17 de junho de 2019

Filme: Os Vingadores: Ultimato (The Avengers - Endgame)

Eu estou escrevendo sobre esse filme tardiamente, porque eu fui assistir quase 1 mês após a estreia.

Devo ter sido a única pessoa na face da Terra que pedia para todos que foram assistir nos primeiros dias, por spoilers. Todos os spoilers possíveis.

Por quê? Porque eu queria saber se valia a pena assistir, se ia chorar muito, se eu sairia satisfeita com o desfecho, uma vez que eu sai triste da primeira parte dessa história.

Eu acho que vale a pena assistir, porque o filme ficou bem legal. Diferente dos demais, porque ele precisava explicar várias coisas durante as 3 horas que, diga-se de passagem, você nem nota passar.

Por incrível que pareça eu não chorei. Um amigo disse que eu sou insensível! rs Não é que não dê aquele nó na garganta, que você não tenha que segurar o choro, mas eu não deixei as lágrimas escorrerem.

O desfecho foi ótimo, mas ainda estou furiosa com a morte de uma de nossas heroínas (eu acho que não faz diferença dizer quem a essas alturas, mas não vou escrever o nome). Uma pessoa, quando estava me contando sobre o filme, disse que ela teve uma morte digna. Que se foda a dignidade!!! Eu queria que ela seguisse viva e ponto! Já temos tão poucas heroínas e de repente matam 1. Quem devia ter morrido era ele (o outro na mesma cena, que eu também não vou dizer quem é).

SPOILER ALERT (se for necessário, fica o aviso para não reclamar depois)!!!

A cena que eu mais amei de todas no filme todo foi durante a batalha, quando a Capitã Marvel entra em cena, o Menino Aranha (não dá para chamar aquele cara de fraldinha de Homem rs) está com a luva na mão e foi arremessado contra uma pedra, ela pega a luva e o menino diz "eu não sei como você vai passar" (ou algo parecido com isso, porque eu sou péssima para lembrar falas) e de repente aparecem todas as personagens femininas dizendo que elas irão ajudar. GIRL POWER!!!

Achei isso uma homenagem linda às mulheres, batalhadoras, lutadoras, sofredoras, mas, acima de tudo, irmãs, companheiras, parceiras. Sexo frágil o caramba.

E, claro, a cena final do filme, com o capitão Rogers velhinho, falando de amor, num dos casais que todo mundo "shipa", é fofo. De encher o coração.

Se você não assistiu, mas curte o universo Marvel, demorou. Vai na fé, porque o filme está demais. Marvel e Disney não decepcionam. Lembre-se, muita pipoca e nada de líquidos para não ter que sair toda hora para ir ao banheiro.

10 de junho de 2019

Filme: Aladdin versão live action

Quando fiquei sabendo que a Disney planejava fazer a versão live action do meu desenho favorito, fiquei animada. Aos poucos eles foram anunciando quem eram os atores selecionados para os personagens principais da história e assim ficamos na expectativa.

Estou postando tardiamente, mas eu fui assistir na pré-estreia com ingresso comprado na pré-venda.

Eu preciso admitir que o filme tem partes ótimas, mas eu estaria mentindo se disser que amei tanto quanto amo o desenho. Explico.

O elenco foi muito bem escolhido. Talvez eu buscaria alguém mais alto para ficar mais parecido com o Jafar do desenho, mas Will como gênio, Mena como Aladdin e Naomi como Jasmine ficaram perfeitos.

SPOILER ALERT!!!
Acho bom eu fazer um alerta para eventual spoiler daqui em diante. Leia sob sua conta e risco! Não diga que eu não avisei.

Vamos às discrepâncias: arrumaram uma camareira pra Jasmine... de onde ela apareceu? A atriz fez um bom papel, mas não existia no desenho original. Ficou legal, mas eu queria algo mais fiel... é uma adaptação da Disney para Disney... enfim, aqui não é ponto negativo, só causa estranheza.

E por que não fizeram a cena da Cave of Wonders como no desenho??? Eu queria ver a cena do besouro dourado virando os olhos da caverna e ela surgindo no meio das areias do deserto, enorme, imponente. No lugar, cortaram direto pra caverna falando e o tigre entalhado numa montanha de pedra. Uma pena. Seria uma cena linda demais!

