19 de novembro de 2018

Cinema: Animais Fantásticos: os Crimes de Grindelwald (Fantastic Beasts: The Crimes Of Grindelwald)

Fim de semana super prolongado por conta do feriado e eu me dei o direito de relaxar no cinema para assistir o filme mais esperado do ano (pra mim), Animais Fantásticos: os Crimes de Grindelwald.

A imprensa é bem dividida na opinião, mas eu tenho uma também: esses filmes são para quem gosta da saga e ponto!

Até porque quem não é no mínimo simpatizante e não acompanhou a saga do bruxinho mais amado do mundo, nem consegue entender direito o que se passa na história.

Ah, e claro, tem que ter assistido o primeiro filme de Animais Fantásticos para entender o que está acontecendo nesse, que é o segundo filme da série Animais Fantásticos.

Agora as histórias estão mais sérias, mais adultas. Assim como o público original de Harry Potter cresceu, o conteúdo da nova saga também.

A história traz os problemas de família, os efeitos do bullying da infância na vida adulta, os relacionamentos complicados entre gêneros, as manipulações políticas e a luta pelo poder. Lembra muito a vida real, não?

Os efeitos do filme estão mágicos (desculpa o trocadilho infame) e os novos personagens são interessantes. Aliás, assista no mínimo em 3D, se possível em 4D. Vai valer a pena.

O desenrolar da história rende umas risadas, uns suspiros de ternura, outros de surpresa e o final é revelador (gente, será que só eu não sabia disso?).

Destaques para a cena incrível, que foi anunciado antes do lançamento do filme, com a Nagini, o dragão chinês, novo animal fantástico que vai para a maleta do Newt e a fofa cena dos baby Nifflers.

Já estou contando os dias para a continuação e o desfecho dessa história cheia de reviravoltas, torcendo para que nosso querido quarteto fique junto e felizes para sempre.

(vou parar de escrever antes que eu acabe dando spoiler!)

12 de novembro de 2018

Ação Social: Papai Noel dos Correios 2018 - a sua boa ação de final de ano


Na época de festas, todo mundo, mesmo os corações mais peludos, ficam festivos, alegres e mais solidários. E nesse clima de irmandade que todos os anos os Correios fazem a campanha mais linda, que leva um pouquinho de esperança a crianças carentes.

Todos os anos eu tenho participado na medida do possível. E ninguém precisa ser rico para ajudar, basta ter um pouquinho de dinheiro e muita boa vontade.

O pouquinho de dinheiro é porque você pode adotar uma cartinha e fazer uma vaquinha com amigos e colegas para atender ao pedido. Muita boa vontade, porque você vai ter que procurar a carta (ou cartas) que toque seu coração, além de eventualmente mobilizar amigos e colegas para fazerem o mesmo.

Eu costumo ir na agência central, que fica na Praça do Correio, um prédio histórico lindo, tombado, que vive em restauro, onde estão abrigados um memorial dos Correios e com espaço para exposições gratuitas e abertas ao público, além de uma agência com espaço para atividades sociais.

O interessante dessa ação dos Correios é que não só quem envia os presentes é um voluntário, como um pessoal que trabalha recebendo e separando as cartinhas. Tem uma senhora que está lá todos os anos. Nem sei quantas horas por dia ela trabalha, mas ela faz isso como voluntária, pelo prazer de ajudar numa campanha tão bonita.

A campanha funciona assim:

- você acessa o site Papai Noel dos Correios para saber quais agências têm cartinhas para o Papai Noel.

- pode escolher quantas cartas quiser.

- depois de escolher a(s) carta(s), apresenta para o funcionário da agência que irá registrar o código da carta e os dados de quem levou a carta para controle.

- você providencia o pedido, embala com papel kraft ou caixa própria e anota na embalagem o código que está na cartinha. Não pode colocar identificação sua, porque o envio é do Papai Noel!

