18 de dezembro de 2023

Filme: Barbie

Antes da pandemia eu teria ido ao cinema para assistir esse filme, porque eu acho importante apoiarmos projetos criados e executados por mulheres. Mas pós-pandemia eu sou o tipo que fica aguardando o filme sair em alguma plataforma de streaming para assistir.

E só agora, em dezembro de 2023, a HBO liberou o filme que foi sucesso nas bilheterias do mundo, levando mulheres e seus parceiros (de livre e espontaneidade forçada na maioria das vezes) a lotarem salas de cinema.

O filme começa com o que seria de se imaginar: o mundo cor de rosa de Barbie, dentro de uma casa da Barbie, com casa vizinhas com outras Barbies, algumas temáticas de profissões, outras de estilos, enfim, o mundo Barbie que toda criança um pouco mais privilegiada teve quando criança.

Privilegiada, porque a Barbie não é uma boneca barata e nem estou me referindo aos modelos de colecionador que podem custar uma verdadeira fortuna e não são brinquedo para crianças.

Partindo dessa boneca, estereótipo da garota de aparência perfeita e vida glamorosa, temos, no filme, a Barbielândia, um lugar onde vivem todas as Barbies, em suas vidas perfeitas, feitas de rotinas dentro dos tipos de acessórios já criados para ela.

Estão lá a Dream House, o Cadillac rosa, a casa da piscina, o carrinho de sorvete e, por outro lado, existe o coadjuvante da história, o tal do Ken, namorado da Barbie. Mas assim como existem muitas Barbies, existem muitos Kens, mas existe o casal principal que sempre foram a Barbie loira de cabelos longos e o Ken loiro, tipo sarado, que não é macho man, porque não foi assim que o Ken foi criado na imaginação das garotas que brincam com a Barbie e eventualmente lembram do Ken.

A confusão começa quando a Barbie acorda e o dia dela não está como deveria ser: o pé dela, que tem o formato certo para estar num salto, está reto.

Então ela entra na missão de descobrir como é a vida real das mulheres, no mundo real e vai descobrir que as mulheres não são ouvidas, não são respeitadas, são menosprezadas e feitas de bobas, sem crédito.

Qualquer semelhança com a realidade não é coincidência.

O filme mostra como é ser mulher num mundo machista, patriarcal, que ainda quer tratar as mulheres como seres humanos de segunda categoria.

E isso causou muita revolta por parte dos homens da vida real, ainda que eu acredite que homens de verdade e que valem a pena conviver, são feministas e bem resolvidos em diversas áreas da vida.

Apesar de parecer um filme futil a primeira vista, eu garanto que ele tem muitas mensagens importante para as mulheres de todas as idades e que merece ser assistido pelo público masculino para gerar reflexões.

Não estou dizendo que as mulheres sejam perfeitas, mas temos nosso valor e lutamos pelo reconhecimento de nossos potenciais e competências.

Mas é um filme, além de tudo, divertido, com cenas que nós, meninas, também imaginamos quando brincávamos com nossas Barbies.

4 de dezembro de 2023

Filme: Meu Psicólogo Imaginário (Dr. Bird’s Advice For Sad Poets)

Eu escolhi esse filme num dia que eu buscava algo bem leve para assistir e fiquei pensando que raio de filme com um adolescente no cartaz e esse título poderiam ter de interessante.

O começo é esquisito com esse psicólogo imaginário, uma pomba de voz tranquila, que fala com James, o adolescente de 16 anos que sofre com crises de ansiedade e ataques de pânico, numa fase complicada da vida, em que tudo está mudando: aparência, hormônios, amizades e as incertezas do futuro.

Ele é filho de um casal complicado, que ora está em pé de guerra, ora estão completamente apáticos, sem se comunicar e deixando aquele climão em casa.

James está em busca de respostas e começa a procurar pela irmã que saiu de casa depois de uma séria discussão com o pai, que a socou no rosto. A cena aparece como uma lembrança de James que agora quer descobrir onde está sua irmã a todo custo.

Em meio a essa aventura de busca pela irmã desaparecida, ele é acompanhado por Sophie, garota bonita da mesma sala que James e por quem James nutri um amor platônico por se achar inadequado de sem nada a oferecer à menina popular da escola.

Entre os dias que eles estão juntos, rola clima, indireta e diretas da parte de Sophie, que aparenta ser uma garota experiente com as situações da vida e que vai te fazer torcer para que James pare de ter tanto medo e consiga ficar com Sophie.

Passada a metade do filme é que o papo, ainda que o filme seja uma comédia, fica sério.

Temas como ansiedade, pânico, amigos, amores, preconceito com o tratamento psiquiátrico, a falta de comunicação da família, a ignorância sobre transtornos psiquiátricos, saúde mental, depressão e até suicídio são abordados.

Se você tem pais que não entendem sua necessidade de tratamento médico, mostre esse filme a eles. Isso talvez ajude a dar início a conversa difícil.

Se você é pai ou mãe de um adolescente que anda tendo comportamentos diferentes como falta de apetite, isolamento, agressividade excessiva e sem motivo aparente, enfim, comportamentos que afetam a vida e convivência com amigos e família, assista o filme para saber do que se tratam os possíveis transtornos, antes que seja tarde para conversar ou procurar ajuda.

A todos, fica a dica, assista ao filme. Apesar de parecer bobinho, ele fala de coisas sérias e que podem estar afetando alguém que está ao seu lado ou você mesma/o esteja se sentindo assim e nem sabe que precisa de ajuda.

Para quem sabe que precisa de ajuda, não esqueça, se não tiver condições de pagar por psicólogo ou psiquiatra, as UBS/UPAs dispõe desse serviço e na emergência recorra ao CVV por telefone 188 ou no site www.cvv.org.

7 de agosto de 2023

Livro: A morte é um dia que vale a pena viver, de Ana Claudia Quintana Arantes

Eu não fazia ideia do que tratava o livro, mas considerando a editora (Sextante), já dava para imaginar que fosse algo ligado a autoajuda.

Não deixa de ser, mas o tema é bem diferente do que eu pensei e agora acredito que seja um livro que todos deveriam ler, porque a maioria das pessoas não conversa sobre o assunto e quando tudo acontece, ninguém sabe o que fazer.

O tema principal do livro é a morte, mas não sobre a morte em si, mas da vida que vem até que a morte chegue.

A única certeza que todos temos na vida é que, cedo ou tarde (uns muito cedo, outros bem tarde), todos vamos morrer.

Do que, como, quando, não dá para saber ao certo, ainda que, você ou alguém próximo, esteja acometido por doença grave e incurável. Mas que o fim chegará, isso é certeza absoluta.

Mas... com quem você já conversou sobre o fatídico dia? Já pensou como você gostaria que fosse (ou não fosse) feito o velório? O caixão? A roupa? E o que fazer com o corpo? Enterrar, cremar ou jogar no mar? Você gostaria que seus órgãos sejam doados em caso de morte acidental? Você tem seguro de vida que cubra despesas?

A autora fala sobre essas questões e outras, porque ela é médica responsável por Cuidados Paliativos em doentes terminais.

Ela fala com carinho e muito respeito sobre como lida com o paciente, com as famílias, as questões controversas entre as partes, os desejos dos pacientes e sobre essa necessidade que as pessoas deveriam ter de falar a respeito da morte, ainda que não haja um paciente terminal na família, porque a morte chegará e não deve ser tratada de qualquer jeito ou ignorada, como muita gente prefere fazer.

Você consegue sentir o amor que ela tem pela medicina, o respeito pela vida e pelo momento da morte, o cuidado e preocupação com o paciente e seus familiares. 

A forma como ela aborda a morte é direto, sem romantizar, mas sem fazer da morte um tema banal ou esquisito.

Ela me fez lembrar de um dos médicos com os quais faço acompanhamento por esse desejo de cuidar e da escuta com respeito e atenção, o que anda faltando muito nos médicos, profissionais que, à exceção do legista, sabe que vai ter que lidar com pessoas, mas parece não gostar muito disso.

Também me fez lembrar da importância dessas conversas, porque quando a morte bateu na porta da nossa casa pela primeira vez, foi um baque, mas que não pegou a família inteira tão desprevenida, já que essas questões sempre eram faladas a cada pessoa conhecida que morria.

Não pensar na morte ou fazer de conta que ela não existe não fará com que ela nunca chegue, então, você já pensou em como quer que procedam quando você morrer?

3 de julho de 2023

Evento: 24° Festival do Japão de São Paulo

 
Ano passado o maior festival de cultura japonesa fora do Japão foi realizado de forma mais tímida e ainda assim teve adesão do público, que estava com saudades desse evento cheio de experiências culturais, educativas e gastronômicas.

