24 de abril de 2023

Série: Wanda Vision, da Disney+

Essa é mais uma das séries que eu maratonei quando peguei o mês de teste gratuito da Disney Plus (você pode ler o meu review sobre o streaming a Disney no link).

Claro que WandaVision vai ser uma série que quem é ligado no universo Marvel e os Vingadores, vai curtir mais, mas é interessante no geral, pois conta as dores e alegrias da vida em família, ou as aparências da família perfeita.

Quem segue os Vingadores, sabe que no filme em que aparece o Thanos, Vision morre, depois que tiram aquela pedra que aparece na testa do homem vermelho e Wanda fica desolada, pois ela o amava.

A série começa depois daquele episódio, mas aqui Vision e Wanda se casaram, vivem como se fossem pessoas normais, de classe média, com 2 filhos, num típico bairro suburbano, com vizinhos típicos, mas todos em harmonia.

As crianças vão à escola, enquanto Vision, em sua versão humana, vai trabalhar num típico trabalho de escritório, e Wanda é dona de casa.

Tudo ia bem até que coisas estranhas começam a acontecer nos arredores do pacato bairro onde vivem nossos heróis disfarçados de gente comum.

Não vou dar detalhes, porque isso seria muito spoiler e essa postagem não tem essa intensão. Eu só queria contar mesmo é que eu adorei a série, que tem muito amor, algumas confusões e até ação do tipo Os Vingadores no final.

17 de abril de 2023

Livro: Talvez você deva conversar com alguém de Lori Gottlieb


 Desde que eu entrei num grupo de estudos do PPG em Psicologia da UFMA (programa de pós-graduação da Universidade Federal do Maranhão) e comecei a fazer terapia, assuntos sobre psicologia e terapia passaram a me interessar mais.

Já assisti palestras diversas com psicólogos especialistas nas mais diversas áreas, sobre os principais teóricos para além do mais conhecido, Freud, e quando li a sinopse desse livro, decidi ler.

O livro é super gostos de ler e apresenta os bastidores da vida de uma terapeuta americana, chamada Lori Gottlieb, que vai contando o dia a dia do seu trabalho, com a apresentação de alguns casos que ela atendeu em seu consultório, além das suas próprias sessões como paciente.

O "talvez você deva conversar com alguém" que dá nome ao livro, é a frase dada como sugestão por uma colega de profissão, quando ela se vê com problemas que ela saberia resolver se fosse um paciente falando com ela, mas não acontecendo com ela.

Então, ela vai em busca de alguém com quem ela possa contar os seus problemas e as dificuldades para encontrar tal profissional, sendo ela mesma uma, e por isso sabendo exatamente o que não lhe serviria.

Enquanto ela tenta lidar com seus problemas, aparecem pacientes novos com questões complicadas, um dilemas éticos na sala de espera, outra questão com marido e mulher desesperada para ser salva, outra que buscava conforto para lidar com seu prazo final.

O mais interessante é ela discorrendo sobre a necessidade que o terapeuta tem de também fazer terapia, afinal, quem lida com tantas questões sensíveis de tantas pessoas, também precisa de cuidado e atenção para não explodir no final, pois são todos seres humanos, com sentimentos e uma vida que, pode ou não, estar passando por um período complicado e que não pode transparecer isso para seus pacientes.

Eu entendo que quem cuida precisa ser cuidado, pois enquanto fui cuidadora principal dos meus avós (já falecidos, ela aos 74 e ele aos 97) esse cuidado comigo foi negligenciado, mas eu tive a oportunidade de buscar, por mim (e para mim) mesma, ajuda para seguir a vida mesmo depois das mortes.

Um livro que todos devem ler, independente de fazer ou não terapia ou gostar de assuntos relacionados à psicologia. Mostra que todos temos problemas, mas que buscar ajuda sempre será o melhor remédio.

Super recomendado!!! Boa leitura!

10 de abril de 2023

Feira do Livro da UNESP

E lá vamos nós para mais um evento com muitos livros e cheio de descontos!!!

Agora é a Feira do Livro da UNESP (Universidade Estadual Paulista), universidade que tem boa parte de seus cursos no interior de São Paulo, cuja editora fica num dos prédios antigos nos arredores da Praça da Sé, marco histórico e turístico muito conhecido.

Uma pena que no centro da capital não tenha lugar e espaço para acontecer um evento desses, então ele acontece lá na Barra Funda, local acessível pelo Metrô.

A Feira que está em sua 5ª edição também parte do princípio do "mínimo de 50% de desconto", ou seja, é muito melhor do que comprar em qualquer site e com a vantagem de levar na hora, fora a festa que quem é louco por livros faz num evento desses.

O diferencial da Feira do Livro da UNESP é que ela acontecerá na modalidade híbrida, ou seja, haverá o evento presencial para quem é da capital, mas pode ser aproveitada por pessoas de qualquer lugar desse Brasilzão, pela modalidade virtual. Mas atenção, o desconto de 50% é só no presencial, para a versão online o desconto é de 40%, o que ainda vale a pena na maioria dos casos, considerando o desconto médio de 20%, quando muito, nos sites que vendem livros.

O site tem informações sobre localização, como chegar (metrô, sem dúvida, a não ser que você esteja por perto e possa ir a pé ou de busão), lista de editoras e outras informações importantes para quem for até lá.

