23 de fevereiro de 2015

Como calcular o tempo da sua corrida

Como eu disse, vou escrever como você pode calcular a quantidade de passadas aproximada que você vai dar para concluir um percurso e como calcular a relação de BPM (batidas por minuto) da música que você pode usar como referência para não perder o ritmo numa corrida ou caminhada de rua.

Vou escrever, porque eu não encontrei nada pronto na internet e um amigo me ajudou a perceber a razão para isso: cada um tem uma passada diferente, dependendo da altura e comprimento da perna. Isso sem contar que o passo de caminhada é diferente do passo de um trote ou uma corrida.

Tudo isso, porque eu sempre fui de fazer caminhadas e sempre na esteira, onde você não precisa se preocupar com isso, já que se você quiser manter um ritmo, só precisa programar a esteira e acompanhar o movimento dela, sem outros pensamentos.

E quando você está no asfalto?

A conta é simples e eu vou usar a referência da minha 1ª corrida, cujo percurso tinha 6 km e tempo total permitido de 90 minutos, mas que eu defini que terminaria em 60 minutos.

Comece medindo sua passada. Eu usei o método básico, dei um passo e medi a distância entre o calcanhar do pé de trás com a ponta do dedão do pé da frente. Isso deu 75 cm no meu caso (sim, eu sou baixinha e tenho as pernas curtas).

Sabendo que 6 km é igual a 6.000 metros, a próxima conta é dividir o percurso pela medida do meu passo, ou seja, 6.000/0,75, que deu 8.000 passos.

Uma vez que eu defini o tempo total em 1 hora, que é igual a 60 minutos, eu precisava fazer os 8.000 passos terminar dentro desse tempo, sendo assim, 8.000/60 = 133.

133 é o ritmo que eu precisava imprimir durante a corrida para conseguir cumprir a minha meta, então eu precisava de músicas com 133 BPM.

Como calcular o BPM da música para manter o ritmo
Exemplo considerando 6km em 60 minutos

6.000 metros ÷ 0,75 metros por passada = 8.000 passos

8.000 passos ÷ 60 minutos =
133 passos por minuto ou batidas por minuto da música selecionada

Com essa informação resta descobrir quais música atendem a essa batida.

Eu tentei um programa para computador de análise de BPM, mas não funcionou. Eu só me dei conta quando uma música que eu tenho certeza que serviria, marcava uns 80 BPM no programa.

Então eu apelei para um esquema um pouco mais complicado, que é um app de celular (existem diversos) o BPM Tap. que te ajuda a descobrir a batida. Você, literalmente, bate no ritmo da música no celular e ele calcula a média da batida. Para confirmar, depois de alguns segundos (você define quantos) o metrônomo* é acionado e você pode conferir visualmente se está batendo a velocidade estimada com a que você ouve na música.

Para não fazer com todas as músicas que eu tenho, fui escolhendo as músicas que eu gosto e vendo se elas tinham a média de 130 BPM para mais.

Na hora de montar a lista, coloquei as com BPM mais rápidas na primeira meia hora de corrida, memorizei qual era a música que marcava o meio do período e assim sabia se estava fora ou dentro dos meus planos.

E é por isso que estou compartilhando essas contas com vocês, porque funcionou na prática, como eu pensei a teoria. Quando estava em 3km, eu ouvi a música que marcava o meio e sabia que tinha acertado.

Espero que isso ajude você a escolher as melhores músicas para seu treino aeróbico e suas corridas ou caminhadas de rua.

Se usar minhas dicas, só peço o favor de indicar a fonte, ok.

* metrônomo é um aparelho usado por músicos para a contagem de tempo e para não perder o ritmo, nem para mais, nem para menos.

16 de fevereiro de 2015

Minha primeira corrida de rua: 1ª Netshoes Fun Race


Eu gosto do Facebook por essas coisas, porque se não fosse a timeline eu nem saberia dessa corrida.

Tudo bem que eu descobri a dita no último dia de inscrição, mas antes descobrir no último dia do que no dia seguinte ou bem depois.

Eu nem curto corrida, nunca participei de uma, mas o que me motivou a embarcar nessa foi o kit pós-prova: uma sportband da própria Netshoes. Como já tinha um tempo que eu vinha procurando uma para uso diário e mais em conta, achei a inscrição na corrida o melhor jeito e mais barato.