Este ano, o evento retoma a sua programação mais completa e cheia de novidades, como o espaço para os fãs de anime e manga, com a presença de influencers desse universo.

Para quem curte compras, todo tipo de artesanato, alimentos, brinquedos, utilidades domésticas, entre tantos outros itens para uso, consumo ou presente estarão na área do bazar.

Para os idosos, como sempre, haverá espaço para cuidados com a saúde, palestras e workshops de culinária.

Para as crianças, uma área com diversas atividades típicas, como o kamishibai, origami, desenho, gincanas, kendama, entre outros. Os pais precisam ficar junto no espaço durante a permanência dos menores, ok.

Para quem curte a programação, o palco principal estará repleto de shows de música, dança, teatro, com homenagem aos 115 anos da Imigração Japonesa no Brasil, e convidados especiais, além do concurso de Miss Nikkey e de Cosplay.

Os stands dos patrocinadores também merecem suas visitas, seja pelo visual, para fazer aquela fotinho pro Instagram, para ganhar um brinde ou alguma degustação.

Claro que o destaque fica por conta da área gastronômica, que conta com a participação das associações de cada província em São Paulo, com pratos típicos de suas regiões no Japão. Vale a pena ir cedo e de barriga bem vazia, porque essas comidinhas só podem ser apreciadas durante o Festival e, em sua maioria, não são encontrados em restaurantes, mesmos os tradicionais da Liberdade.

A informação destaque para esta edição, é a alteração do local de saída do transporte gratuito entre metrô e o Festival do Japão.

Por determinação da CET (Companhia de Engenharia de Trânsito) foi proibido a parada dos ônibus de traslado no metrô Jabaquara.

Para quem desejar fazer o traslado em ônibus, deve se dirigir à estação Santos Imigrantes do metrô da linha verde (aquela que faz ZL, passa pela região do Ipiranga e vai sentido Imigrantes).

Para quem tem pique para caminhar, o trajeto entre o metrô Jabaquara e o Festival tem pouco menos de 2km e é descida!!! Arrume um grupo de pessoas que o caminho é fácil.

Recomendação, evite ir de carro até o local do Festival do Japão, porque, além do trânsito caótico, o estacionamento custa R$70,00 (sim, setenta reais) por dia. A não ser que você vá com uma galera e de carro cheio, acho muito salgado esse estacionamento.

Fora esses pequenos percalços, o evento é show, os voluntários sabem praticar o "omotenashi" como nossos ancestrais nos ensinaram e tem muita coisa boa de ver, comer e fazer.

Serviço:
Data: 07 a 09 de julho de 2023
Horário: sexta das 11 às 21h, sábado das 9 às 21h, domingo das 9 às 18h.
Local: São Paulo Expo - Rodovia dos Imigrantes, km 1,5 - São Paulo/SP
Ingresso: sexta R$30,00, sábado ou domingo R$35,00
Mais infos: www.festivaldojapão.com

29 de maio de 2023

Filme: O Pior Vizinho do Mundo (A Man Called Otto) com spoiler!!!

Eu não sabia muito bem o que esperar do filme, porque eu não lembro de ter ouvido nada a respeito na época de seu lançamento nos cinemas, mas qual o risco de assistir um filme com Tom Hanks e não gostar?

A resposta é: nula!

O filme começa mostrando um senhor numa dessa enormes lojas de materiais para construção, reformas, mas no estilo americano de "do it yourself" (faça você mesmo em tradução livre) onde ele está comprando alguns itens e já no primeiro momento de interação com outra pessoa mostra o mal humor que o torna o tal do pior vizinho do mundo.

No caixa da mesma loja, ele cria um problemão por causa da medida e da cobrança de quantidade diferente que ele pegou do item e empaca a fila, gerando desconforto a todos em sua volta.

Em poucos minutos do filme a gente descobre que esse senhor é o Otto (Tom Hanks), o homem que soletra o nome sempre que se apresenta e implica com quem não pronuncia seu nome do jeito que ele considera correto e único para se referir a ele.

Agora, eu vou dar um SPOILER, razão de eu ter decidido escrever esse post, mesmo na sequência de postagens sobre filmes, coisa que eu tenho evitado, porque esse blog não é sobre isso e eu nem assisto muitos filmes ou vídeos por ter como prioridade trabalho e estudo, o que me deixa com tempo de menos para esse tipo de lazer, já que eu gosto de ler ou caminhar no meu tempo livre.

Bom, se você continuou a ler esse post após o aviso de spoiler e da enrolação para te dar tempo de sair do blog sem ler o spoiler, vamos lá.

Na minha humilde opinião, todo mundo deveria assistir a esse filme, porque ele trata de um jeito fluido um tema extremamente sensível e complexo: depressão e suicídio.

Otto não é ranzinza sem motivos, mas ninguém se preocupou em descobrir a razão do seu constante mal humor e apego às regras.

Otto é em essência uma pessoa autista, ou seja, extremamente inteligente, muito bom com números, mas incapaz de ser uma pessoa sociável.

Mas ele é muito mais ranzinza do que deveria, porque uma fatalidade ocorreu em sua vida. Após encontrar uma mulher que o compreendia e o amava do jeito que ele é, ele perde o filho que estavam esperando em decorrência de um acidente de ônibus durante uma viagem pouco antes do nascimento do bebê, que fez sua esposa ficar paralítica e morrer em decorrência de complicações.

Dá para imaginar o que tudo isso acarreta na mente de qualquer pessoa???

Só que num momento desses, ele não precisava que os outros sentissem pena dele, porque isso só o deixava mais confuso e ainda mais furioso. Ele precisava de compreensão, mas nunca teve isso e acabou ficando o velho rabugento chamado Otto.

E quando começa a ficar "velho", a empresa onde trabalhava começou a fazer, o que nós chamamos de assédio moral, para que a pessoa acabe pedindo demissão (obs: aqui no Brasil, essa empresa sofreria um processo trabalhista e fiscalização do MPT rapidinho e seria obrigada a reintegrar o empregado, além de ter que mudar suas políticas sob pena de tomar mais multas).

Nesse momento, Otto decide que não vale mais a pena viver e quer se juntar à sua amada falecida.

Diferente do que eu imagino que aconteceria na vida real, as suas tentativas de suicídio viram tentativas frustradas, até que uma vizinha, do tipo que não sossega enquanto não fica amiga de todos e percebendo que Otto tem problema de depressão, mas ainda sem entender as raízes disso, muda o rumo dos planos do vizinho.

As crianças de Marisol "adotam" o vizinho como seu avô e passam a fazer o que as crianças fazem de melhor, dão cor aos dias cinzentos do velho, com a pureza da infância.

Muitas coisas acontecem, até que se esclareçam para Marisol e os vizinhos o que estava acontecendo com Otto, e começam a ajudar uns aos outros.

Os créditos finais, inclusive, trazem a mensagem de alerta caso você conheça alguém que possa estar passando por problemas e o telefone do serviço equivalente ao CVV (Centro de Valorização da Vida), cujo telefone no Brasil é o 188 (também tem opção por chat. Consulte o site www.cvv.org.br se você precisa de ajuda ou conhece alguém que precisa).

Outro tema importante, que de certa forma se mescla com essa questão da depressão, é a LGBT+ fobia, que pode vir de pessoas de dentro e fora da família.

Um rapaz trans que faz entrega de folhetos e irrita Otto comenta, num dia quando ele briga com ele sobre os folhetos, que foi aluno da esposa dele e que ela foi a única que o viu além do gênero, tratava com respeito e carinho, além de o incentivar a estudar e que gerou seu gosto pela leitura.

Emocionado, Otto passa a tratá-lo diferente, pois saber que sua esposa tocou a vida de uma pessoa o faz sentir algo que nem ele sabia explicar.

Num dia, Malcom, o garoto dos folhetos, bate à sua porta bem na hora em que ele estava para finalizar uma de suas tentativas de suicídio, pedindo para dormir no seu sofá, porque havia sido expulso de casa por ser quem era.

De alguma forma, tocado, Otto permite que o garoto entre, só não consegue explicar o que foi o barulho que pareceu um tiro, o que eram aqueles plásticos forrando tudo e o buraco no teto da sala.

Esse é um momento importante, porque muitas coisas mudam e como numa virada de chaves por tantas tentativas falhas de suicídio, ele decide que talvez seja um recado da esposa para que ele viva a vida e aproveite o amor que o rodeia, assim ajudando um de seus vizinhos e se entendo com a vizinhança.

