29 de maio de 2023

Filme: O Pior Vizinho do Mundo (A Man Called Otto) com spoiler!!!

Eu não sabia muito bem o que esperar do filme, porque eu não lembro de ter ouvido nada a respeito na época de seu lançamento nos cinemas, mas qual o risco de assistir um filme com Tom Hanks e não gostar?

A resposta é: nula!

O filme começa mostrando um senhor numa dessa enormes lojas de materiais para construção, reformas, mas no estilo americano de "do it yourself" (faça você mesmo em tradução livre) onde ele está comprando alguns itens e já no primeiro momento de interação com outra pessoa mostra o mal humor que o torna o tal do pior vizinho do mundo.

No caixa da mesma loja, ele cria um problemão por causa da medida e da cobrança de quantidade diferente que ele pegou do item e empaca a fila, gerando desconforto a todos em sua volta.

Em poucos minutos do filme a gente descobre que esse senhor é o Otto (Tom Hanks), o homem que soletra o nome sempre que se apresenta e implica com quem não pronuncia seu nome do jeito que ele considera correto e único para se referir a ele.

Agora, eu vou dar um SPOILER, razão de eu ter decidido escrever esse post, mesmo na sequência de postagens sobre filmes, coisa que eu tenho evitado, porque esse blog não é sobre isso e eu nem assisto muitos filmes ou vídeos por ter como prioridade trabalho e estudo, o que me deixa com tempo de menos para esse tipo de lazer, já que eu gosto de ler ou caminhar no meu tempo livre.

Bom, se você continuou a ler esse post após o aviso de spoiler e da enrolação para te dar tempo de sair do blog sem ler o spoiler, vamos lá.

Na minha humilde opinião, todo mundo deveria assistir a esse filme, porque ele trata de um jeito fluido um tema extremamente sensível e complexo: depressão e suicídio.

Otto não é ranzinza sem motivos, mas ninguém se preocupou em descobrir a razão do seu constante mal humor e apego às regras.

Otto é em essência uma pessoa autista, ou seja, extremamente inteligente, muito bom com números, mas incapaz de ser uma pessoa sociável.

Mas ele é muito mais ranzinza do que deveria, porque uma fatalidade ocorreu em sua vida. Após encontrar uma mulher que o compreendia e o amava do jeito que ele é, ele perde o filho que estavam esperando em decorrência de um acidente de ônibus durante uma viagem pouco antes do nascimento do bebê, que fez sua esposa ficar paralítica e morrer em decorrência de complicações.

Dá para imaginar o que tudo isso acarreta na mente de qualquer pessoa???

Só que num momento desses, ele não precisava que os outros sentissem pena dele, porque isso só o deixava mais confuso e ainda mais furioso. Ele precisava de compreensão, mas nunca teve isso e acabou ficando o velho rabugento chamado Otto.

E quando começa a ficar "velho", a empresa onde trabalhava começou a fazer, o que nós chamamos de assédio moral, para que a pessoa acabe pedindo demissão (obs: aqui no Brasil, essa empresa sofreria um processo trabalhista e fiscalização do MPT rapidinho e seria obrigada a reintegrar o empregado, além de ter que mudar suas políticas sob pena de tomar mais multas).

Nesse momento, Otto decide que não vale mais a pena viver e quer se juntar à sua amada falecida.

Diferente do que eu imagino que aconteceria na vida real, as suas tentativas de suicídio viram tentativas frustradas, até que uma vizinha, do tipo que não sossega enquanto não fica amiga de todos e percebendo que Otto tem problema de depressão, mas ainda sem entender as raízes disso, muda o rumo dos planos do vizinho.

As crianças de Marisol "adotam" o vizinho como seu avô e passam a fazer o que as crianças fazem de melhor, dão cor aos dias cinzentos do velho, com a pureza da infância.

Muitas coisas acontecem, até que se esclareçam para Marisol e os vizinhos o que estava acontecendo com Otto, e começam a ajudar uns aos outros.

Os créditos finais, inclusive, trazem a mensagem de alerta caso você conheça alguém que possa estar passando por problemas e o telefone do serviço equivalente ao CVV (Centro de Valorização da Vida), cujo telefone no Brasil é o 188 (também tem opção por chat. Consulte o site www.cvv.org.br se você precisa de ajuda ou conhece alguém que precisa).

Outro tema importante, que de certa forma se mescla com essa questão da depressão, é a LGBT+ fobia, que pode vir de pessoas de dentro e fora da família.

Um rapaz trans que faz entrega de folhetos e irrita Otto comenta, num dia quando ele briga com ele sobre os folhetos, que foi aluno da esposa dele e que ela foi a única que o viu além do gênero, tratava com respeito e carinho, além de o incentivar a estudar e que gerou seu gosto pela leitura.

Emocionado, Otto passa a tratá-lo diferente, pois saber que sua esposa tocou a vida de uma pessoa o faz sentir algo que nem ele sabia explicar.

