umas dúvidas (respondidas rapidinho), cliquei em comprar, pedi envio via Sedex (era só R$1,20 de diferença com o PAC que leva até 1 semana para chegar), enviei o comprovante de pagamento para o email deles, que no mesmo dia fizeram a remessa, e na manhã seguinte estava a encomenda aqui.

Hora de testar. Peguei o manual de instruções ilustrado que eles enviaram por email, forrei a mesa, abri todo o kit e... afe! Faltou avisar que a coisa fazia sujeira. rs Por sorte não sujei a roupa, mas as minhas mãos deixariam o arco-íris com inveja!

A foto é o que eu não consegui tirar mesmo. Mas a mancha que sobrou não é nada perto de como estava, e em mais 3 dias tudo havia desaparecido. Ufa!

Aliás, para quem não sabe, para tentar tirar a mancha (funciona mesmo, eu é que estava com tinta demais na mão) é só embeber um chumaço de algodão em Veja, aquele multiuso para limpeza. As outras cores sairam todas. O preto sobrou, porque ficou muito tempo na pele até eu descobrir como tirar.

Avisei o vendedor que o manual poderia vir com o alerta para os iniciantes, que a coisa pode manchar e ele me recomendou água morna para tirar a mancha. Mal sabe ele que eu tomei banho depois (preocupada se ia ficar manchada por inteiro), mas não fui feliz em remover a tinta desses 2 dedos.

Enfim, consegui terminar de colocar as tintas nos cartuchos, instalei na impressora, fiz um teste de impressão com cores e fiquei satisfeita com o resultado. A impressora reconhece os cartuchos cheios e imprime que é uma belezinha.

Líquido mais caro do mundo? Não mais. O kit que eu comprei por R$62,50 (já com o frete) e vem com os cartuchos com 1 par de tampas de silicone coloridos para cada cartucho, 4 frascos de tinta, 4 seringas sem agulha e 1 dispenser (que na prática não acho que eu vou usar), equivale a 6 conjuntos de cartuchos (6 cartuchos de cada cor).

Considerando que cada cartucho original custa R$29,90, estou economizando R$655,10, e estou ajudando o meio ambiente, pois não vou comprar mais cartuchos, no máximo frascos que equivalem a muitos cartuchos de tinta, mas que utilizam muito menos plástico para serem produzidos.

E se alguém aí está pensando "mas e a garantia da impressora?", eu digo que a minha já não está na garantia há muitos anos e o fato de usar os cartuchos recarregáveis não tiraria a garantia, uma vez que o cartucho pode ser removido para se levar à autorizada.

Fica a dica. Se restou alguma dúvida, pode escrever nos comentários que eu volto para responder. =)
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Mostra no Instituto Tomie Ohtake


A mostra “Os Dez Primeiros Anos”, celebra os dez anos do Instituto e traz jovens artistas da arte contemporânea que vem tiveram destaque nos últimos 10 anos, além de outros nomes mais consagrados. A lista completa pode ser conferida no site.

O evento é aberto ao público e a entrada é franca!

Data: até 26 de fevereiro de 2012, domingo
Horário: das 11 às 20h (3ª a domingo)
Local: Instituto Tomie Ohtake - Av. Faria Lima, 201, Pinheiros, São Paulo/SP
Infos: 2245-1900 / www.institutotomieohtake.org.br.

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