O filme dá aquele quentinho no coração e mostra muitas questões que estão ao nosso redor, mas poucas pessoas estão interessadas em prestar a devida atenção que, em alguns casos, poderia evitar o fim abrupto de um pedido de socorro silencioso como ocorre na depressão que pode ou não levar ao suicídio.

Não deixe sinais sutis passar batido. A gente tem o hábito de falar tudo bem da boca pra fora, mas preste atenção naquela pessoa que é amarga demais ou que faz a vida parecer sempre cor-de-rosa. Isso pode ser decorrente de uma tristeza profunda e sem fim que pode terminar com a frase mais corriqueira nesses casos: "mas nunca imaginei que justo aquela pessoa tinha depressão".

22 de maio de 2023

Filme: Viúva Negra (Black Widow)

Eu assisti Black Widow, porque fiquei muito triste por terem matado a personagem na sequência dos Avengers. Vai fazer falta ter essa mulher de personalidade forte e poderosa entre os heróis da Marvel.

Esse filme mostra de onde surgiu Natasha e a Black Widow, retomando memórias de infância, um centro de treinamento e integrantes da família que ela deixou.

Aqui, quem parece amigo pode não ser, quem parece inimigo também pode não ser e confiar em pessoas fica bem complicado ao longo da história.

Tem muita ação, muitas mulheres fodásticas (desculpa, mas não tem palavra bonitinha para descrever tanto poder feminino) e uma história de tirar o fôlego.

Eu espero que deem sequência à história de Black Widow, mesmo sabendo que a atriz Scarlett Johansson já encerrou seu contrato com a saga da Marvel.


15 de maio de 2023

Filme: Raya e o Último Dragão (Raya and the Last Dragon)

Na onda da representatividade, a animação Raya da Disney Pixar, é muito icônico e, seguindo a nova linha de princesas que não precisam de príncipes, um possível clássico.

Os atores que dublam a animação também não poderiam ser mais representativos no movimento asiático em Hollywood, com Daniel Dae Kim, conhecido do grande público pela participação em Lost e Hawaii 5.0, além de muitos outros filmes e séries, e a atriz Awkwafina que, entre muitos trabalhos, também aparece em Shang Chi, no personagem de melhor amiga do herói.

Raya é uma espécie de Game of Thrones, já que fala de uma civilização dividida em clãs e dragões. Se bem que aqui, em tese, os tais dragões estavam extintos e Raya vai em busca do que os haveria exterminado para restabelecer a paz e harmonia entre os clãs.

A história mostra a questão da honra, sempre muito preciosa nas histórias que envolvem a cultura asiática, os laços familiares, as brigas por questões de orgulho e desentendimentos entre gerações e lendas milenares que envolvem animais fantásticos e místicos.

Raya mostra a força dos valores, da amizade e lealdade, numa animação muito bem desenhada, com cenários muito bonitos e personagens encantadores.

Prepare a pipoca e encante-se!

8 de maio de 2023

Review: Samsung Galaxy Watch 4 - 1 ano depois

 

Eu decidi fazer esse post a essas alturas do campeonato, porque eu vi mais gente reclamando do mesmo problema na internet e acho que vale o aviso para quem estiver pensando em adquirir esse modelo ou os seguintes da Samsung.

Eu sou uma entusiasta da Samsung, porque ela trouxe muitas inovações no segmento Smart. Tenho TV, monitor, celular e relógio. Mas, tão pouco tempo de uso (para mim, aparelho que dá pau com 1 ano e pouquinho não é durável) algo que é tão caro, me colocou a questionar a qualidade da marca.

Começou com as TVs que vão dar problema depois que terminar a garantia. Pode pesquisar na internet. Não tem modelo que se salve. Passou a garantia é tela que não liga ou fica piscando, entre tantos outros problemas.

Depois, eu tive problemas com resgate de promoções, porque o site de cadastro falhou e eles dizem que eu não fiz o que tinha que ser feito no prazo que tinha que ser feito e... enfim, não valia a pena brigar pelo brinde, mas ficou uma impressão bem ruim sobre o (des)respeito da marca com seus consumidores.

Agora esse relógio. Só que aqui a coisa ficou muito desagradável, porque o meu relógio tem pouco mais de 1 ano, ou seja, não está mais na garantia e, como qualquer um sabe, reparo costuma sair tão caro a ponto de ser mais vantajoso a compra de um novo (que não vai acontecer)!

Eu tive um Fit 2 Pro, muito lindo, funcional, mas que não é bem um smartwatch, apesar de me atender muito bem. A bateria tinha uma durabilidade maior do que o Galaxy Watch, mas era grandão e estava começando a falhar a carga da bateria. Quando eu, então, inventei de comprar esse relógio.

No começo eram muitas flores, mas aí a tela começou a esverdear e em 1 semana disso, eu coloquei pra carregar e quando fui tirar do carregador para colocar no braço a tela ficou branca!!! Não desliga, não dá pra reiniciar, resetar, não dá pra nada.

Dá pra esperar a bateria acabar pra parar de brilhar igual uma lanterna no quarto escuro (tive que colocar dentro da gaveta pra dormir).

Tentei carregar de novo, apertei os botões pra tentar um reset, nada!

Então comecei a buscar soluções na internet e a surpresa: um monte de gente relatando que pouco depois de ter terminado o prazo da garantia, a tela ficou branca, nada resolve, o conserto é uma fortuna e é isso. Um relógio caríssimo que serve pra ir pro lixo!!!

Sim, ter um smartwatch é legal e depois que você acostuma é difícil ficar sem.

Eu usei muito para praticar corrida, mas desde que tive que parar de correr, eu ainda usei para caminhadas, monitoramento do sono, SPO, BPM, alertas, alarmes, aviso de inatividade, lembrete de água, enfim, as funcionalidades do bonitinho.

Pra quem tem celular da Samsung ele é o ideal, pois funciona todo integrado, mas a lua de mel terminou.

Eu me recuso a comprar outro relógio da Samsung sabendo que o problema da obsolescência programada parece ser item de fábrica, por um preço tão salgado.

Não acredito que exista a marca perfeita, mas prefiro comprar um Xiaomi, que é mais em conta, a bateria dura muuuuuuuuuuuuuuuuuito mais, é bonitinho e funcional, e eu sei que por usar celular Android, vai servir bem, como já serviu o Mi Band que eu tive e só não tenho mais, porque tinha dado para meu pai quando comprei meu Samsung e ele fez o favor de perder.

Fica a dica: se você não se importar de jogar um Galaxy Watch no lixo a cada 12 meses, ele é ótimo!

Se você tem amor ao seu dinheiro, melhor procurar alternativas, já que a concorrência também tem corrido atrás e feito bonito seja nas funcionalidades, seja na aparência.

Obs: a imagem da tela do relógio bichada não é minha. Está lá na comunidade da Samsung, onde os usuários tentam descobrir o que fazer com os problemas que aparecem em seus aparelhos.

1 de maio de 2023

Review: Power Mixer 3 em 1 Black Inox da Oster

Eu sempre quis comprar o mixer, mas já ouvi dizer que isso era dinheiro jogado fora, porque faz muita sujeira, não tritura nada etc. Mas, assistindo um programa de culinária, o chef em questão usou um mixer para fazer um molho, misturando itens sólidos com líquidos e aquilo me pareceu muito mais prático do que usar um liquidificador.

De repente, o incentivo que faltava: encontrei uma promoção do item na internet e decidi comprar, muito motivada pelo fato de que eu ando com alguma dificuldade para picotar itens com faca e fazer algumas misturas de líquidos por conta da tendinite.

O aparelho vem como na foto: o aparelho, o mixer, o batedor, o pote com lâmina para triturar e o copo alto com tampa de silicone.

O encaixe das peças é super fácil e firme. A limpeza também é super simples e bem mais fácil do que lavar o jarro e a lâmina do liquidificador, além de fazer infinitamente menos ruído do que um liquidificador comum.

Quanto a potência, aí depende do que você pretende fazer. Meu primeiro teste foi com maça, pera e suco de limão. Fácil e rápido. Quando fui fazer abacaxi com laranja, por sua vez, deu um pouco mais de trabalho, talvez porque eu quis enfiar rodelas de abacaxi (eu guardo o abacaxi cortado em rodelas largas), mas eu consegui fazer depois de dar uma mexidinha.

Aliás, o copo alto que acompanha o produto tem tampa, então se você fizer suco demais, pode guardar ali mesmo. 

Numa outra ocasião usei para triturar e misturar cebola, tomate e carne no pote em que vai a lâmina e eu achei que ficou super homogêneo bem rapidinho.

Até o momento eu só não usei o batedor, mas para fazer coisas rápidas como uma mistura de panqueca, deve servir.