Para comprar o Connect U220 da All4One, comercializado pela Netshoes, você precisa desembolsar R$199,00 +  frete, já para se inscrever na corrida e ganhar o mesmo produto no final da participação, saia R$170,00.

Conclusão, nem pensei muito, fiz a inscrição depois de constatar que o regulamento permitia que eu cumprisse o percurso de 6km em 90 minutos. O meu passo normal de caminhada na rua é de 6km/h¹, então teria 30 minutos de lambuja para ter direito ao brinde e a medalha.

Sem treino nem nada, há meses sem ir na academia nem para andar na esteira, lá fui eu.

Curiosidades na aquisição do kit corredor: a compra era feita pelo site da Netshoes e tinha todas as vantagens de compra que o site oferece, como parcelamento sem juros no cartão e até desconto por meio de cupons ou convênios.

Existiam 3 opções de frete: grátis, com prazo de até 1 semana; rápido, com prazo de até 3 dias; e o super expresso, que poderia ter a entrega feita até às 15h do dia seguinte. Eu tentei fazer a compra pelo super expresso, por R$18,90, mas não consegui.

Liguei para a central da Netshoes, que tem atendimento super simpático e atencioso, e me disseram que pela data de inscrição não havia mesmo a possibilidade de entrega.

Bobeada minha, porque no site da corrida estava escrito que quem fizesse a inscrição na última semana teria que retirar o kit na véspera, no ginásio do Ibirapuera.

Fiquei aguardando um email com as instruções e... 2 dias depois da compra, mesmo tendo optado pelo frete grátis, recebi o kit no meu endereço. Não vou reclamar, mas não entendi o que aconteceu para eles terem enviado, já que o SAC da Netshoes disse que não daria tempo de enviar e por isso eu deveria retirar.

O regulamento ainda dizia sobre a questão do seguro acidente dos participantes, e que só teria direito a ele quem efetivasse a inscrição até o dia 06/02/2015, sendo que os kits só poderiam ser retirados no dia 07/02/2015. Apesar de saber que cláusulas abusivas não tem valor, mandei uma mensagem para a organizadora do evento, a Noblu, que respondeu em menos de 24h a mensagem enviada pelo site, dizendo que eu teria que perguntar para a Netshoes, porque essa parte não era responsabilidade deles.

Lá fui eu falar com a Netshoes de novo, e a informação passada é que essa cláusula seria ignorada visto a quantidade de inscrições de última hora que eles receberam. Isso me deu uma tranquilidade boa, porque a Netshoes parece querer fazer tudo direitinho.

O local da corrida é um trajeto básico aqui em São Paulo, que percorre os arredores do Parque do Ibirapuera, local bom para iniciantes, já que o percurso é bem plano. Até tem um trecho com uma subidinha, mas deu para encarar.

Eu lamentei não ter água no começo do percurso, mas eles estavam bem distribuídos, com um no quilometro final, o que ajudou bastante. Uma dica seria, leve um pouco de água para beber antes da corrida, porque antes da largada eles não servem nada.

E uma coisa que me marcou foi o fato de uma moto, com um câmera ter tentando me atropelar no meio do percurso. O cara chegou a encostar a moto em movimento no meu braço, porque eu estava viajando no som dos fones de ouvido e nem percebi que ele estava atrás de mim. Achei isso um absurdo e quem estava em volta, também, afinal, no meio da corrida o fotógrafo deveria ter noção de que passar de moto no meio seria tentar machucar alguém.

Meu tempo final foi bom para mim, já que eu estimei 1 hora e fiz em 53 minutos, sendo que o percurso total, pelo meu GPS deu 6,48km.

Se eu vou ter coragem de ir em outra, não sei, mas achei bem divertido e ainda acabei encontrando uns amigos lá.

Para encontrar os calendários de corridas é só procurar no Google. O que não faltam são sites sobre corridas.

¹ Eu vou fazer um post na próxima semana sobre os cálculos que você pode fazer para criar uma lista de músicas para ajudar a manter o ritmo da passada e controlar o tempo da sua corrida.

9 de fevereiro de 2015

Uso consciente da água: como fazer para economizar?

Esse é o tipo de imagem mais fácil de encontrar nas notícias dos últimos meses, uma imagem que na minha infância seria sinônimo do sertão do nordeste brasileiro e não de cidades da região sudoeste do país.