O ator que faz Jafar é meio mirradinho. Até tem cara de mau, mas a altura dele no desenho em relação ao rei baixinho e gordinho era um detalhe importante, do meu ponto de vista, para mostrar a manipulação do feiticeiro sobre o rei. O rei, diga-se de passagem parece mesmo um rei no filme, porque no desenho ele parece um fantochezinho.

Existe uma falha grave de roteiro, na minha opinião. No mercado, quando Aladdin e Jasmine estão fugindo dos guardas, ele deveria dizer "Do you trust me?" para fazer a ligação com a cena em que o Aladdin vai convidá-la, como Prince Ali, para fazer o passeio de tapete mágico, quando ela o identifica pela mesma fala. No lugar disso, ele fala só "Trust Me?" no mercado e na cena do tapete ele fala a frase completa.

Uma coisa bem positiva é a cena da entrada do Prince Ali em Agrabah. Ficou divina. Colorida, animada, acho que esse é um ponto fortíssimo do filme em relação ao desenho.

Agora vamos ao super elogio ao roteiro do filme, grande mudança, mas que ficou maravilhoso!!!

Na verdade são 2 coisas, mas em função da mesma finalidade. Uma é a música Speechless, lindamente e poderosamente cantada pela atriz. Dá até arrepios ouvir a música. Não consigo parar de cantarolar de tão linda. A música quer mostrar uma mulher forte, que não vai se intimidar perante ameaças e que está pronta para o enfrentamento.

A segunda mudança é a força dada a personagem, que não quer ser só a princesinha frágil que casa com o príncipe e vive feliz para sempre. No desenho original ela já não estava a fim de casar com os engomadinhos de outros reinos à força, mas aqui, ela não só rejeita os almofadinhas como quer ser governante, no melhor estilo "mulher pode ser o que ela quiser".

Tirando umas cenas que eu acredito, deveriam ter sido mais fieis ao desenho premiado com 2 Oscar em 1992, por melhor trilha sonora e melhor canção original, essas mudanças ficaram boas, as atuações são ótimas e o filme ficou visualmente muito bonito.

Meu amor à Disney pelo respeito à mulher e à magia.

3 de junho de 2019

Livro: Minha História de Michelle Obama

Encantadora é um bom adjetivo para descrever essa história autobiográfica da ex-primeira dama dos Estados Unidos, Michelle Obama.

Ela abre sua intimidade, sua trajetória, sua vida, numa simplicidade, como se ela fosse uma pessoa comum, o que, definitivamente, ela não é. Ela é especial, muito especial.

Ela conta a infância pobre no subúrbio americano, em bairro tipicamente negro, sempre consciente de que a educação podia mudar sua vida, sua história.

Filha de mãe dona de casa e pai assalariado, que apesar de não terem muita educação formal, não mediram esforços para que seus 2 filhos tivessem as melhores oportunidades dentro de suas possibilidades (e impossibilidades).

Saída dos guetos, conseguiu provar para muita gente que a desencorajou ao longo da vida, que mesmo tendo origem humilde, quando se quer, se pode ir longe.

Muito dedicada, conseguiu entrar numa universidade da conhecida Ivy League, cobiçada por todos os estudantes do mundo, a Harvard. Cursando Direito, vivendo com pouco dinheiro, teve a "sorte" de estar rodeada de pessoas boas e que serviram de modelo para moldá-la como profissional e ser humano.

Já destacada dentro de um bom escritório de advocacia, recebe a incumbência de ser mentora de um novo candidato, o jovem charmoso e inteligente, Barack. Mas nem pense que Michelle caiu nos encantos do belo havaiano de cara. Muito focada, ela só pensava na carreira.

Com o passar dos anos veio o noivado, o casamento, a frustração de um aborto espontâneo, a nova responsabilidade como mãe, esposa de um político e, de repente, a função como primeira dama.

Ela nos abre as portas da Casa Branca, das amizades, da rotina, das janelas blindadas e seguranças a seguindo o tempo todo, a tentativa de proporcionar uma vida "normal" a duas crianças, e as impossibilidades de fazer muitas coisas que gostaria, até o retorno à vida comum, ilustrado por uma xícara de chá, vestindo roupas confortáveis, no jardim sem seguranças, numa manhã qualquer.

Leitura deliciosa, que vai fazer qualquer um ficar apaixonado por essa mulher incrível!