O formato também é bom para segurar com firmeza e para guardar, você consegue guardar a parte do motor em pé, sem qualquer acessório.

Por ser construído em inox, ele parece ser durável. Melhor do que as versões mais baratinhas em que o corpo todo é plástico.

Enfim, eu recomendo o produto para uso diário, principalmente para quem mora sozinha/o. Para fazer maiores quantidades, talvez ainda seja melhor usar o liquidificador, um processador de alimentos e uma batedeira.

24 de abril de 2023

Série: Wanda Vision, da Disney+

Essa é mais uma das séries que eu maratonei quando peguei o mês de teste gratuito da Disney Plus (você pode ler o meu review sobre o streaming a Disney no link).

Claro que WandaVision vai ser uma série que quem é ligado no universo Marvel e os Vingadores, vai curtir mais, mas é interessante no geral, pois conta as dores e alegrias da vida em família, ou as aparências da família perfeita.

Quem segue os Vingadores, sabe que no filme em que aparece o Thanos, Vision morre, depois que tiram aquela pedra que aparece na testa do homem vermelho e Wanda fica desolada, pois ela o amava.

A série começa depois daquele episódio, mas aqui Vision e Wanda se casaram, vivem como se fossem pessoas normais, de classe média, com 2 filhos, num típico bairro suburbano, com vizinhos típicos, mas todos em harmonia.

As crianças vão à escola, enquanto Vision, em sua versão humana, vai trabalhar num típico trabalho de escritório, e Wanda é dona de casa.

Tudo ia bem até que coisas estranhas começam a acontecer nos arredores do pacato bairro onde vivem nossos heróis disfarçados de gente comum.

Não vou dar detalhes, porque isso seria muito spoiler e essa postagem não tem essa intensão. Eu só queria contar mesmo é que eu adorei a série, que tem muito amor, algumas confusões e até ação do tipo Os Vingadores no final.

17 de abril de 2023

Livro: Talvez você deva conversar com alguém de Lori Gottlieb


 Desde que eu entrei num grupo de estudos do PPG em Psicologia da UFMA (programa de pós-graduação da Universidade Federal do Maranhão) e comecei a fazer terapia, assuntos sobre psicologia e terapia passaram a me interessar mais.

Já assisti palestras diversas com psicólogos especialistas nas mais diversas áreas, sobre os principais teóricos para além do mais conhecido, Freud, e quando li a sinopse desse livro, decidi ler.

O livro é super gostos de ler e apresenta os bastidores da vida de uma terapeuta americana, chamada Lori Gottlieb, que vai contando o dia a dia do seu trabalho, com a apresentação de alguns casos que ela atendeu em seu consultório, além das suas próprias sessões como paciente.

O "talvez você deva conversar com alguém" que dá nome ao livro, é a frase dada como sugestão por uma colega de profissão, quando ela se vê com problemas que ela saberia resolver se fosse um paciente falando com ela, mas não acontecendo com ela.

Então, ela vai em busca de alguém com quem ela possa contar os seus problemas e as dificuldades para encontrar tal profissional, sendo ela mesma uma, e por isso sabendo exatamente o que não lhe serviria.

Enquanto ela tenta lidar com seus problemas, aparecem pacientes novos com questões complicadas, um dilemas éticos na sala de espera, outra questão com marido e mulher desesperada para ser salva, outra que buscava conforto para lidar com seu prazo final.

O mais interessante é ela discorrendo sobre a necessidade que o terapeuta tem de também fazer terapia, afinal, quem lida com tantas questões sensíveis de tantas pessoas, também precisa de cuidado e atenção para não explodir no final, pois são todos seres humanos, com sentimentos e uma vida que, pode ou não, estar passando por um período complicado e que não pode transparecer isso para seus pacientes.

Eu entendo que quem cuida precisa ser cuidado, pois enquanto fui cuidadora principal dos meus avós (já falecidos, ela aos 74 e ele aos 97) esse cuidado comigo foi negligenciado, mas eu tive a oportunidade de buscar, por mim (e para mim) mesma, ajuda para seguir a vida mesmo depois das mortes.

Um livro que todos devem ler, independente de fazer ou não terapia ou gostar de assuntos relacionados à psicologia. Mostra que todos temos problemas, mas que buscar ajuda sempre será o melhor remédio.

Super recomendado!!! Boa leitura!

10 de abril de 2023

Feira do Livro da UNESP

E lá vamos nós para mais um evento com muitos livros e cheio de descontos!!!

Agora é a Feira do Livro da UNESP (Universidade Estadual Paulista), universidade que tem boa parte de seus cursos no interior de São Paulo, cuja editora fica num dos prédios antigos nos arredores da Praça da Sé, marco histórico e turístico muito conhecido.

Uma pena que no centro da capital não tenha lugar e espaço para acontecer um evento desses, então ele acontece lá na Barra Funda, local acessível pelo Metrô.

A Feira que está em sua 5ª edição também parte do princípio do "mínimo de 50% de desconto", ou seja, é muito melhor do que comprar em qualquer site e com a vantagem de levar na hora, fora a festa que quem é louco por livros faz num evento desses.

O diferencial da Feira do Livro da UNESP é que ela acontecerá na modalidade híbrida, ou seja, haverá o evento presencial para quem é da capital, mas pode ser aproveitada por pessoas de qualquer lugar desse Brasilzão, pela modalidade virtual. Mas atenção, o desconto de 50% é só no presencial, para a versão online o desconto é de 40%, o que ainda vale a pena na maioria dos casos, considerando o desconto médio de 20%, quando muito, nos sites que vendem livros.

O site tem informações sobre localização, como chegar (metrô, sem dúvida, a não ser que você esteja por perto e possa ir a pé ou de busão), lista de editoras e outras informações importantes para quem for até lá.

Além disso, estão programadas palestras, que terão transmissão por canais do Youtube da Editora UNESP e da Editora Aletria, além de palestras no auditório do local. Para saber quais palestras acontecem online e quais precisam de inscrição prévia para participar, veja no link Programação Cultural.

Serviço
Local: Campus da Unesp em São Paulo
Rua Dr. Bento Teobaldo Ferraz, 271 (ao lado da estação Barra Funda do Metrô)
Data: 12 a 16 de abril de 2023
Horário: quarta a sábado, das 9 às 21h, domingo das 9 às 18h

3 de abril de 2023

Filme: Tudo em todo o lado ao mesmo tempo (Everything everywhere all at once)

Esse foi o filme mais comentado desde o anúncio dos indicados aos prêmios da indústria cinematográfica do ano de 2022 para a edição de 2023.

Uma palavra define esse filme: LOUCO, muito louco, louco demais, totalmente louco!!!

Mas não se deixe enganar pela primeira impressão, porque ele tem muitas mensagens nas entrelinhas.

Quando o filme foi lançado, eu não consegui ir no cinema assistir, por causa da Covid. Depois do Oscar, o filme voltou para algumas salas de cinema (uma aposta das empresas de cinema, que eu não acho que deu muito certo, porque eu fui numa sessão de domingo, às 13h, e tinha 1 fileira para cada pessoa que comprou o ingresso) e eu decidi me aventurar na sala de cinema.

Vamos começar pelo fim: o filme foi premiado em quase todos os lugares onde havia sido indicado e quase sempre levou quase tudo.

Muita gente, como sempre, chiou, disse que o filme é uma m...., que os atores não mereciam, enfim, aquele papo de sempre. Você torce pra um filme e quando ele não ganha, você fala mal do que ganhou.

O elenco do filme levou, em quase todas as premiações, incluindo o Oscar, nas categorias de melhor atriz para Michelle Yeoh, de melhor atriz coadjuvante para Jamie Lee Curtis, e melhor ator coadjuvante para Ke Huy Quan. Também foi indicada para atriz coadjuvante, Stephanie Hsu, que não levou um Oscar, mas ganhou em alguma premiação. 

Se essa galera toda merecia ganhar o Oscar e as demais premiações por causa desse filme, também tenho minhas dúvidas, mas a premiação do Oscar, muitas vezes, é uma questão de justiça pela trajetória e política, porque nesse caso, a Michelle Yeoh não foi só pelo histórico, mas também por uma questão de justiça de minorias, ainda que muita gente não entenda isso.

Muita gente acha que minoria são só os negros, mas e os amarelos? Onde ficam nas artes? E sempre em papeis estereotipados. Isso não soa preconceito de raça? Asiático não é branco e também é excluído.

Jamie Lee Curtis não está em seu melhor papel. Aliás, ela tem importância na história, mas nem aparece tanto quanto a Hsu e ainda assim, acho que foi correto dar a ela esse prêmio nesse momento.