Num dia, Malcom, o garoto dos folhetos, bate à sua porta bem na hora em que ele estava para finalizar uma de suas tentativas de suicídio, pedindo para dormir no seu sofá, porque havia sido expulso de casa por ser quem era.

De alguma forma, tocado, Otto permite que o garoto entre, só não consegue explicar o que foi o barulho que pareceu um tiro, o que eram aqueles plásticos forrando tudo e o buraco no teto da sala.

Esse é um momento importante, porque muitas coisas mudam e como numa virada de chaves por tantas tentativas falhas de suicídio, ele decide que talvez seja um recado da esposa para que ele viva a vida e aproveite o amor que o rodeia, assim ajudando um de seus vizinhos e se entendo com a vizinhança.

O filme dá aquele quentinho no coração e mostra muitas questões que estão ao nosso redor, mas poucas pessoas estão interessadas em prestar a devida atenção que, em alguns casos, poderia evitar o fim abrupto de um pedido de socorro silencioso como ocorre na depressão que pode ou não levar ao suicídio.

Não deixe sinais sutis passar batido. A gente tem o hábito de falar tudo bem da boca pra fora, mas preste atenção naquela pessoa que é amarga demais ou que faz a vida parecer sempre cor-de-rosa. Isso pode ser decorrente de uma tristeza profunda e sem fim que pode terminar com a frase mais corriqueira nesses casos: "mas nunca imaginei que justo aquela pessoa tinha depressão".

22 de maio de 2023

Filme: Viúva Negra (Black Widow)

Eu assisti Black Widow, porque fiquei muito triste por terem matado a personagem na sequência dos Avengers. Vai fazer falta ter essa mulher de personalidade forte e poderosa entre os heróis da Marvel.

Esse filme mostra de onde surgiu Natasha e a Black Widow, retomando memórias de infância, um centro de treinamento e integrantes da família que ela deixou.

Aqui, quem parece amigo pode não ser, quem parece inimigo também pode não ser e confiar em pessoas fica bem complicado ao longo da história.

Tem muita ação, muitas mulheres fodásticas (desculpa, mas não tem palavra bonitinha para descrever tanto poder feminino) e uma história de tirar o fôlego.

Eu espero que deem sequência à história de Black Widow, mesmo sabendo que a atriz Scarlett Johansson já encerrou seu contrato com a saga da Marvel.


15 de maio de 2023

Filme: Raya e o Último Dragão (Raya and the Last Dragon)

Na onda da representatividade, a animação Raya da Disney Pixar, é muito icônico e, seguindo a nova linha de princesas que não precisam de príncipes, um possível clássico.

Os atores que dublam a animação também não poderiam ser mais representativos no movimento asiático em Hollywood, com Daniel Dae Kim, conhecido do grande público pela participação em Lost e Hawaii 5.0, além de muitos outros filmes e séries, e a atriz Awkwafina que, entre muitos trabalhos, também aparece em Shang Chi, no personagem de melhor amiga do herói.

Raya é uma espécie de Game of Thrones, já que fala de uma civilização dividida em clãs e dragões. Se bem que aqui, em tese, os tais dragões estavam extintos e Raya vai em busca do que os haveria exterminado para restabelecer a paz e harmonia entre os clãs.

A história mostra a questão da honra, sempre muito preciosa nas histórias que envolvem a cultura asiática, os laços familiares, as brigas por questões de orgulho e desentendimentos entre gerações e lendas milenares que envolvem animais fantásticos e místicos.

Raya mostra a força dos valores, da amizade e lealdade, numa animação muito bem desenhada, com cenários muito bonitos e personagens encantadores.

Prepare a pipoca e encante-se!

8 de maio de 2023

Review: Samsung Galaxy Watch 4 - 1 ano depois

 

Eu decidi fazer esse post a essas alturas do campeonato, porque eu vi mais gente reclamando do mesmo problema na internet e acho que vale o aviso para quem estiver pensando em adquirir esse modelo ou os seguintes da Samsung.

Eu sou uma entusiasta da Samsung, porque ela trouxe muitas inovações no segmento Smart. Tenho TV, monitor, celular e relógio. Mas, tão pouco tempo de uso (para mim, aparelho que dá pau com 1 ano e pouquinho não é durável) algo que é tão caro, me colocou a questionar a qualidade da marca.

Começou com as TVs que vão dar problema depois que terminar a garantia. Pode pesquisar na internet. Não tem modelo que se salve. Passou a garantia é tela que não liga ou fica piscando, entre tantos outros problemas.

Depois, eu tive problemas com resgate de promoções, porque o site de cadastro falhou e eles dizem que eu não fiz o que tinha que ser feito no prazo que tinha que ser feito e... enfim, não valia a pena brigar pelo brinde, mas ficou uma impressão bem ruim sobre o (des)respeito da marca com seus consumidores.

Agora esse relógio. Só que aqui a coisa ficou muito desagradável, porque o meu relógio tem pouco mais de 1 ano, ou seja, não está mais na garantia e, como qualquer um sabe, reparo costuma sair tão caro a ponto de ser mais vantajoso a compra de um novo (que não vai acontecer)!