Em casa, sempre fizemos uso consciente de tudo, mas agora é um momento crítico, então estamos fazendo nossa parte, reduzindo em tudo o que podemos, procurando seguir o princípio dos 3 Rs: reduza, reuse, recicle.

Há anos, separamos o lixo reciclável para levar no centro de coleta o que pode ser reciclado. Usamos os 2 lados da folha de papel e evitamos o uso de artigos descartáveis sempre que possível.

Mas o R mais importante do momento é o reduza, porque não dá para achar que a falta de água é responsabilidade dos outros. Se todos fizerem a sua parte, podemos passar dessa fase como já fizemos em outros tempos, porque não é a primeira vez que acontece uma super seca ou redução de produção energética.

Já passamos antes por períodos de racionamento de água, com rodízio, e tivemos até apagões elétricos, pelas mesmas razões de agora: falta de chuva.

E pra que escrever o que todo mundo já sabe?

Para contar o que estamos fazendo na minha casa para colaborar com a economia de água encanada.

NO BANHO

Um balde no box coleta toda a água que iria para o ralo sem uso. Sabe aqueles poucos segundos que você espera para a água sair quente no chuveiro? É essa uma parte da água que coletamos com o balde, além da água que correria enquanto me ensaboo ou passo shampoo na cabeça. E a água do enxague do shampoo também vai para o balde, além da água que eu espremo do cabelo depois.

Como eu tenho o chuveirinho no meu banheiro, eu estou tomando banho com ele ao invés do chuveiro. Isso também diminui a quantidade de água e o limite do tempo do meu banho é o balde. Se ficar cheio é porque já deu. rs

Essa água está sendo usada para a descarga. E a parte boa é que a água é cheirosa de sabonete e shampoo.

NA LAVANDERIA

Usando lixeiras de 60 litros, eu coleto a água da máquina separada por fases.

A da lavagem, que sai mais suja, eu separo para usar no quintal ou garagem. A do enxague, que sai mais limpa, eu uso para a primeira lavagem na máquina de lavar roupas mesmo, o que me faz economizar a água de 1 ciclo na máquina de lavar roupas. E a água que sai da centrífuga, eu também uso para lavar roupa, seja na máquina ou na mão, porque é a mais limpa de todas. E claro, não ligo a máquina enquanto ela não fica cheia.

Na lavanderia ainda dá para economizar com energia. Junte toda a roupa que precisa ser passada e separe o que não precisa de ferro. Assim, você liga o ferro só 1 vez, porque o ferro gasta mais energia para se aquecer e não para se manter quente.

NO QUINTAL

Eu moro em casa, então tenho um quintal e, apesar de não ter calha, a água desce do telhado em filetes. Claro que eu conseguiria coletar mais se tivesse montado uma calha, mas isso envolveria uma obra e fazer novas despesas não está nos planos.

Sendo assim, eu peguei algumas pets, cortei a parte de cima para fazer as vezes de funil, coloquei na boca de uns galões de 20 litros que estavam encostados em casa e de galões de 5 litros que iriam para a reciclagem, além de baldes e bacias da lavanderia, coloquei tudo no quintal e toda vez que chove eu consigo coletar a água.

Recentemente, comprei lixeiras de 60 litros para ajudar na tarefa. Quando não estão com a água da máquina, elas ficam no quintal esperando a chuva cair. A da última quinta rendeu 300 litros de água. Pena que eu não tinha mais recipientes para guardar a água, senão, teria coletado mais do que os 300 litros.

Nem garrafas de 1,5 litro são desprezadas em casa. Eu junto a água onde der, porque a água que eu junto nas bacias não podem ficar armazenadas nelas, para que eu não acabe trocando o problema da falta de água por criadouros de dengue.

Aliás, as lixeiras que eu menciono têm tampa, exatamente para guardar a água sem transformá-las em criadouro de insetos.

NA COZINHA

Quem tem TOC pode sofrer com uma dica dessas, mas para economizar água, o ideal é que você deixe a louça acumular o dia todo para lavar tudo de uma só vez.

