20 de julho de 2015

Festival do Japão 2015: 120 anos de Amizade Brasil-Japão

O Festival do Japão chega a sua 18ª edição, sempre com mais atrações, muitas atividades para todas as idades e muita comida gostosa.

Esse post começa com umas broncas e depois vem um "manual de sobrevivência" para quem quiser curtir o Festival.

Ano passado fiquei chocada com a quantidade de comentários que o pessoal deixou no Facebook do Festival e, apesar de não fazer parte da organização, fiquei revoltada com alguns, porque o evento é feito com muito carinho, SEM FINS LUCRATIVOS e quase todo por voluntários.

O problema é que o Festival não anuncia isso, e as pessoas ficam pensando que aquilo é uma fonte de renda do Kenren, mas não é.

Sabe aquele monte de gente que está trabalhando nas barracas de comidinhas das províncias? Eles são todos voluntários!

Sabe aquele monte de gente vestindo happis coloridos do evento? São voluntários!

Sabe aquelas apresentações maravilhosas que passam pelos palcos, dançando, cantando e fazendo shows lindos? São todos VOLUNTÁRIOS!

Sabe o que é um voluntário? Uma pessoa que doou/cedeu seu tempo e fez somente por amor, sem receber nenhum retorno financeiro, muitas vezes arcando com despesas diversas para estar lá, como o estacionamento (sim, aquela facada do estacionamento explorado pelo Expo e não pelo evento, sai do bolso dos voluntários que decidirem ir de carro próprio), o transporte e a própria alimentação!

Já que o Festival não fala, eu falo. Eles contam com muita boa vontade das pessoas para fazer o Festival do Japão acontecer.

As províncias são entidades assistenciais e culturais, e não empresas com fins lucrativos. Isso explica a razão delas não terem máquina de cartão para receber os pagamentos.

Elas, em suas atividades diárias, não usam esse instrumento. Somente nessa ocasião e para um fim maior, que é ajudar o Festival acontecer, é que eles mobilizam pessoas para pensar num cardápio e vender coisas gostosas para o público que deseja comparecer ao evento. Ou seja, vão seguir sem aceitar cartão!

Eu já posso ouvir alguém questionando "mas lá no Pavilhão coberto, todo mundo aceita cartão". Sabe por que? Porque lá dentro ficam empresas! Os stands que comercializam itens, com exceção de stands de entidades culturais e assistenciais que também participam do evento, são lojas físicas ou virtuais que aproveitam o Festival para divulgar seu negócio e fazer vendas. Esses aceitam cartões.

O estacionamento é uma loucura? Com certeza! Mas isso é culpa do Centro Imigrantes, que é o único explorador do espaço e não tem concessão nem para os organizadores. Todo mundo que vai de carro paga o que o Centro cobra. Quem não quer pagar pelo estacionamento, tem que ir com o ônibus que sai do metrô Jabaquara, gratuitamente.

Vi gente reclamando da demora para encontrar uma vaga. Ficar 30 minutos rodando no estacionamento do shopping que cobra uma facada ninguém reclama, mas para ir num evento e rodar os mesmos 30 minutos por uma vaga é um absurdo?

Entrar no Facebook para reclamar que não sabia que tinha que levar dinheiro, por falta de caixa eletrônico, entra, mas para ver antes os inúmeros avisos que o Festival do Japão deixou em sua página antes do evento e no site, informando que só haveria caixa eletrônico do banco patrocinador do evento e que as pessoas deveriam levar dinheiro para as compras, porque não se aceita cartão, ninguém viu!

Isso só pode ser coisa de quem tem por hobby reclamar de tudo!

Mas como o Festival é festa e cheia de alegria, vamos falar sobre a parte boa. =)

Ano passado um amigo sugeriu que eu escrevesse um "guia de como sobreviver e se divertir no Festival do Japão" e eu vou tentar deixar algumas dicas aqui.

Dica número ZERO: chegar muito muito cedo!!! Você vai se arrepender de chegar no pico do almoço, porque a partir das 13h, as filas são gigantescas e depois das 16h, os melhores doces e salgados já terão acabado.

Dica 1: Levar DINHEIRO vivo!!! Como o Centro de Exposições não tem caixas eletrônicos, somente o banco patrocinador do evento é que disponibiliza o dele (não é o 24horas). E daí, se você não for correntista, dançou. E mesmo sendo, ano passado o caixa que eles colocaram não funcionou até o sábado a tarde. Como eu já expliquei, associação de província não tem maquininha de cartão! E, se der, leve trocado, principalmente no começo do dia, porque troco é coisa complicada o dia inteiro.

Dica 2: Vá de ônibus! Pegue o ônibus direto que sai do metrô Jabaquara com o letreiro especial. Não paga nada para usar e ele te deixa na porta do evento.

Dica 3: Use tênis! Nem chinelo, nem rasteirinha, nem sapatilha. O chão do local é esburacado (parece que vai ser diferente este ano, mas nunca se sabe), uma parte de pedrinhas e areia, e várias partes são desniveladas. Roupas confortáveis, óculos de sol, chapéu e protetor solar devem fazer parte do seu traje, a não ser que você curta desconforto.

Dica 4: Saiba que as filas para o banheiro são grandes, então não deixe para ir somente no momento final de aperto. Até o ano passado existiam banheiros químicos localizados na parte alta da arquibancada que não haverá mais, mas nos disseram que vão colocar banheiros químicos em alguma área para facilitar a vida de quem vai ao Festival. No desespero é bom saber onde eles estarão, porque é sempre mais vazio.

Dica 5: Se pretende fazer compras, leve uma sacola ou mala com rodinhas. Vai ser mais fácil de carregar suas compras.

Dica 6: Não leve crianças de colo ou muito pequenas. O local é muito lotado e não tem área para amamentar ou trocar fraldas. Se quiser muito ir, recomendo deixar a criança com alguém, no conforto e segurança do lar.

Dica 7: Evite se separar muito de seu grupo. Como o evento fica super lotado, o sinal do celular fica congestionado e é comum o celular não conseguir completar a ligação. Eu não consegui responder mensagens no Facebook, porque o sinal estava instável e várias pessoas que disseram ter tentado me ligar não conseguiram.

Dica 8: Relaxe. Se você decidiu sair de casa para curtir o Festival, vá ciente dos contratempos que isso significa e tente apreciar o que o Festival tem de bom. Se está numa fila enorme, é porque a comida é boa. Se está muito quente, agradeça por não estar chovendo. Se está cansado, aproveite para encostar na arquibancada e apreciar algumas apresentações. Ainda tem gás, participe dos workshops de bon odori, ginástica ou de artesanato. Tem dúvidas sobre alguma coisa lá dentro? Procure um voluntário de vermelho, porque todos estão lá de boa vontade para ajudar de verdade.

Espero que você se divirta muito, porque eu vou lá para trabalhar como voluntária, na maior correria e sempre dou um jeito de aproveitar tudo na maior alegria, ainda que seja na canseira! =)

Datas: 24 a 26 de julho de 2015 - sexta a domingo
Horário: sexta das 12 às 20h, sábado das 10 às 21h, e domingo das 10 às 20h
Local: São Paulo Expo Exhibition & Convention Center (Expo Imigrantes)
Endereço: Rodovia dos Imigrantes, Km 1,5
Entrada: R$15,00 (Menores de 8 e maiores de 65 anos não pagam)
Estacionamento pago à parte R$35,00 (preço único)
Ônibus gratuito saindo do metrô Jabaquara (tem voluntários na estação indicando o local de embarque)
Infos: www.festivaldojapao.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário