27 de fevereiro de 2017

Comprando um capacete para moto: dúvidas e respostas!

Essa foi a minha aquisição depois de um monte de dúvidas e buscas para descobrir como se comprava um desses.

Desde muitos anos eu queria aprender a andar de moto. Nem sei dizer direito a razão disso, já que sou medrosa demais para pensar em guiar uma moto pelas avenidas loucas da minha cidade, mas eu acho que pode ser útil um dia, assim como costuma ser útil ter carteira de motorista de carro, mesmo que você não dirija todos os dias. Numa emergência, você pode ser o condutor.

Só que na falta de oportunidade, eu deixei essa vontade guardada lá no fundo da memória.

Num belo sábado, eu fui no Parque do Ibirapuera e decidi passar lá na pista de motos para conversar direto com alguma daquelas moto escolas e encontrei um instrutor muito atencioso, que me explicou como funcionava, o que precisava ser feito e que era recomendado que o aluno providenciasse seu próprio capacete, já que estamos no verão e eles até têm para emprestar, mas... acho que já deu para entender, certo?

Como eu odeio pensar em usar o cecê alheio de um dia de sol, fora os piolhos (rs), achei que era melhor comprar um. Mas como se compra isso?

Essa eu esqueci de perguntar para o instrutor, porque achava que fosse algo do tipo universal.

Primeiro item: o tipo

Pensa que capacete é definido só pela cor ou desenhos? Não! São vários tipos e variam de acordo com o local onde você pretende pilotar sua moto.

Os fechados, como o meu, são uma peça única, completamente fechado, o que garantem mais segurança, já que eles não abrem e dificilmente escapam da cabeça.

Os abertos são capacetes cujo a parte do queixo levanta, assegurando maior conforto para colocar e retirar, além de permitir maior respirabilidade mesmo com o capacete na cabeça, quando na posição aberta. Em escala de segurança, são considerados um pouco menos seguros que os fechados.

Os dois anteriores são os adequados para uso em moto, porém existem modelos como o de casco, muito usado por quem curte aquelas motos do estilo Harley Davidson, que dão mais estilo para o motociclista, mas não asseguram nada além de estilo por não protegerem a cabeça inteira.

Segundo item: o tamanho

Você sabe quantos centímetros tem a circunferência da sua cabeça?

Pois bem, é essa a medida que você precisa saber para comprar o tamanho mais adequado. Além disso, você precisa saber que as bochechas (japas têm bochechas grandes) ficam apertadas dentro do capacete, principalmente, o novo. Mas é assim mesmo. Se você movimentar a cabeça e o capacete chacoalhar, ele está grande. Se você estiver sentindo pressão na região da testa ou a parte alta da cabeça (acima da linha dos olhos), está pequeno.

Ok, e qual o tamanho certo, então?

Pegue uma fita métrica (toda mulher tem uma, então procure sua mãe, irmã, namorada, esposa, vizinha...), vá para a frente de um espelho e passe em volta da cabeça, na altura das suas sobrancelhas. O número que der, é o tamanho do seu capacete. Só para referência, a medida do meu deu 55,5 cm, então o meu tamanho é 56, já que o padrão são números redondos e pares. Na dúvida, consulte seu vendedor e, se possível, compre em loja física para testar o capacete antes de levar.

Terceiro item: os modelos

Não bastasse a existência de vários tipos, tamanho e cores, você ainda vai ter que decidir entre muitos modelos. Claro que o valor que você estiver disposto a gastar num capacete vai ajudar a limitar a variedade, ainda assim, são muitas marcas diferentes.

O modelo mais básico, que sai a partir de R$35,00 (sim, existe, é só procurar na internet), é do tipo fechado, com forro fixo, fechamento por trava no pescoço e viseira transparente.

Existem modelos fechados ou abertos com ventilação. A quantidade de aberturas de ventilação variam bastante e quanto mais ventilação, mais caro.

Os modelos feitos com materiais mais nobres chegam a custar até R$3.000,00

O meu é um fechado com parte do forro removível para facilitar a higienização, e 3 aberturas de ventilação: uma na altura da boca e duas na parte de cima da cabeça. Sinceramente, eu não consigo sentir ventilação alguma com a viseira baixada e fiquei imaginando como é sufocante o inteiro fechado sem ventilação embaixo do sol.

Por fim: os detalhes

O meu, eu comprei no Mercado Livre. Quando chegou, tive a impressão de que o capacete nem entraria na minha cabeça, mas entrou. Depois de colocar, eu preciso ajeitar as bochechas dentro do capacete e fica tudo confortável, exceto pelo calor, mas você acostuma. O fecho do meu parece com um mini cinto de segurança e se solta quando eu puxo a trava. Ele veio com uma capa de couro sintético sobre o fecho, para que o contato com a parte de baixo do queixo seja mais suave. A marca escolhida é um EBF. Não sei qual o conceito dela no mercado, mas sei que é uma marca bem popular. Do modelo mais simples até os mais bonitinhos, você vê muitos deles nas ruas.