Quanto a ganhar o prêmio de melhor filme... pois é... assim como não entendo até hoje o porquê do filme Parasita ter ganho alguma coisa, esse prêmio deixa uma pulga atrás da orelha: afinal, o que foi avaliado para tal decisão?

Vamos à história em si.

Trata-se de um tema super em voga, pois fala de multiverso, mas de um ponto de vista diferenciado, que é partindo dessa mulher, a Evelyn (Michelle Yeoh), mulher de família chinesa, que fugiu com seu amor na juventude para ser livre das amarras da cultura oriental, para viver nos EUA, e que é a conexão na história.

O casal vive dilemas familiares de toda espécie, com a convivência de 3 gerações que não se entendem bem por falta de comunicação, uma situação comum em famílias de origem asiática, cada qual buscando aceitação da geração anterior, e o marido (Ke Huy Quan), que é considerado um intruso pelo sogro (James Hong), criando um ambiente de muitos conflitos.

Assistindo ao filme, fiquei imaginando se os ocidentais conseguem entender qual o dilema apresentado de fato, porque para o ocidental, ainda mais para o norte americano, esse vínculo com a família, as raízes, os pais, não é tão forte como é na cultura oriental, que ainda mantém o formato patriarcal e machista, de dar inveja para qualquer família europeia do século XV. E esse é um ponto de partida muito sensível e importante para o grande problema apresentado pelo filme.

Outro detalhe importante a se considerar, além da questão cultural, é o problema do idioma. A Evelyn, o Waymond e o Gong Gong são imigrantes, como tantos outros que existem por toda parte, e que enfrentam essas dificuldades de comunicação retratadas, o que gera ainda mais confusões e eventuais conflitos.

Como uma amiga comentou, talvez esse filme seja melhor compreendido por quem passa pelas dores "amarelas". Chineses, japoneses, coreanos, entre outros, e todos os seus descendentes.

Um filme muito louco, mas com reflexões sérias que, talvez, você não vá entender, porque não faz parte da sua realidade, mas que traz uma mensagem de esperança, relações familiares, amorosas, de amizade, e o mais importante: SEJA GENTIL, porque você não sabe o que o outro está passando, a despeito da aparência de família perfeita e sorrisos forjados.

27 de março de 2023

Filme: Soul (animação), Disney Pixar

Pegue sua caixa de lencinhos e prepare-se para se emocionar de montão com essa animação sobre sonhos, desejos, amor, carreira, e alguns tropeços.

Soul, título da animação lançada em 2020, é um trocadilho entre a ideia central da história e o estilo musical conhecido como soul music que eu gosto de ouvir.

Joe Gardner (Jamie Foxx) sempre sonhou em ser músico profissional, mas acabou virando professor de piano numa escola de ensino fundamental onde sua arte não era muito apreciada por sua audiência.

Num belo dia consegue uma chance de ser apresentar para um grupo que toca nas noites de Nova York e precisa de um pianista para substituir outro.

Era a chance de sua vida, finalmente, mas... ele acaba sendo enviado ao além pouco antes de ir para o teste.

A história começa quando ele se dá conta de que está morto, mas ele está determinado em provar que ele foi levado até lá por engano. Nessa saga de voltar ao seu corpo para que possa fazer o tão desejado teste e se tornar um músico profissional, ele conhece 22 (Tina Fey), uma alma que se recusa a ressuscitar e vive fugindo dos treinadores que dizem que ele precisa descer.

Um que quer retornar e não pode, outro que pode retornar e não quer, juntos só poderia dar confusão, mas um vai aprender com o outro como se desapegar do passado e perder o medo do novo, de seguir em frente.

Como todas as histórias da Disney/Pixar, tem humor, música, partes muito alegres, outras muito tristes, arrependimentos, sucessos, amor, amizade e lições de vida.

20 de março de 2023

DIY: site Fazendo a Nossa Festa - Planner, Decoração para festas, entre outros

Eu estava procurando um refil para minha agenda que não custasse esses absurdos que a gente vê por aí, quando eu desisti e estava procurando por inspiração para colorir folhas que eu ia imprimir, recortar e perfurar no padrão da agenda, quando encontrei esse site fofo, cheio de ideias para imprimir de graça.

Sim, é de verdade para imprimir de graça, sem pegadinha, sem modelos básicos de graça e os bacanas pagos. O site tem muuuuuuita coisa legal, bem elaborada e de 'grátis' de verdade.

Mas eu acabei mudando o plano de pegar inspiração para imprimir a agenda do jeito que eu queria.

Eu tinha comprado um desses cadernos com discos nas laterais, que permitem você trocar as folhas conforme a necessidade ou vontade. O caderno que eu comprei não custa essas fortunas que eu vi por aí  e o refil também não é muito caro (R$35,00 em 20/03/2023, com folhas pautadas, com pontinhos e em branco, sendo possível comprar o refil de cada tipo, separado, em pacotes de 52 folhas a R$11,90).

Então, eu peguei as folhas em branco, que tem tamanho de A5 e comecei a selecionar o que ia imprimir.

Difícil mesmo foi decidir o que imprimir, já que tem muitos modelos bem legais.

No fim, acabei misturando alguns modelos.

Baixei em PDF (nem todos têm PDF, mas os que não tem PDF tem todas as imagens que podem ser impressas em A4 ou A5, como preferir) o modelo chamado de xadrez minimalista. É um modelo bem simples, mas que eu prefiro na parte da agenda. Desse modelo eu usei uma folha que você pode colorir ao longo do ano com seu estado de espírito (feliz, cansado, triste etc.), as páginas que tem os calendários do ano de 2023 e 2024, e o calendário do mês com espaço para anotar aniversários e eventos do mês e em quantidade suficiente para cobrir o ano, uma folha semanal começando sempre na segunda e terminando no domingo.

Para a capa de cada mês, com uma frase motivacional, eu imprimi um modelo floral com lettering em roxo, muito lindo.

Para fazer uma capa para a parte da agenda e outra que separa a agenda do diário que eu já escrevia nesse caderno, eu usei 4 imagens diferentes, com frases motivacionais: uma de fundo colorido em tons pasteis, o verso dessa com o fundo em verde, outra com fundo cor de céu, nuvens e um balão amarelo e seu verso é uma imagem de cacto fofo.

E assim criei a minha agenda perfeita, personalizada, colorida e rapidinho.

Daqui pra frente nem vou sofrer mais com busca por refil ou agendas. Eu vou voltar nesse site e imprimir minha agenda.

13 de março de 2023

App: Food to Save

 

Eu tinha visto uma postagem, há muito tempo, de uma amiga comentando sobre esse projeto de salvar alimentos que seriam descartados, mas na época eu nem dei muita bola, porque ela já estava num outro nível de sustentabilidade, da qual eu achava que não me encaixava.

O tempo passa, a gente evolui e cada vez mais venho procurando melhorar meus hábitos de consumo, evitando comprar mais do que o necessário, procurando aproveitar e reaproveitar tudo quanto é possível, buscando não desperdiçar recursos de qualquer espécie.

Agora, bom mesmo é quando a gente pode juntar vários conceitos num só e ajudar um círculo de pessoas.

Pois é esse a ideia do Food to Save, um aplicativo criado para unir quem vende alimentícios e o consumidor final que esteja disposto a pagar menos para levar produtos que estão muito próximos do vencimento ou não tem lá uma aparência muito boa para colocar na vitrine.

Se você não é da cidade de São Paulo, pode conferir no site https://www.foodtosave.com.br se a sua cidade já está entre as participantes do projeto e conferir todas as informações a respeito do conceito para não dizer depois que foi enganado ou coisa do tipo, muito comum do brasileiro que curte usar tecnologia, mas odeia ler instruções de funcionamento de qualquer coisa.

A sessão de FAQ tem as dúvidas mais comuns respondidas pela equipe do aplicativo, mas se sua dúvida não está respondida ali, você pode entrar em contato com o suporte via email que consta no site.

Eu nem lembro o que eu estava procurando quando esbarrei no aplicativo, na Play do Google (tem para iOS também) e decidi instalar para ver o que tinha perto da minha casa ou do trabalho e descobrir se valia a pena usar o app.

Achei uma relação interessante de estabelecimentos que eu já conhecia e nos quais eu costumo consumir vez ou outra. Para fazer o teste, escolhi uma padaria perto de casa, cujo valor da sacola surpresa era de R$22,90.

Eles aceitam pagamento via Pix ou cartão de crédito, mas como era um teste, preferi pagar com Pix para não dar dados de cartão, ainda que eu use o cartão temporário nesses casos de compra única para saber qual cartão deu em caso de necessidade.

