17 de outubro de 2016

Filme: Inferno, mais uma aventura do professor Robert Langdon

Quando eu comecei a ler o livro ficava me perguntando quando lançariam o filme. De repente, a página do Facebook de Dan Brown começou a mostrar as locações descritas em Inferno e finalmente ele anunciou que eles estavam gravando Inferno!

O filme estreou na última quinta e eu aproveitei que as salas estavam vazias para pegar um cineminha, coisa que já não fazia há algum tempo.

Acho que vale um primeiro aviso: se você é daqueles que sempre reclama que o livro é melhor do que o filme, que faltam detalhes ou qualquer outra coisa relacionado a essa eterna comparação livro versus filme, nem saia de casa.

Se você tem a mente mais aberta para aceitar que um filme JAMAIS será como o livro, por diversas questões, entre elas o tempo máximo que um filme costuma durar, vá assistir, porque o filme está muito legal!

Ler o livro antes, do meu ponto de vista, tem suas vantagens, porque você consegue preencher as lacunas que, eventualmente, acontecem por essa falta de tempo e a "pressa" em chegar às conclusões.

Aliás, eu fiz uma "resenha" (eu não chamo de resenha o que eu escrevo sobre os livros que leio, porque são curtos demais para serem chamados de resenha e sem detalhes) sobre o livro Inferno, que eu li na versão ilustrada.

Quem conhece a obra de Dan Brown, sabe que ele trabalha com enigmas que precisam ser analisados por nosso querido professor Langdon para que seja descoberto o problema e o vilão da história.

Em todos os filmes, essa análise é feita num piscar de olhos, às vezes sem a devida explicação de tudo.

Mapa do Inferno de Dante
Um exemplo (se você não leu o livro, não pretende ler e só quer assistir ao filme, sugiro que pare de ler esse review agora, porque vai te soar spoiler, ainda que eu não considere spoiler quando o livro com a história já estava disponível há tantos anos) é a parte em que eles analisam a imagem que Dante criou do Inferno.

No livro, o professor precisa ver o mapa mais de uma vez para chegar a conclusão do que significavam as palavras que ele murmurava ao dar entrada no hospital, além da mensagem que ele ouvia em suas alucinações. A primeira vez, ele vê o mapa refletido na parede da sala da Dra. Sienna, depois ele só vai parar para olhar de novo na parede de um tipo de caverna, quando eles estão em fuga.

No filme, ele só olha a imagem na parede sala uma vez e enquanto eles estavam em fuga, dentro de um carro, eles vão conversando e já deduzem tudo o que deve estar em uns 10 capítulos ou mais! rs

A parte que eu senti falta foi a passagem pelo Jardim Boboli do Palácio Pitti, que eles corriam por entre arbustos até chegarem ao portão de acesso do Corredor Vasari, que é fechado ao público e tinha um guarda que teve que ser enganado para que eles passassem. No corredor, a descrição de obras de artes que não são mostradas no filme. Eles mostram somente uma porta sem vigilância, num canto do Jardim, que eles abrem e entram. Depois mostram quando eles saem do outro lado, já no Palácio Vecchio.

Agora sim SPOILER ALERT nível máximo.

Eu avisei para parar de ler se não quiser saber mais detalhes do filme.

Não diga que eu não avisei!!!

O final do filme foi alterado em relação ao livro e muito. Eu gosto do final do livro, de pensar que já estamos infectados com um vírus que fará a seleção natural dos seres humanos, mas acho que não pegava bem mesmo o filme terminar assim.

Gostei desse final alternativo para a história, só uma pena que nosso herói não tenha conseguido um final super feliz, apesar de ter recuperado seu relógio tão querido.

Crédito: a imagem do mapa do Inferno de Dante é do acervo da Biblioteca do Vaticano, disponível em http://digi.vatlib.it/view/MSS_Reg.lat.1896.pt.A/0009

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