11 de julho de 2022

Bienal Internacional do Livro de São Paulo - Edição 2022

Depois de 4 anos aguardando, enfim, a Bienal do Livro de São Paulo voltou a acontecer!!!

Um misto de ansiedade, receios e alegrias afloravam conforme a data se aproximava e chegou o dia de ir ao novo local, que havia sido anunciado ao final da última edição, em 2018, para ver como seria estar num lugar que eu chamo de "a Disney dos amantes de livros".

O Expo Center Norte, fica, como sugere o nome, na zona norte da cidade de São Paulo, na ponta oposta de onde eu resido (eu moro nos fundos da zona sul), mas tem o acesso facilitado por ampla opções de transporte e não difere a estação de metrô onde sempre acessamos o ônibus que faz o traslado gratuito entre estação e local da Bienal.

Para quem não conhece a cidade, o Anhembi, onde era feito até então, fica equidistante da estação do metrô Tietê, porém para o lado contrário de onde está o Expo Center Norte (se tiver muita curiosidade, coloque no Google Maps o metrô Tietê e veja que a esquerda do mapa estará o Anhembi e a direita, o Expo).

A Bienal no Expo Center Norte ficou com uma configuração esquisita e muita gente (eu principalmente) ficava perdido e girando o mapa para tentar identificar onde estava e onde queria ir. Eu só fui entender o que causava a confusão no meu 2° dia de visita (eu tenho acesso gratuito por ser professora), pela primeira vez, a praça de alimentação estava bem no meio da Bienal, e não no fundo como de costume.

Além disso, só havia a sinalização de teto com as letras dos corredores na entrada, o que não ajudava depois que você já estava no meio do "labirinto".

Não sei se essa impressão foi geral, mas a Bienal diminuiu de tamanho e várias editoras grandes e habituais não estiveram presentes. As que eu senti mais falta foram a Martin Claret, que publica obras clássicas com ótimas traduções, em versões pocket, simples e luxo, além da editora da Folha, que sempre trazia as suas coleções com preços promocionais entre outras tantas publicações ótimas.

Uma coisa bacana que fizeram são os pontos de informação, espalhados em vários cantos da Bienal, o que ajudava os perdidos a se encontrarem ou descobrirem que uma editora não estava lá.

O uso das máscaras era opcional, mas muita gente estava usando a máscara e haviam lugares com totens de álcool gel para higienização.

Eu fui somente durante a semana e ainda assim estava bem cheio, muito por ser época de férias escolares, mas quem foi no primeiro fim de semana disse que estava impossível de cheio, já que os ingressos são vendidos pela internet e na porta. No fim de semana de encerramento havia um aviso nas redes sociais e no site da Bienal dizendo que não haveria mais venda de ingressos por canal algum por estarem esgotados.

Foi a primeira vez que isso aconteceu e deve ser por causa da muvuca da semana anterior, para não se tornar ponto de disseminação maciça de Covid. rs

Com a muvuca, com o risco de Covid no ar, calor e editoras faltantes, quem gosta desse ambiente não pode reclamar.

A Bienal estava bonita e lotada, o que prova, mais uma vez que o livro de papel não vai acabar, não vai morrer e não está obsoleto.

Era de deixar o coração quentinho ver a quantidade de crianças e jovens atrás de livros, com sacolas cheias, pais incentivando a leitura e gente encarando filas quilométricas nos caixas para levar as obras desejadas, algumas com ótimos descontos, outras porque depois não acha.

Com muito livro ou pouco livro, usando máscara e álcool gel (eu não sei nem quando vou deixar de usar esse combo na rua), confesso que foi muito bom estar de volta à Bienal do Livro.

Até 2024!!!