Pedi na sexta, véspera do carnaval, fim de semana que ficaria em casa e já teria que passar em algum lugar para comprar o que eu chamo de suprimentos para fim de semana.

Comprei antes de sair do trabalho e passei na volta na padaria.

Que show de bola! Primeiro o susto com o tamanho do pacote e quando cheguei em casa fiquei pensando como faria para comer tudo aquilo! Eu recebi umas 4 a 5x o valor que paguei em mercadoria. Algumas coisas eu coloquei no fundo da geladeira, onde chega a congelar, já pensando que, mesmo que o consumo fosse ser logo, itens de padaria podem ser "salvos" no micro-ondas ou forno elétrico.

Rendeu o fim de semana e mais.

Então, no outro dia fui procurar por padaria que tivesse uma sacola com itens salgados. Encontrei outra desconhecida, que fazia a entrega. Arrisquei comprar. Não me arrependi. Veio bastante coisa gostosa que eu esquentei no forno elétrico e ficou como a versão fresca.

Fiz outros 2 testes que valem a pena contar: lojas de shopping, um de donuts e outro de salgados. 

No dia que eu comprei o de donut, passei no quiosque, retirei o pacote, fui no Starbucks e comprei um café, sentei na mesa e comi 1 dos 3 donuts que vinham no pacote, levando os outros para comer em casa no dia seguinte.

Já na loja de salgados, eles me entregaram os salgados quentes (eu não sabia que iriam entregar quentes, até porque a ideia é que sejam produtos do dia anterior ou que ficaram na vitrine e não foram vendidos), então eu peguei uma bebida da própria loja (ok, eu estava no Rei do Mate e eu adoro os mates deles), sentei e comi um dos meus salgados. Só não comi todos, porque eu tinha acabado de almoçar.

O teste feito com o hortifruti só não foi mais bem sucedido, porque minha mãe não gostou de ter produtos não perfeitinhos para consumo, mas se fosse por mim, compraria sempre, porque eu gostei de tudo o que veio, só tive que me ater aos produtos que estavam mais maduros, quase passando, e consumi-los antes daqueles que estavam até meio verdes, caso das bananas que recebi.

Eu ainda estou testando outros estabelecimentos, mas posso dizer que até o momento a experiência tem sido super incrível, sem arrependimentos e com tudo devidamente consumido, sem desperdício.

Se você gosta da ideia de ajudar os estabelecimentos a não jogarem mercadoria no lixo por bobagem e quer ajudar seu bolso, economizando nas compras, recomendo muito instalar o app e começar a usar já.

Se você for do tipo "só como se for feito na hora" ou "só compro produtos com 12 meses de validade", você pode fazer o que eu vi sugerido em algumas lojas: "compre e doe o que não for consumir". Você continuar a ajudar os estabelecimentos e pode ajudar quem não pode pagar nem esse preço mais em conta. Pense nisso e compre a ideia.

_______ atualização em 10/04/2023 _______

Como nem tudo é perfeito, tive uma grande decepção ao tentar comprar uma sacola da Nestlé, que é feita, pelo que eu entendi, direto da central da própria Food to Save. A entrega deveria ser feita até às 13h e nada. Entrei em contato por mensagem no app (não tem como falar com eles) e a justificativa para a demora era porque não havia entregador disponível (isso nem pode ser verdade, porque se tem uma região que não falta entregador é no centro de São Paulo). Enfim, no fim do dia, ninguém me deu satisfação, não recebi nada, no dia seguinte fizeram o cancelamento do pedido sem explicarem o porquê e recebi um aviso de estorno pela central do cartão de crédito. Total descaso. Registrei a reclamação no Reclame Aqui e eles levaram quase 1 mês para responder.

Fiz outros testes de estabelecimento. E 1 deles, eu decididamente não compro mais, porque os produtos são ruins e em outro que eu comprei porque dizia que eram produtos de mercado, eles enviaram só pães (ciabata, preto, croissant, cinamon roll e pão doce). Esses até estavam bons, a questão é que dizia produtos de mercado e eu esperava que viesse coisas do tipo óleo, maionese, sei lá, coisas que a gente compra empacotado ou envasado. Quando são produtos de confeitaria ou padaria, costuma estar escrito isso na descrição da sacola. Enfim, com isso vou criando a lista dos meus favoritos, que são, até o momento: Rei do Mate SP Market, B.Lem, The Good Cop Donut, Padarias Santa Micaela e Salamanca (ZS).

6 de março de 2023

Livro: Amigos, Amores e Aquela Coisa Terrível de Matthew Perry

Quem é fã de uma das séries de TV mais bem sucedidas da história da TV, Friends, sabe bem quem é Matthew Perry, também conhecido como Chandler Bing.

O personagem era um cara sensível, bonitão, mas desajeitado com as mulheres, que usava o sarcasmo para contornar situações desconfortáveis e que trabalhava com algo que nenhum dos 5 amigos sabia o que era (vide o famoso episódio em que a Monica e a Rachel perdem o ap da porta lilás para os meninos).

No livro Amigos, Amores e Aquela Coisa Terrível (no original em inglês, Friends, Love and That Terrible Thing, que diga-se de passagem é uma referência a como eram intitulados os episódios da série), Matthew abre seu coração e escreve uma autobiografia tocante para dizer o mínimo. É quase um raio-x da alma de Matthew e os fantasmas da busca pela fana e, depois, da fama em si.

Foi uma surpresa saber, por exemplo, que ele quase não foi o Chandler. Hoje é quase impossível imaginar que outra pessoa poderia ter sido Chandler, incluindo um amigo, que ficou por muito tempo sem falar com ele, claramente pela inveja que causou ver tamanho sucesso da série.

Estranhamente, Matthew tinha muitas das características que pensávamos ser do personagem, mas que eram do ator também.

Matthew nos convida a conhecer a origem: os pais, a infância no Canadá, a sua sensação de não fazer parte de nada, de ser insuficiente, até descobrir as artes cênicas. Da separação dos pais, dos casamentos de seus pais com outras pessoas, constituindo novas famílias, da relação com os meio irmãos, da decisão de se mudar para Los Angeles e da busca pelo estrelato com Hollywood.

Ele também conta de algo muito comum nesse meio: os vícios, começando pelo álcool e cigarro, depois a descoberta das medicações (sabe aquele remédio que o Dr. House usava compulsivamente na ficção? Matthew estava consumindo um monte na vida real) e depois outras drogas.

Uma coisa que me chamou muito a atenção é o fato de um cara bonitão, padrão de beleza desejado em Hollywood (homem branco, olhos claros, atleta universitário) não se sentisse uma pessoa atraente e desejável. Em vários momentos do livro você irá ler a frase "e se eu não for suficiente"?

Acho que vale muito a pena ler se você é fã da série, para conhecer o ser humano por trás das câmeras, algumas curiosidades por trás de alguns convidados do programa.

E se você não é muito fã, mas tem problemas com vícios, inseguranças e/ou depressão, verá que isso é, de fato, mais comum do que se pensa e que saber pedir ajuda e aceitar ajuda quando oferecido vai ser a melhor coisa que você pode fazer por você e por todos aqueles que você ama.

Um livro tocante, emocionante e comovente. Vale a pena ler.

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Que triste saber que mesmo depois de tanta luta, tantas reviravoltas e tantos amigos, numa fase que parecia tão positiva, de retomada do controle da vida, ele ainda acabou indo cedo demais.
Nunca faça pouco caso do problema dos outros. Se não quiser ajudar, tudo bem, só não atrapalhe com  comentários nada motivadores. E, sinceramente, não diga "é falta de força de vontade" ou "é só pra chamar a atenção", porque essas são palavras que podem levar ao ato final uma pessoa que esteja num momento muito frágil.

27 de fevereiro de 2023

Aplicativo: BibliOn a biblioteca digital do Estado de São Paulo

Eu jurava que tinha escrito esse post faz um tempão, mas fui procurar e cadê?

Antes tarde do que nunca, vou escrever sobre esse aplicativo incrível que eu tenho instalado no meu celular e no meu tablet, porque eu gosto de tê-lo sempre à mão, mas quando possível, prefiro ler numa tela maior.

O aplicativo BibliOn é um projeto do governo do estado de São Paulo, que integra o cadastro dos usuários das bibliotecas do estado paulista, iniciado com outro nome um tempo antes da pandemia e que, durante a pandemia, foi usado como forma de permitir que os usuários das bibliotecas públicas seguissem tendo meios de emprestar livros pensando em permitir acesso a um recurso tão importante que é o livro de forma gratuita.

