28 de abril de 2014

Impressões sobre o livro Código da Vida de Saulo Ramos

Não vou chamar de resenha, porque essa não é minha praia e eu prefiro deixar para quem sabe fazê-lo, como minha amiga Lia, do blog Verbo: Ler.

Mas não podia deixar de fazer meus comentários acerca deste livro, ainda mais depois de ter encontrado num blog comentários negativos, porque ela pensou que se tratava de um romance ou coisa parecida.

Aos que não conhecem, faz-se necessário apresentar o autor.

Saulo Ramos foi uma figura ilustre, autoridade no meio jurídico e político do nosso país, e morreu aos 83 anos de idade em decorrência de problemas cardíacos e renais. Ele foi advogado, jurista, escritor, professor, Consultor Geral da República e Ministro da Justiça, os dois últimos durante o governo Sarney e esteve envolvido no processo de transição entre a ditadura militar e o estado democrático de direito.

Por aí, já se pode imaginar que Código da Vida é um trocadilho com os "Códigos" que usamos no mundo jurídico, aquelas enormes leis sistematizadas por seara do Direito, que faz parte da vida de quem milita neste universo.

Código da Vida é quase uma autobiografia, que conta fatos reais ocorridos na vida pessoal e profissional do Dr. Saulo, e que se mistura com a história do Brasil. Em vários momentos, ele é um retrato dos bastidores desconhecidos de épocas mais sombrias e algumas comparações com os tempos modernos.

Ele começa o livro contando sobre um caso específico, de um senhor que ameaça se suicidar caso o Dr. Saulo negue ajudá-lo num caso de acusação por maus tratos e abuso aos filhos menores, promovido pela sua ex-companheira. Entre um capítulo e outro sobre o caso, ele conta sobre o Brasil de diversas épocas e como conheceu os jovens Mario Covas, Fernando Henrique Cardoso, Paulo Maluf, entre tantos outros nomes da nossa política.

Para quem gosta de história do Brasil, política ou Direito, esse livro vai ser uma delícia de ler.

obs: com esse já foram 3 livros inteiros encerrados neste ano. Mas esse conta com uma ressalva: eu comecei a ler em 2008.

21 de abril de 2014

Projeto tardio 2014: ler mais livros por inteiro!!!

Foi depois de ter a primeira grande crise de enxaqueca do ano e olhar para a pilha de livros que se formou na cabeceira da cama que eu decidi: esse ano vou terminar de ler mais livros. Explico.

Não sei quantas pessoas mais são assim, mas eu tenho tara por comprar livros. Mais que isso, eu tenho tara por comprar muitos livros, começar a ler e deixar encostado, porque comprei outro e comecei a ler e depois comprei mais outro e... já entendeu o que acontece, não é?

Eu vou comprando livros, porque adoro passear em livrarias (essas mega stores são o reino da perdição) e eles vão se empilhando e, de acordo com meu humor, eu leio um, no outro dia outro e eis que eu nunca termino de ler livro algum!

Esse ano decidi que vou ter que dar cabo de 1 inteiro por mês, pelo menos (já estou atrasada se for para considerar os 3 meses que passaram). Mas vai ser difícil, porque o meu lindo Kobo (review do post do dia 03/03/2014) não ajuda. rs Só nele já são 5 livros em andamento.

Por que eu estou escrevendo isso aqui? Digamos que estou adotando aquela teoria de gente que quer emagrecer (também estou precisando rs), publicando num blog os desafios e escrevendo os progressos para tomar vergonha na cara. Será que funciona?

Talvez, quem sabe... mas desde que eu decidi rascunhar esse post consegui terminar o 1° livro do ano. O livro é besta e eu comprei porque gostei do título: Manual Anti Autoajuda de Oliver Burkeman.

Estava naquela ilha, logo na entrada da Saraiva do Shopping Ibirapuera e fui fisgada pelas cores da capa.

Eu preciso parar de passear em livraria.

obs: a Livraria Cultura (se eu ganhasse alguma coisa por fazer propaganda...) está fazendo outra promoção de seus modelos mais antigos de eReader para o dia das mães. Se ficou interessado em comprar um, é bom correr.

14 de abril de 2014

Teatro: Minimanual de Qualidade de Vida no
Teatro Jaraguá

A peça estrelada por Alexandra Richter, o Minimanual de Qualidade de Vida, faz graça com coisas cotidianas que geram estresse na vida de qualquer um, principalmente quem vive nas grandes capitais.

Em formato de palestra motivacional, ela apresenta um livro "revolucionário" com dicas para melhorar sua qualidade de vida, enquanto vai contando como virou representante do livro e palestrante do produto da editora fictícia.

Ela é bem divertida e tem um bom ritmo, aproveitando das situações e reações da plateia que me pareceu muito tímida para um comédia tão interativa.

Pior mesmo era uma mulher que decidiu sair de casa com 2 meninas na faixa dos 10 anos para assistir uma peça com humor adulto e termos nada apropriados para crianças. Enquanto uma ficava perguntando o que significava algumas piadas que a atriz contava, a outra queria explicar termos que aprendeu na escola, porque ela não sabia que aquela "falta de saber técnico" era parte da piada.

Recomendo a pela, mas lembre-se que ela está em curta temporada na cidade e logo segue para outro estado.