Deixe os itens mais sujos, como as panelas, no fundo da pia e os demais itens fora. Encha um copo ou prato com água e vá transferindo essa água de uma louça para outra. Ensaboe tudo o que está fora e os enxague em cima do que está dentro da pia. Deixe essa água de detergente caindo sobre as panelas. Quando terminar de lavar os outros itens da louça, a sujeira mais pesada já terá se dissolvido (se não, é melhor pegar a panela com a água de detergente e voltar no fogão para aquecer. Isso ajudará a soltar a gordura), tornando a limpeza mais leve e rápida.

E evite usar 1 única vez seu copo. Se você só bebeu água, que tal ficar com esse copo por perto e usá-lo de novo sem lavar?

Se você é louco por muitas xícaras de café como eu, que tal usar uma mesma xícara só sua e só dar uma leve passada de água a cada café? Deixe para lavar só no final do dia.

EM OUTROS AMBIENTES

Outras pequenas mudanças também são importantes, como escovar os dentes ou fazer a barba com a torneira fechada, usar um copo de água para escovar e limitar a quantidade de água que você vai usar, regar as plantas com água da chuva, não lavar o carro (nem sei se a sujeira do meu sai mais), entre outras pequenas adaptações que você pode fazer dependendo da sua realidade.

São as pequenas atitudes que farão toda a diferença para que sobrevivamos a este período crítico.

2 de fevereiro de 2015

Estacionamento x Taxi em Guarulhos

Seguindo o post da minha última viagem, vou comentar sobre a vantagem de ir de carro para o aeroporto de Cumbica.

No começo eu só via 2 opções para chegar lá: ou pedia carona para algum bom samaritano ou ia de taxi, mas ambas opções tem seus inconvenientes.

A primeira opção depende muito da boa vontade de terceiros e sua vontade de pedir. O problema surgiu quando eu me vi pegando um voo que sai em horário comercial, mas volta às 3h da matina. Para quem você pede carona às 3h em qualquer dia da semana?

A segunda opção tem vários problemas: o preço, a eterna vontade dos taxistas de sacanearem, andando numa velocidade irritantemente baixa até para o limite das vias, o fato de eu não poder dormir no caminho de qualquer jeito, a taxa cobrada pelo uso do porta-malas, a bandeira 2 no horário citado, a taxa intermunicipal, entre outras desvantagens.

Se fosse no aeroporto de Congonhas, que fica no bairro do Campo Belo, na capital paulistana, eu não diria que ir de carro valha a pena para além de um bate e volta, porque o valor da diária na redondeza de Congonhas é uma roubada (média de R$30), mas em Cumbica o papo muda.

Nos arredores de Cumbica, em Guarulhos, tem muitos estacionamentos que ficam a uns 10 a 15 minutos de carro, mas todos eles trabalham com sistema de traslado, uns inclusos, outros pago a parte.

Quanto mais próximo o estacionamento fica do aeroporto, mais caro, mas existem outros que ficam no limite dos 15 minutos, que são bem em conta e quanto mais dias, mais vantajoso.

O que eu acostumei a parar chama Aeropark, mas não faltam opções na mesma avenida, onde existem muitos desses estacionamentos, alguns com mais estrutura, outros mais simples, mas não sei de nenhum que tenha dado problemas.

Eu fiquei mais confiante depois de ver um monte de comissários de bordo usando o estacionamento escolhido, inclusive, eles deixam a chave no estacionamento, mas você pode levar a chave e ficar mais tranquilo de que ninguém vai mexer dentro do seu carro durante sua viagem.

Agora o comparativo que interessa, o preço.

Indo com meu carro, eu gasto, ida e volta, aproximadamente R$22,00 de combustível (álcool a R$1,899/litro), e R$150,00 por 11 dias de estacionamento, com translado 24 horas incluso e, se o retorno fosse em horário comercial, eu ainda ganharia uma ducha.

Indo de táxi, de acordo com o site www.tarifadetaxi.com/sao-paulo, eu gastaria, ida e volta, aproximadamente R$575, sem contar o tempo parado em caso de trânsito, já computados a bagagem e o adicional de 50%, porque o táxi volta para a origem sem passageiro.

Se você quiser pesquisar por preço, tem um estacionamento mais em conta do que o que eu uso e outros mais caros com vagas cobertas. Basta buscar por "estacionamento aeroporto Guarulhos" no Google, que ele mostra as opções. A maioria não exige reserva e alguns têm convênios para descontos.

Fica a dica!