Claro que para isso a pessoa precisa ter um celular e acesso a internet, coisa que muita gente não tem por falta de recursos financeiros, ainda assim, permite a uma gama de pessoas que tem recursos reduzidos a ter um mínimo de acesso à leitura variada.

O acervo do BibliOn é incrível, porque conta com clássicos, mas tem muito best seller recente na lista.

O cadastro é bem simples e rápido. Eu lembro disso, mas não sei dizer se dá para ser feito direto pelo aplicativo ou se precisa ser feito pela internet. Mas eu lembro que é fácil.

Com o cadastro feito e que pode ser aproveitado nas bibliotecas físicas, mediante apresentação de documento e comprovante de residência (em São Paulo, claro), você terá acesso a muitos livros legais. Lembrando que para usar as bibliotecas físicas não precisa de cadastro, somente apresentar um documento na entrada. O cadastro é somente para pegar livros físicos emprestados e levar para casa.

O prazo de empréstimo no aplicativo é de 15 dias, renováveis dependendo da fila de espera para o exemplar. Se não houver fila, você consegue renovar várias vezes.

Você também pode entrar na fila dos livros mais concorridos que costumam ter só um exemplar digital. Para isso basta apetar a opção "reservar" que você entra na fila.

As informações sobre quantos exemplares há disponíveis ou quantas pessoas aguardam na fila aparecem na tela do livro, onde também tem o resumo, autor (que pode ser seguido), quantidade de páginas e editora.

Você também pode configurar tamanho de fonte, cores e fundo, que pode ser branco, bege, marrom ou preto. Eu gosto de usar fundo preto com letrar brancas sempre. Cansa menos, já que o brilho do branco na tela do celular me incomoda.

Mas não são somente livros escritos. Você também encontra audiobooks, esses em menor quantidade e variedade, mas ainda assim acho que tem bastante coisa legal. Novamente, os livros da moda costumam ter filas grandes de espera. Outros menos populares você consegue pegar para ouvir na hora.

Na descrição dos audiobooks você vai encontrar um resumo, o autor, o narrador e o tempo total do áudio.

Eu nunca fui muito de audiobooks, mas descobri que pode ser bem legal ouvir a interpretação de um texto por atores ou pelo próprio autor do livro, então ouço no banho. Entre me preparar para entrar no banho, tomar banho, separar a roupa do dia seguinte, as coisas que eu preciso levar e me arrumar para dormir, consigo ouvir algo em torno de 1 hora de áudio, o que faz livros de 300 e poucas páginas durar, no máximo, 1 semana.

O app não permite print de tela por questões de direito autoral, mas ainda assim vejo muita vantagem usar o app, porque você pode baixar o arquivo na sua rede wifi (casa, trabalho, escola ou qualquer lugar com wifi) e depois ler no ônibus, no metrô, no trem, no táxi, na sala de espera do médico ou numa fila de supermercado (sim, eu leio nesses lugares ou qualquer lugar que tenha fila de espera e em São Paulo, onde não tem fila?).

Pra quem costuma reclamar que livro é caro, que não lê porque é ruim carregar um livro de papel, acabaram as desculpas, uma vez que você pode usar o seu celular de todo dia para ler livros no lugar de ficar espalhando fake news ou de ficar só perdendo tempo rolando as redes sociais (eu gosto de jogar tempo fora nas redes sociais também, mas amo ler também).

E aí, tá esperando o que pra baixar esse app maravilhoso?

Mais informações em www.biblion.org.br

Review: Máscaras de proteção contra vírus

Eu nem acredito que ainda estamos em alerta para a pandemia de Covid-19, em 2023!

Não sei se todos lembram, mas o nome científico atribuído ao vírus que causou e ainda causa muitos problemas ao redor do mundo, que leva o número 19, diz respeito ao ano em que o vírus foi detectado pela primeira vez, ainda que o alerta de estado pandêmico tenha se iniciado em 2020.

O rascunho dessa postagem eu fiz em 2021, mas na confusão que a gente vivia, medidas governamentais que mudavam a toda hora e eu tendo que acompanhar a parte legal (Medidas Provisórias e Decretos diversos eram rotina), o ânimo para escrever no blog foi para o espaço.

Agora, eu quero ver se volto ao post semanal sobre assuntos diversos, como eu fazia antes e já deixei engatado vários rascunhos para tentar manter a regularidade. Não prometo, mas tentarei com todas as forças. rs

Vamos ao assunto da postagem: máscaras de proteção.

Elas viraram acessório facultativo nos últimos tempos, mas assim como eu, muita gente ainda as usa. Muitas cores, formatos e materiais foram testados e usados.

Claro que, além dessas que estão abaixo, eu faço uso das N95 em lugares fechados, transporte público e hospitais, e as máscaras cirúrgicas em consultórios médicos e ambientes movimentados, mas menos fechados.

E vamos aos reviews.

O primeiro modelo que eu comprei foi o tal do "bico de pato", mas hoje não compraria mais, simplesmente porque ele não se adequa ao meu rosto e meu nariz batatinha tipicamente japonês, onde a tal da ponta do bico não tem onde se apoiar. Sendo assim, ela não fica fechadinha, apesar de ser uma gracinha.

Uma amiga que estava fazendo e em estampas super fofinhas. Acho que comprei mais sob esse apelo do que porque gostei delas. E na época, sem a opção de comprar máscaras cirúrgicas por estarem em falta e por não saber costurar, era o que tinha.

Então, eu descobri o tal do site Elo7, uma espécie de Mercado Livre, mas especificamente de artesanato. Artesã(o)s de todo tipo de arte estão lá vendendo suas criações e, na época da pandemia, uma infinidade de pessoas passaram a vender máscaras de tecido. Foi então que eu comprei minhas primeiras máscaras de tecido costuradas no formato de máscaras cirúrgicas. Achei umas que até podiam ter um filtro colocado entre as camadas.

Depois comprei outras de uma amiga que estava fazendo por hobby e é super caprichosa na costura.

Pouco tempo depois eu fui atrás da máscara da Trifil, que foi lançada como feita com tecido tecnológico antiviral. Gostei, não machucava as orelhas e se ajustava bem, além de ter um formato anatômico, que ajudava na questão da respiração.

Não que eu tenha tido problemas com qualquer dos modelos, mas para quem reclamava, essa ajudava, pois não ficava grudado no nariz.

Depois encontrei esse modelo da Lupo (a Trifil também tem igual) que tem em várias cores e é feita com abertura entre as 2 camadas, permitindo que você possa colocar um filtro no meio.

Eu usei muito para ir em locais mais movimentados e em ambientes de saúde, pois me dava uma segurança maior, por permitir a introdução de mais camadas de segurança.

De todos os materiais e modelos, a que eu menos gostei é dessas feitas de neoprene. Elas são muito grandes pra mim e esgarçam com muita facilidade. Além do mais, eu não me sentia mais segura usando elas em relação às de tecido para ser bem sincera. Eu tenho só 1 desse modelo/material e só porque eu ganhei mesmo.

Ainda a tenho guardada, mas para fins de uso em momentos de faxina, já que eu sou alérgica e usar máscara já fazia parte desses momentos da vida adulta mesmo antes da pandemia.

Durante a pandemia, eu ganhei uma desse modelo, que eu nem sei que nome deram. rs

Esse modelo é menor, então ficou perfeito no meu rosto, se ajustando direitinho e me fazendo sentir confortável e segura.

A minha é fofa, porque é da Hello Kitty!

Esse modelo é bem parecido com o recorte do modelo anterior, mas o diferencial é o tecido antibac e é da Havaianas!

Sim, a marca de chinelos também vendeu (ainda vende?) kits de máscaras com tecido tecnológico e estampas bem diferentonas. E, num dado momento, quando todo mundo já tinha se munido de máscaras o bastante, eles estavam vendendo com preço promocional e eu adoro um desconto!

Essa da boca faz sucesso sempre que eu saio com ela, porque as pessoas acham engraçado.

Como eu digo, porque não se divertir com a aparência usando máscaras divertidas pra variar?

A máscara mais cara do mercado e criada para quem pratica atividades físicas aeróbicas era essa da Fiber, que começou com o modelo que não prende na orelha e depois lançou essa, que eu comprei bem ressabiada, pois já tinha daquele outro modelo de outra marca e sabendo que a máscara é mais "pesada" do que as de tecido, me perguntava se não ia machucar as orelhas ou se não ia ficar caindo.

Para minha surpresa, me adaptei melhor a esse modelo de orelha do que a outra e acabei comprando 4 no total.