Um detalhe muito importante: não esqueça de verificar se o capacete comprado tem o selo do Inmetro! Essa é, pelo menos na teoria, sua garantia de que o capacete atende às especificações básicas exigidas por lei.

20 de fevereiro de 2017

Comida: Rede de fast food japonês, Sukiya

Vamos começar o post ensinando a pronúncia do nome: "su qui iá".

Eu nem sabia que nunca comentei sobre a maior rede de fast food japonesa que desembarcou no Brasil há uns bons anos e já conta com diversas unidades na cidade de São Paulo.

Estava ouvindo a rádio Band News FM e um colunista gringo que fala os lugares que descobriu por São Paulo, comentou sobre a rede, pronunciando do jeito que dói em ouvidos japas, "su quí a" e me ocorreu de corrigir umas coisas que ele falou.

Sim, japa não come sushi e sashimi em seu dia a dia. Isso seria o equivalente a dizer que brasileiro come churrasco ou feijoada todo dia. Mas japa tem opções melhores do que Mc Donalds quando o assunto é comida ligeira, e um dos exemplos é esta rede. O Mathew (nome do colunista da Band) comentou que ficou surpreso ao descobrir que aquilo era fast food japonês e que a rede só tem comida quente, nada de peixe cru.

No Japão, esse não é o único exemplo de comida rápida e mais saudável do que sanduíche. Nas lojas de conveniência você encontra o bento (se lê "ben tô"), que são pratos prontos para comer frio (aqui na Liberdade, em São Paulo, você também encontra várias opções) ou onigiri com ou sem recheio (se lê "ô ni GUI rí", tendo o R som do r em laranja e também vende nas lojas da Liberdade), e em quiosques de rua, o oden (um cozido de legumes variados no shoyu, esse só conhecendo alguma família japa que te convide para comer num dia comum), entre tantas opções rápidas.

O prato chefe do Sukiya é o Gyudon, que custa a partir de R$11,00 e pode ser pedido com o combo de saladinha e refrigerante ou outras opções e acompanhamentos.

Trata-se de uma tigela de arroz branco tipo japonês (é um arroz de grão mais curto e gordinho) coberto com uma porção de carne cortada em fatias finas que são cozidas em molho de shoyu levemente adocicado com cebolas.

Sou suspeita, mas para mim é o melhor PF (prato feito) para comer quando se está com pressa e querendo gastar pouco. Um Gyudon GG* com refrigerante sai mais em conta do que o número 1 do Mc Donalds e alimenta bem melhor.

Tem umas opções que consideramos meio bizarras e só existem no cardápio brasileiro, como molho de tomate e queijo ralado, mas tem gosto para tudo e de repente, você possa gostar mais dessa combinação.

Eles têm o kare raisu (a gente fala "ka rê ra i çú", com todos os Rs sempre pronunciados como r de laranja) ou Curry com Arroz, mas à moda japonesa e não indiana. Ele é bem suave e dá para uma criança comer com tranquilidade, diferente do Kare de uns restaurantes japoneses mais típicos, que tem até grau e são beeem ardidos.

A última novidade do cardápio (mentira, a penúltima) foi o Lamen (que a gente pronuncia "ráá men", sempre com o R de laranja) que não é da mesma qualidade de restaurantes especializados no prato, mas considerando que custa só R$15,00 na versão tradicional, não decepciona e satisfaz bem até demais.

Minhas sugestões são Gyudon com ontama e combo de refrigerante com karaage (traduzindo, uma tigela de arroz com carne e ovo de gema mole + refrigerante e frango frito à moda japonesa), kare com fukujinzuke e o mesmo combo de refri e karaage (arroz com curry e porção de conserva de legumes em shoyu adocicado) ou o Tokyo Shoyu Lamen que tem caldo feito com shoyu.

Não deixe de pegar uma casquinha na saída. É igual a do Mc Donalds, mas não tem a fila que forma no quiosque do Mc**.

* O GG eu nunca pedi. Na verdade, quando eu estou morrendo de fome, eu arrisco um M, mas no geral eu peço um P e quem me conhece sabe que eu como bem.
** Esse comentário é porque, na Liberdade, o Mc é o vizinho de parede do Sukiya. Estranhamente, o quiosque do Mc está sempre lotado e o do Sukiya, dificilmente tem mais de 1 pessoa aguardando. Talvez seja a mania de paulistano gostar de um fila. rs

As imagens são do site oficial da rede Sukiya Brasil

13 de fevereiro de 2017

Filme: A Garota Dinamarquesa (The Danish Girl)

Que história encantadora, cheia de problemas, mas repleta de carinho e amor. E que atuações incríveis, com indicações e prêmios mais que merecidos.