Além disso, estão programadas palestras, que terão transmissão por canais do Youtube da Editora UNESP e da Editora Aletria, além de palestras no auditório do local. Para saber quais palestras acontecem online e quais precisam de inscrição prévia para participar, veja no link Programação Cultural.

Serviço
Local: Campus da Unesp em São Paulo
Rua Dr. Bento Teobaldo Ferraz, 271 (ao lado da estação Barra Funda do Metrô)
Data: 12 a 16 de abril de 2023
Horário: quarta a sábado, das 9 às 21h, domingo das 9 às 18h

3 de abril de 2023

Filme: Tudo em todo o lado ao mesmo tempo (Everything everywhere all at once)

Esse foi o filme mais comentado desde o anúncio dos indicados aos prêmios da indústria cinematográfica do ano de 2022 para a edição de 2023.

Uma palavra define esse filme: LOUCO, muito louco, louco demais, totalmente louco!!!

Mas não se deixe enganar pela primeira impressão, porque ele tem muitas mensagens nas entrelinhas.

Quando o filme foi lançado, eu não consegui ir no cinema assistir, por causa da Covid. Depois do Oscar, o filme voltou para algumas salas de cinema (uma aposta das empresas de cinema, que eu não acho que deu muito certo, porque eu fui numa sessão de domingo, às 13h, e tinha 1 fileira para cada pessoa que comprou o ingresso) e eu decidi me aventurar na sala de cinema.

Vamos começar pelo fim: o filme foi premiado em quase todos os lugares onde havia sido indicado e quase sempre levou quase tudo.

Muita gente, como sempre, chiou, disse que o filme é uma m...., que os atores não mereciam, enfim, aquele papo de sempre. Você torce pra um filme e quando ele não ganha, você fala mal do que ganhou.

O elenco do filme levou, em quase todas as premiações, incluindo o Oscar, nas categorias de melhor atriz para Michelle Yeoh, de melhor atriz coadjuvante para Jamie Lee Curtis, e melhor ator coadjuvante para Ke Huy Quan. Também foi indicada para atriz coadjuvante, Stephanie Hsu, que não levou um Oscar, mas ganhou em alguma premiação. 

Se essa galera toda merecia ganhar o Oscar e as demais premiações por causa desse filme, também tenho minhas dúvidas, mas a premiação do Oscar, muitas vezes, é uma questão de justiça pela trajetória e política, porque nesse caso, a Michelle Yeoh não foi só pelo histórico, mas também por uma questão de justiça de minorias, ainda que muita gente não entenda isso.

Muita gente acha que minoria são só os negros, mas e os amarelos? Onde ficam nas artes? E sempre em papeis estereotipados. Isso não soa preconceito de raça? Asiático não é branco e também é excluído.

Jamie Lee Curtis não está em seu melhor papel. Aliás, ela tem importância na história, mas nem aparece tanto quanto a Hsu e ainda assim, acho que foi correto dar a ela esse prêmio nesse momento.

Quanto a ganhar o prêmio de melhor filme... pois é... assim como não entendo até hoje o porquê do filme Parasita ter ganho alguma coisa, esse prêmio deixa uma pulga atrás da orelha: afinal, o que foi avaliado para tal decisão?

Vamos à história em si.

Trata-se de um tema super em voga, pois fala de multiverso, mas de um ponto de vista diferenciado, que é partindo dessa mulher, a Evelyn (Michelle Yeoh), mulher de família chinesa, que fugiu com seu amor na juventude para ser livre das amarras da cultura oriental, para viver nos EUA, e que é a conexão na história.

O casal vive dilemas familiares de toda espécie, com a convivência de 3 gerações que não se entendem bem por falta de comunicação, uma situação comum em famílias de origem asiática, cada qual buscando aceitação da geração anterior, e o marido (Ke Huy Quan), que é considerado um intruso pelo sogro (James Hong), criando um ambiente de muitos conflitos.

Assistindo ao filme, fiquei imaginando se os ocidentais conseguem entender qual o dilema apresentado de fato, porque para o ocidental, ainda mais para o norte americano, esse vínculo com a família, as raízes, os pais, não é tão forte como é na cultura oriental, que ainda mantém o formato patriarcal e machista, de dar inveja para qualquer família europeia do século XV. E esse é um ponto de partida muito sensível e importante para o grande problema apresentado pelo filme.

Outro detalhe importante a se considerar, além da questão cultural, é o problema do idioma. A Evelyn, o Waymond e o Gong Gong são imigrantes, como tantos outros que existem por toda parte, e que enfrentam essas dificuldades de comunicação retratadas, o que gera ainda mais confusões e eventuais conflitos.

Como uma amiga comentou, talvez esse filme seja melhor compreendido por quem passa pelas dores "amarelas". Chineses, japoneses, coreanos, entre outros, e todos os seus descendentes.

Um filme muito louco, mas com reflexões sérias que, talvez, você não vá entender, porque não faz parte da sua realidade, mas que traz uma mensagem de esperança, relações familiares, amorosas, de amizade, e o mais importante: SEJA GENTIL, porque você não sabe o que o outro está passando, a despeito da aparência de família perfeita e sorrisos forjados.