- leva até qualquer agência dentro do prazo informado e eles farão a entrega com base no código da carta (os Correios têm os dados da criança, nós não o recebemos por questões de segurança das partes e porque a postagem é por conta dos Correios).

Pronto! Você terá feito uma criança sorrir.

E se você tem dúvidas sobre o sorriso, vou contar o relato de uma amiga, cujo filho estudou em escola pública (um dos públicos-alvo da campanha) e enviou uma cartinha quando pequeno.

Eu comentava com a mãe que achava absurdo uns pedidos que aparecem entre as cartinhas deixadas nos Correios, como iphone último modelo, vídeo game da última tecnologia, brinquedos motorizados cujo valor são de até 5 dígitos, enfim, cartas que muitas vezes mostram um tom arrogante ou de crianças mimadas, e ela comentou que o filho dela enviou uma carta, até simpática, mas pedindo um Playstation na época.

Ela disse que ele não recebeu o que pediu, mas que alguém enviou um brinquedo para ele e que isso bastou para fazê-lo feliz, porque ele acreditou que talvez o cartão de crédito do Papai Noel estivesse sem crédito o bastante, mas que ele não havia sido esquecido.

Ou seja, de repente você não encontrou uma cartinha simples (alguns pedem comida. Tem gente que chora lendo as cartinhas, porque é de cortar o coração.), mas encontrou algum pedido de uma criança que te parece educada e merecedora de um sorriso, ainda que tenha feito um pedido absurdo, adote e envie algo que esteja a seu alcance financeiro.

De repente será igual o filho da minha amiga e assim teremos a propagação do espírito do Natal, tão ausente em tempos modernos.

5 de novembro de 2018

Livro: O que o dinheiro não compra - os limites morais do mercado, de Michael J. Sandel (What money can't buy)

Da série "eu sou fã", segue mais uma obra (ele tem outras além das 2 indicadas e lidas por essa que vos escreve) do incrível professor Michael Sandel.

Esse livro nem é daqueles que eu estava procurando para comprar, mas eu estava na Bienal do Livro de São Paulo, perambulando entre tantos estandes e o encontrei por meros R$10,00 (sim, dez reais). Como ignorá-lo? Comprei!

Aliás, isso é uma das coisas que eu sempre comento com uma amiga, igualmente louca por livros, eu resisto facilmente a uma vitrine de promoções de sapatos e bolsas, mas de livros... não que eu seja nerd, mas livros têm um encanto especial. Talvez porque sapatos e bolsas saem de moda, livros nunca!

Esse livro trata de uma temática muito interessante para nosso mundo moderno e capitalista: até onde podemos colocar preço nas coisas?

Uma bolsa, um par de sapatos, um livro são itens fáceis de precificar. Pergunte a qualquer administrador, economista ou afins e eles te darão uma fórmula para calcular custos, margens e outros detalhes para que você consiga colocar um número, um preço.

E quando estamos falando de anúncios, propagandas. Qual o preço?

Você vai pensar "é só usar a mesma fórmula"!

Ok e quando a propaganda for sobre venda de crianças?

Isso pode estar à venda para começo de conversa? A sua resposta pronta será "não"! Mas, barriga de aluguel não é venda de criança? Talvez sua resposta seja "não estamos falando da mesma coisa". Será?

E o meio pelo qual esse anúncio é feito pode ser precificado? Mas e se estivermos falando da sua testa?

Essas e outras questões muito interessantes sobre os limites que devemos impor ao mercado de compra e venda estão nesse livro incrível, que mostra também como funciona o mercado capitalista nos Estados Unidos.

Muitas coisas que ele usa como exemplo ou casos não poderiam existir no Brasil, por exemplo, o pagamento pela doação de sangue, pois a lei brasileira não permite a venda de nada relacionado às partes humanas.

Um mundo de reflexões numa obra rápida de ler, mas intensa. Se você gostou de Justiça, vai adorar ler mais essa obra.