A Garota Dinamarquesa é baseado em uma história real, contado num livro de ficção, de uma pessoa que nasceu Einar Wegener, mas não se sentia homem e conseguiu se submeter a primeira cirurgia de mudança de sexo conhecida no mundo, tornando-se Lili Elbe.

O filme mostra os dilemas vividos, quando já casado, se sentia estranhamente atraído pelos acessórios e trajes femininos. Aos poucos, a mulher dentro dele começou a dominá-lo e com o amor e carinho de sua própria mulher, encontra coragem para buscar o que acredita, lhe fará mais feliz e completa.

Inicialmente, na busca por tratamento para sua aparente infertilidade, encontra uma porção de médicos, que naquela época (por volta de 1930), achavam que ele estava louco ou com algum tipo de transtorno obsessivo, até que ele encontra um médico que acredita na possibilidade de uma pessoa nascer no "corpo errado" e, alertando sobre os riscos, disse que aceitaria fazer a cirurgia, mesmo não podendo assegurar os resultados.

Em uma busca na internet, encontrei algumas críticas sobre a forma que a história foi retratada no filme, que não explica como e se eles haviam se separado, como era a vida depois que Einar se assumiu Lili perante a mulher, ou quais as reais complicações que levaram à morte, Lili.

Independente disso, o filme nos faz pensar quanta coragem Einar teve que ter para, numa época em que homossexuais eram espancados e desprezados pela sociedade, assumir que não era homem, quão mente aberta teve que ser sua esposa (a mesma pesquisa feita diz que ela era, provavelmente, lésbica ou bissexual, haja vista suas pinturas), a sorte que eles tiveram de encontrar um médico que acreditasse na condição de Einar, sem julgá-lo como aberração, como tantos outros médicos fizeram ao longo da vida de Einar e quão importante é ter o apoio de amigos e familiares nesses momentos.

Seja fiel ou não à história real de Einar/Lili, é um filme lindo, emocionante, que mostra por que Eddie Redmayne conquistou Hollywood e Alicia Vikander levou um Oscar.

Não esqueça a caixa de lencinhos.

6 de fevereiro de 2017

Review: Cinta Peitoral de Monitoramento Cardíaco com Bluetooth e ANT+ da Geonaute

Após 2 anos de uso intenso, a cinta ANT+ que eu tinha da Motorola morreu!

Primeiro pensei que fosse a bateria. Troquei por uma nova e nada feito. Achei que o plugin do ANT+ no celular estivesse com problema, quase resetei meu celular (ainda bem que não o fiz) e cheguei a conclusão de que o problema não era o ANT+, mas a cinta.

Eu lembrava de já ter visto os preços antes e comecei a coçar a cabeça, pensando onde comprar um que não fosse os olhos da cara, já que é para durar só 2 anos, então, após visitar o Mercado Livre, vi esse da Geonaute, que é vendido pela Decathlon.

Acredite se quiser, o equivalente sem marca, no Mercado Livre, custa a mesma coisa. A diferença é que na Decathlon tem nota fiscal, a possibilidade de comprar direto na loja e garantia da marca e da loja.

Primeiro ia comprar um só com ANT+ de novo, que saia R$60,00 a menos, mas como alguns aplicativos esportivos não identificam o padrão ANT+, achei que valia investir a diferença e comprar o dupla tecnologia, ou seja, tenho como usá-lo com aparelhos ANT+ ou Bluetooth Smart.

A faixa elástica é muito confortável, arrisco dizer que o elástico desse da Geonaute tem um toque mais agradável que o meu falecido da Motorola, mas a parte de contato é feita em material siliconado, então, se você ficar longas horas como eu fiz num domingo que sai para caminhar e andar de bicicleta e depois fiquei passeando no shopping com ele, pode acabar com a pele queimada.

Claro que para uso normal, você nem sente a existência dele, que se ajusta bem e fica firme no lugar, apesar do fecho ser somente um gancho plástico.

Quando comprei, achei que o fecho pudesse se soltar, mas não. Você encaixa e ele fica direitinho.

O monitor usa a mesma bateria botão CR2032 que todas as cintas que eu conheço, só não tenho como afirmar a durabilidade da bateria, mas se for como os demais, no mínimo 6 meses de uso até ser necessário realizar uma troca, isso considerando que você use todos os dias.

Em termos de sincronismo, pelo menos com meu celular, foi super rápido, apesar do manual alertar que pode demorar minutos.

Para concluir, recomendo a compra, porque é bem mais em conta do que o da Polar, funciona com todos os aplicativos disponíveis no mercado, desde que seu celular tenha os padrões ANT+ e Bluetooth, é confortável e funciona.