31 de outubro de 2022

Crônicas de uma motociclista zero quilometro: não sei mais o número - capa de chuva California Racing de nylon

Ué, mas você não é mulher, por que está postando a foto da capa de chuva masculina?

Pois é, de novo o problema do modelo feminino e masculino... sabia que os fabricantes acham que alguém vai mesmo ficar elegante vestindo uma capa de chuva para andar de moto e querem fazer a tranqueira cinturada no modelo feminino??? 

Como eu e minha jaqueta de proteção supostamente devemos caber numa capa de chuva com recorte justinho???

Então eu acabei comprando a masculina mesmo, porque ela fica grande na calça (grande... enorme rs), mas como tem elástico e zíper, isso não foi problema.

Minha mãe diz que eu fico horrível, mas eu lá estou interessada em ficar bonita no trânsito? Eu quero estar seca e segura!

Mas o casamento com essa capa durou 2 anos.

Preta, de nylon, ela é confortável, veste bem, boa modelagem, mas... depois de 2 anos, começou a entrar água pelo meio das pernas, o que me fazia chegar com a bunda toda molhada e isso não é legal. Quando chovia forte era o verdadeiro inferno, porque eu ficava toda molhada na parte do cavalo da calça.

Eu descobri que um plástico que tem por dentro e cobre toda a costura da calça está soltando, e isso criou passagens para a água. Fazer o que? Descartar o conjunto.

Na verdade, ainda está guardado para ver se eu descubro como fazer para fechar o vazamento, mas acabei comprando outra capa já que começou a chover direto e não dava para tentar descobrir isso tomando chuva nas pernas, mas sobre a nova capa eu conto em outro post.

24 de outubro de 2022

Crônicas de uma motociclista zero quilometro: agora com vários quilômetros rodados

Se alguém me dissesse a alguns anos que eu conseguiria tirar a habilitação de moto eu daria risada. E que eu iria andar de moto pelas vias de São Paulo, então? Eu chamaria essa pessoa de louca!!!

Quando comecei a fazer as aulas para tirar a habilitação eu dizia pro meu instrutor que só estava fazendo aquilo para ter a habilitação para uma eventualidade, sei lá, se fosse viajar pra algum lugar seguro e que precisasse apresentar uma habilitação para usar uma moto, enfim... e ele disse "eu acho que ainda vou parar num farol, dia desses, e você vai estar pilotando uma moto do meu lado".

Na ocasião eu dei risada e ficou por isso.

Então, eu comprei uma scooter bem basiquinha pra me ajudar a não esquecer o pouco que eu tinha aprendido. Aos poucos fui ampliando o seu uso: primeiro umas idas e voltas da facu, somente de fim de semana, então passei a visitar meu avô aos domingos, rodando por um trecho da Avenida dos Bandeirantes... de repente estava rodando no corredor Norte-Sul durante a pandemia... e quando me dei conta, tinha virado meu meio de transporte oficial!

Ainda tenho receio de ir para alguns lugares, circular por algumas vias desconhecidas, mas já passei pela Marginal Pinheiros durante a semana, aprendi a encarar alguns corredores em que as motos passam, já bati nuns espelhos retrovisores também (peço desculpa aos motoristas dos carros que eu esbarrei). Também já fui derrubada por um carro que se jogou pro lado do nada e um taxista bateu na minha moto quando eu estava parada no farol.

Trancos e barrancos seguimos a jornada em 2 rodas e não acho que tenha volta. A praticidade e o tempo que se ganha usando ela no lugar de carro ou transporte público em São Paulo, faz compensar o medo.

Tá com medo? Vai com medo mesmo!

E mais: depois de 3 anos com a Scarlet, eu tenho uma pretinha, um pouco maior. Agora o capacete cabe embaixo do banco e se for o aberto, cabe o capacete e a jaqueta de proteção. Perdi o gancho para sacolas, mas com mais espaço embaixo do banco, não sinto falta, porque eu nunca tive coragem pra carregar caixa de leite e coisas grandes como muitos fazem de qualquer jeito, até porque eu não alcanço o pé no chão e costumo ter que tombar a scooter (acontecia com a Neo também) para colocar a ponta do pé no chão, sendo assim, se eu tentasse carregar a caixa de leite no assoalho, provavelmente ela cairia na primeira parada.

Aliás, por conta disso, acabei não instalando o bauleto. Está guardadinho. Se alguém tiver interesse no suporte da Givi pro bauleto pra Neo, eu vendo. Ainda está inteirinho e guardadinho.

A roda maior ajuda na estabilidade e aqueles escorregos com a Neo em fissuras é bem incomum, o que dá mais segurança.

Outro item que faz diferença é o ABS. Você sente na hora a freada, é bem sensível.

Agora, cuidado com a chave!!! Como ela é por aproximação, só não pode colocar dentro da bolsa e enfiar embaixo do banco e sair andando, porque isso é o mesmo que esquecer a chave no contato... eu tive que aprender a pendurar a chave no pescoço pra não deixar a chave dentro da própria moto.

Sigo satisfeita com a Yamaha e o atendimento do pós-vendas da concessionária que eu escolhi, a Feltrin, onde tudo é bem claro e sem sacanagem só porque eu sou mulher.