Eu tive um Fit 2 Pro, muito lindo, funcional, mas que não é bem um smartwatch, apesar de me atender muito bem. A bateria tinha uma durabilidade maior do que o Galaxy Watch, mas era grandão e estava começando a falhar a carga da bateria. Quando eu, então, inventei de comprar esse relógio.

No começo eram muitas flores, mas aí a tela começou a esverdear e em 1 semana disso, eu coloquei pra carregar e quando fui tirar do carregador para colocar no braço a tela ficou branca!!! Não desliga, não dá pra reiniciar, resetar, não dá pra nada.

Dá pra esperar a bateria acabar pra parar de brilhar igual uma lanterna no quarto escuro (tive que colocar dentro da gaveta pra dormir).

Tentei carregar de novo, apertei os botões pra tentar um reset, nada!

Então comecei a buscar soluções na internet e a surpresa: um monte de gente relatando que pouco depois de ter terminado o prazo da garantia, a tela ficou branca, nada resolve, o conserto é uma fortuna e é isso. Um relógio caríssimo que serve pra ir pro lixo!!!

Sim, ter um smartwatch é legal e depois que você acostuma é difícil ficar sem.

Eu usei muito para praticar corrida, mas desde que tive que parar de correr, eu ainda usei para caminhadas, monitoramento do sono, SPO, BPM, alertas, alarmes, aviso de inatividade, lembrete de água, enfim, as funcionalidades do bonitinho.

Pra quem tem celular da Samsung ele é o ideal, pois funciona todo integrado, mas a lua de mel terminou.

Eu me recuso a comprar outro relógio da Samsung sabendo que o problema da obsolescência programada parece ser item de fábrica, por um preço tão salgado.

Não acredito que exista a marca perfeita, mas prefiro comprar um Xiaomi, que é mais em conta, a bateria dura muuuuuuuuuuuuuuuuuito mais, é bonitinho e funcional, e eu sei que por usar celular Android, vai servir bem, como já serviu o Mi Band que eu tive e só não tenho mais, porque tinha dado para meu pai quando comprei meu Samsung e ele fez o favor de perder.

Fica a dica: se você não se importar de jogar um Galaxy Watch no lixo a cada 12 meses, ele é ótimo!

Se você tem amor ao seu dinheiro, melhor procurar alternativas, já que a concorrência também tem corrido atrás e feito bonito seja nas funcionalidades, seja na aparência.

Obs: a imagem da tela do relógio bichada não é minha. Está lá na comunidade da Samsung, onde os usuários tentam descobrir o que fazer com os problemas que aparecem em seus aparelhos.

1 de maio de 2023

Review: Power Mixer 3 em 1 Black Inox da Oster

Eu sempre quis comprar o mixer, mas já ouvi dizer que isso era dinheiro jogado fora, porque faz muita sujeira, não tritura nada etc. Mas, assistindo um programa de culinária, o chef em questão usou um mixer para fazer um molho, misturando itens sólidos com líquidos e aquilo me pareceu muito mais prático do que usar um liquidificador.

De repente, o incentivo que faltava: encontrei uma promoção do item na internet e decidi comprar, muito motivada pelo fato de que eu ando com alguma dificuldade para picotar itens com faca e fazer algumas misturas de líquidos por conta da tendinite.

O aparelho vem como na foto: o aparelho, o mixer, o batedor, o pote com lâmina para triturar e o copo alto com tampa de silicone.

O encaixe das peças é super fácil e firme. A limpeza também é super simples e bem mais fácil do que lavar o jarro e a lâmina do liquidificador, além de fazer infinitamente menos ruído do que um liquidificador comum.

Quanto a potência, aí depende do que você pretende fazer. Meu primeiro teste foi com maça, pera e suco de limão. Fácil e rápido. Quando fui fazer abacaxi com laranja, por sua vez, deu um pouco mais de trabalho, talvez porque eu quis enfiar rodelas de abacaxi (eu guardo o abacaxi cortado em rodelas largas), mas eu consegui fazer depois de dar uma mexidinha.

Aliás, o copo alto que acompanha o produto tem tampa, então se você fizer suco demais, pode guardar ali mesmo. 

Numa outra ocasião usei para triturar e misturar cebola, tomate e carne no pote em que vai a lâmina e eu achei que ficou super homogêneo bem rapidinho.

Até o momento eu só não usei o batedor, mas para fazer coisas rápidas como uma mistura de panqueca, deve servir.

O formato também é bom para segurar com firmeza e para guardar, você consegue guardar a parte do motor em pé, sem qualquer acessório.

Por ser construído em inox, ele parece ser durável. Melhor do que as versões mais baratinhas em que o corpo todo é plástico.

Enfim, eu recomendo o produto para uso diário, principalmente para quem mora sozinha/o. Para fazer maiores quantidades, talvez ainda seja melhor usar o liquidificador, um processador de alimentos e uma batedeira.