Eu só fui comprar desse modelo knit depois que passou o auge da pandemia, porque elas eram absurdamente caras e cada partes dela era vendida separadamente. Hoje, eles vendem em kits, como a imagem: a máscara, os filtros e o suporte que faz a máscara ficar no formato certo para manter o tecido longe do seu nariz e boca.

Para quem tem mais nariz, existe ainda um suporte para encaixar no nariz, mas para mim não funciona, então nem comprei.

A outra marca que fabrica desse tipo de máscara é a Máscaras Knit, que é a mesma coisa, mas é de outra fabricante. No começo ela era mais em conta do que a Fiber, mas depois a Fiber começou a fazer promoções e o preço se igualou. A diferença hoje é a grade de cores.

Por fim, a minha favorita e a que eu mais uso até hoje*, o modelo de tecido em 3D. Ela não gruda, é bonita, confortável e encaixa certinho em qualquer formato de rosto (eu acho). A pessoa que costura as minhas ainda coloca o elástico sem amarrar, permitindo que eu ajuste o tamanho do elástico para a minha necessidade.

Nem sei dizer a quantidade de máscaras desse modelo que eu tenho, mas eu tenho muita máscara, porque no começo eu trocava a cada 2 horas religiosamente. Agora eu relaxei um pouco, mas dependendo do quanto eu falar, do ambiente em que estou ou do suor, ainda troco ao longo do dia.

Se protejam e mesmo que a pandemia deixe de ser uma realidade, que tal adotarmos o uso das máscaras quando estivermos resfriados/gripados para evitar espalhar esses vírus para outras pessoas?

* hoje a que eu me refiro é fevereiro/2023, 3 anos do início da pandemia de COVID-19.

20 de fevereiro de 2023

Crônicas de uma motociclista zero quilômetros: abordagem policial de motos na cidade de São Paulo

Eu quero contar como foi a última ocasião em que fui parada numa blitz de rotina da polícia militar nas ruas de São Paulo, para que você, colega de trânsito e de 2 rodas não cometa os mesmos erros que eu.

Calma, não aconteceu nada de errado ou de mal, foi só coisas que eu fiz e a policial deu a dica que não era pra fazer daquele jeito. Da próxima eu acerto! rs

Não foi a primeira vez que fui parada na rua por policiais para verificação de documento, mas quem anda de moto, principalmente na cidade de São Paulo, sabe que isso pode acontecer em qualquer dia da semana, em qualquer lugar, dos mais inesperados, mas sempre de forma pacífica e tranquila.

Mais ou menos.

A gente leva um sustinho dependendo do local e do quantidade de policiais que estiverem fazendo o "bate", como é apelidado os bloqueios policiais que fazem essa verificação, muito justificada e necessária, diga-se de passagem.

Foi a primeira vez que eu vi uma abordagem ser feita com um policial, no meio da rua, com uma metralhadora para intimidar quem pensasse em fugir da blitz. Isso eu achei bem exagerado, considerando que era uma bairro onde não se tem notícias de criminosos atacando em massa e é um bairro muito mais comercial do que residencial, além de ser um bairro chique. Eu estava na Rua da Consolação para entrar na Avenida Brasil, uma parte bonita, bem arborizada.

Eu verbalizei em voz audível "nossa, precisa mesmo de tudo isso?" Nem sei se o policial da metralhadora ouviu o que eu falei, mas o outro que estava em pé, próximo de onde encostei minha motinho deve ter ouvido e fez uma carinha amigável, bem provavelmente por conta disso.

Enfim, qual foi a minha surpresa? De 3 abordagens nesses 5 anos de habilitação, foi a primeira vez que eu fui vistoriada por uma por uma policial MULHER! Verdade, sempre só tem homens nas abordagens e eles costumam ser bem gentis quando a gente é mulher.

Aqui que eu quero contar o que aconteceu, para você saber que não é assim que deve se agir na abordagem.

Bem, como nas vezes anteriores eram policiais homens, descobri que essa é a razão pela qual das outras vezes, eu fui abrindo baú e jaqueta, pegando documento e estava tudo certo.

Qual a diferença aqui?

Como a policial era mulher, ela tem pode me tocar! Não violentamente ou abusivamente, mas fazer a vistoria corporal. Aquela que costumam fazer nos meninos para ver se tem arma, drogas, enfim. Como se vê na foto ao lado (fonte: Estadão).

Aliás, em homem faz-se assim mesmo: "abre as pernas, levanta as mãos..." e começam a apalpar e a perguntar se tem arma, com o que trabalha etc. Não é gritando como se vê nos filmes ou nas novelas. É em tom normal, como numa entrevista. Sem violência. Sério mesmo. Pelo menos eu nunca vi numa blitz policial gritando e como os meninos devem estar mais acostumados a serem parados, eles já sabem como se portar para não dar problema com um policial que possa estar num dia não muito bom.

Voltando à policial mulher, que falava num tom calmo e muito gentil o tempo todo. 

Eu já estava abrindo a jaqueta quando ela chegou do lado (eu não sei onde ela estava, mas alguém deve ter dito "olha, aquela moto é uma mulher, vai lá) e disse. "Senhora, calma! Eu vou falar como proceder, ok?" 

Então eu parei de fazer o que eu estava fazendo, virei para ela e então ela se apresentou, eu vi que ela usava a câmera de corpo, ela pediu que eu tirasse o capacete, me avisou que iria me apalpar. Eu acenei afirmativamente com a cabeça e ela me perguntou: "você tem alguma coisa no corpo?"
Eu: Sim, tenho uma pochete na cintura (e estava colocando a mão no zíper da jaqueta para abrir e puxar a tal pochete).
Policial: Calma! Eu falo como vamos proceder, ok! O que tem dentro?
Eu: Meus documentos e meu celular.
Policial: Licença, isso é procedimento, ok? (e começou a apertar onde eu apontei que estava as coisas). Ok, pode me mostrar os documentos?
Eu: Ok... claro, agora entendi qual o ponto (pensando, é óbvio, eu poderia estar armada e por isso não posso colocar a mão dentro do que ela não pode ver)

Então eu tirei os documentos, confirmei que a moto está no meu nome e que os pagamentos de IPVA e licenciamento já foram feitos, mas que eu comprovante deste ano estava somente no digital, mas ela avisou que não havia problemas porque eles têm como verificar no sistema as informações.

Entreguei meus documentos e fiquei aguardando ao lado da minha motinho, olhando o trânsito e as pessoas nos carros olhando a ação policial indiferentes, afinal, quem é da cidade está mais do que acostumado a ver essas cenas. Mas é tudo muito tranquilo. Não tem voz alta, todos são educados, mesmo que não houvessem câmeras de corpo. Pelo menos eu nunca presenciei nada desrespeitoso nessas blitz.

Um tempinho depois o policial devolveu meu documento, eu guardei tudo e sai do local.

E é isso que eu gostaria de deixar comentado aqui para quando você, mulher, for parada numa blitz e, principalmente, quando houver uma mulher policial no grupo de policiais da blitz.

ABORDAGEM POLICIAL: COMO AGIR

Quando você avistar uma abordagem, primeiro, diminua a velocidade e vá encostando para o lado onde você, provavelmente vai ver outras motos paradas.

O policial vai indicar o local se tiver muita gente parada ou veja onde tem espaço para você parar. Pare com a traseira para a calçada, desligue a moto, tire o capacete e aguarde um policial falar com você.

Aqui é importante não fazer movimentos suspeitos ou bruscos, muito menos pegar o celular. Isso pode causar reações indesejadas nos policiais, porque eles podem pensar que você está armado ou que está tentando avisar cobre a blitz*.

Aguarde as instruções e responda de forma educada e objetiva às perguntas do policial que estiver te vistoriando.

Apresente o documento da moto se não estiver em seu nome e sua CNH. Se a moto está em seu nome eles conseguem ver pelo sistema, porque a CNH tem o CPF que o identifica perante o Detran do seu estado e vai confirmar se está tudo regular ou se você vai ter algum problema nessa blitz.

Caso seja verificado que está tudo ok, eles irão te devolver os documentos e você já estará liberado para seguir seu caminho.

Não precisa se assustar nem ter medo das blitz (pelo menos em São Paulo eu posso afirmar isso). Basta ser educado, porque os policiais costumam ser.

* é sumariamente proibido avisar sobre as blitz. Se você for pego avisando outros sobre o local da blitz pode ser multado e até levado à delegacia para esclarecimentos para dizer o mínimo. Evite dores de cabeça, NÃO MEXA NO CELULAR NO LOCAL DA BLITZ a não ser que o policial peça para ver o documento da moto ou a CNH e você só tenha na versão digital e o policial autorize você a abrir somente o aplicativo do documento!!!