O Teatro Jaraguá está localizado no centro de São Paulo, dentro do hotel Jaraguá, da rede Novotel, que fica ao lado de pontos conhecidos da cidade, como a lanchonete Estadão, com seu famoso pernil e não muito distante da Rua Avanhadava, onde está o muito famoso restaurante da família Mancini.

O teatro é novo, com poltronas confortáveis e acentos para pessoas que precisam de um pouco mais de espaço. Quanto à acessibilidade, eu realmente não vi os espaços reservados, mas se existem, são no fundo do auditório, porque para chegar mais perto do palco precisa descer muitos degraus.

Isso sem contar a necessidade de descer 2 lances de escada rolante, rumo ao subsolo, onde está a entrada para o teatro.

O valor do estacionamento para quem vai ao teatro é diferenciado e menor do que o valor da 1ª hora do estacionamento do hotel. Avise quando for pegar o ticket, porque eles já anotam que você vai no teatro e o desconto será concedido na hora de pagar, sem necessidade de selo ou apresentação do ingresso, mas prepare-se para uma fila enorme.

No momento o valor do estacionamento para quem vai ao teatro é de R$18,00 e tem desconto para segurado Porto Seguro (a senhora da frente apresentou o cartão do seguro e pagou R$16 e uns quebrados).

Recomendo aproveitar a poltrona na saída do teatro, que permite que você veja a fila do caixa, assim você fica acomodado, enquanto os mais desesperados ficam na fila esperando os manobristas encontrarem seu carro.

7 de abril de 2014

Mais Restaurant Week 2014:
Florina,
Lilló e
Estación Sur Jardins

Como não daria para eu comentar e servir de parâmetro para alguém fazer a visita aos restaurantes visitados na última semana do Restaurant Week, decidi nem apressar o post, já que tinha outro engatado antes.

A semana de visitas aconteceu entre terça e quinta, sempre à noite, porque é quando eu consigo ir. Na sexta eu tinha planejado ir em mais um, mas como fui no teatro, não deu tempo.

Na terça-feira, fui no Florina, um restaurante suíço, que tem pratos de inspiração alemã. O ambiente é uma graça, muito apropriado para casais, e no inverno o cardápio muda para os fondues, acompanhados de uma carta variada de vinhos.

O menu do RW não me decepcionou, mas eu achei que é meio forte para quem está acostumada com o arroz branco ao estilo japonês e comidas sempre muito leves. De novo, a comida é boa, mas muito forte para meu paladar. Já a sobremesa, um sorbet de lichia com frutas da época, estava divino. Pena que eles não tem esse sorbet no cardápio normal.

Recomendo muito pelo atendimento muito atencioso, sem pressa e simpático. Não é baratinho, mas o bom é que a noite você pode economizar no estacionamento, já que a rua é tranquila e com muito espaço para deixar seu carro. E no estabelecimento vizinho, tem um bar que, segundo o garçom, é do mesmo dono, mas para um público que busca uma happy hour.

O que o Florina me deixou satisfeita, o Lilló foi uma decepção.

Eu nem sou do tipo que precisa comer muito na janta, mas eu sai de lá pensando seriamente em parar no Mc Donalds para complementar o jantar.

A entrada foi uma casquinha de siri. Depois de comer a do Il Papavero, não tenho elogios a tecer sobre o do Lilló.

O prato principal, chamado de leque de filé mignon, era uma tira de carne cortada como se fosse um leque para ocupar espaço no prato, acompanhado de arroz e farofa. A carne estava boa, mas a porção era muito pequena mesmo.

A sobremesa estava muito bem apresentada e gostosa, era um brownie de chocolate com castanhas do pará, acompanhada por uma bola de sorvete de creme e calda de chocolate.

O suco de R$8,00 estava gostoso, mas no geral eu acho que foi a refeição que não compensou. Só não seria justo de chamar essa de a pior entre as minhas escolhas, porque o Café Journal foi, sem dúvida, a pior comida que eu comi num restaurante. Ok, o peixe era ótimo, mas combinado com péssimos acompanhamentos e uma sobremesa que só de pensar faz minha boca sentir aquele gosto de farinha, não valiam o que eu paguei.

Por fim, o maravilhoso desfecho com uma das melhores carnes que eu comi na vida.

O Estación Sur foi uma grata surpresa. A entrada, uma empanada me faz acreditar que eu não nasci para comer isso. Ela é exatamente como as empanadas que eu comi na Argentina. É sal demais para a minha pessoa. Mas se você gosta de comida salgada, vai amar, porque a massa é muito boa e vem bem recheada.

O prato principal foi o delírio. Salivo só de lembrar daquele bife de chorizo com batatas souflé (tipo chips, só que elas ficam infladas). Um bife alto, com quase 3 cm de espessura, bem mal passado. Claro que se você não gosta de carne sangrenta, vai achar um horror, mas carne boa é mal passada. Ela fica suculenta, macia, perfeita!

Para encerrar o jantar, claro, panqueca com doce de leite e uma bola de sorvete. Que maravilha!

Ainda bem que o Restaurant Week acontece por pouco tempo e uma vez no ano, porque senão eu quebrava! rs

Agora vamos economizar, voltar pra academia e se preparar para o RW 2015. =)

Fotos: Celina Yamao (elas não estão muito boas, porque foram tiradas no escurinho dos restaurantes e sem flash)