13 de fevereiro de 2017

Filme: A Garota Dinamarquesa (The Danish Girl)

Que história encantadora, cheia de problemas, mas repleta de carinho e amor. E que atuações incríveis, com indicações e prêmios mais que merecidos.

A Garota Dinamarquesa é baseado em uma história real, contado num livro de ficção, de uma pessoa que nasceu Einar Wegener, mas não se sentia homem e conseguiu se submeter a primeira cirurgia de mudança de sexo conhecida no mundo, tornando-se Lili Elbe.

O filme mostra os dilemas vividos, quando já casado, se sentia estranhamente atraído pelos acessórios e trajes femininos. Aos poucos, a mulher dentro dele começou a dominá-lo e com o amor e carinho de sua própria mulher, encontra coragem para buscar o que acredita, lhe fará mais feliz e completa.

Inicialmente, na busca por tratamento para sua aparente infertilidade, encontra uma porção de médicos, que naquela época (por volta de 1930), achavam que ele estava louco ou com algum tipo de transtorno obsessivo, até que ele encontra um médico que acredita na possibilidade de uma pessoa nascer no "corpo errado" e, alertando sobre os riscos, disse que aceitaria fazer a cirurgia, mesmo não podendo assegurar os resultados.

Em uma busca na internet, encontrei algumas críticas sobre a forma que a história foi retratada no filme, que não explica como e se eles haviam se separado, como era a vida depois que Einar se assumiu Lili perante a mulher, ou quais as reais complicações que levaram à morte, Lili.

Independente disso, o filme nos faz pensar quanta coragem Einar teve que ter para, numa época em que homossexuais eram espancados e desprezados pela sociedade, assumir que não era homem, quão mente aberta teve que ser sua esposa (a mesma pesquisa feita diz que ela era, provavelmente, lésbica ou bissexual, haja vista suas pinturas), a sorte que eles tiveram de encontrar um médico que acreditasse na condição de Einar, sem julgá-lo como aberração, como tantos outros médicos fizeram ao longo da vida de Einar e quão importante é ter o apoio de amigos e familiares nesses momentos.

Seja fiel ou não à história real de Einar/Lili, é um filme lindo, emocionante, que mostra por que Eddie Redmayne conquistou Hollywood e Alicia Vikander levou um Oscar.

Não esqueça a caixa de lencinhos.

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