5 de janeiro de 2015

Voluntariado: fazer o bem sem olhar a quem

Desde pequena aprendi a ajudar sem receber nada em troca. Claro que tem gente que abusa, mas ainda assim acredito que ajudar engrandece mais quem dá do que quem recebe.

Eu comecei 2014 sem planos de fazer nada de especial, muito por conta da correria e preocupações com o trabalho e meus estudos. Mas como num clique, me deu uma vontade louca de fazer uma boa ação quando vi uma campanha apoiada pela atriz global, Juliana Paes.

Não sou fã dela, mas a ação que ela promoveu me tocou, porque vi muita gente criticando.

Sabe aquele tipo de gente que precisa colocar defeito em tudo? Pois é.

Para quem não sabe, a Juliana tem uma rede de salões de beleza no Rio de Janeiro e junto com a Fundação Rosa, que dá suporte a mulheres em tratamento de câncer, lançou uma promoção para quem fosse ao salão e doasse pelo menos 20 cm de suas madeixas para que a fundação faça perucas, o corte saía de graça.

Quem frequenta salões de luxo (não é meu caso, mas quem  nunca leu sobre os valores cobrados por eles?) sabe que um corte num lugar desses custa uma pequena fortuna, ou seja, é uma super promoção, além de uma boa ação social. Mas as más línguas dizem que é só jogada de marketing.

Minha pergunta é, qual o mal nisso? Antes uma jogada de marketing que vai beneficiar quem precisa do que outras tantas empresas que poderiam fazer o mesmo e não o fazem!

Enfim, como a Fundação Rosa é no Rio de Janeiro fui procurar alguma em São Paulo que fizesse o mesmo trabalho de coleta de doações de cabelo para fazer perucas para mulheres que tratam de câncer, porque mulher que é mulher sabe o quanto cabelo faz diferença. Quem nunca quis matar o cabeleireiro quando ele cortou 1 dedinho a mais do que foi pedido?

Imagina não ter 1 fio de cabelo na cabeça???

Depois de uma consulta ao Google, encontrei a Rapunzel Solidária, criada por alguém que viveu na pele as reações adversas da doença e após curada decidiu agradecer a benção ajudando outras mulheres.

Tirei minhas dúvidas e decidi, deixaria meu cabelo crescer até o natal para doar. Foram 3 meses trabalhando o psicológico do meu cabeleireiro (sim, quem não queria cortar era ele) e 12 meses sem tocar nos fios para que eles chegassem a um comprimento razoável como se vê na foto.

Diferente da doação de sangue (que eu não posso fazer), a de cabelo não tem restrições, exceto pelo comprimento mínimo, que varia entre 15 e 20 cm, dependendo da instituição. Pode ser cabelo de homem ou mulher, cacheado, ondulado, liso, alisado, tingido, não importa. Simples assim.

Como eu disse para meu cabeleireiro, o cabelo delas não cresce, mas o meu vai crescer de novo. Pode demorar, mas cresce, e ele entendeu que era por uma causa nobre.

E assim fiz a primeira boa ação do ano, porque eu cortei no recesso de tudo e só pude levar o cabelo agora.

Se você quiser fazer o mesmo, pode dar uma olhadinha no Facebook e tirar suas dúvidas.

São Paulo - www.facebook.com/rapunzelsolidaria
Santos - www.facebook.com/fiosdefelicidade
Rio de Janeiro - www.facebook.com/fundacaolacorosa

Se você souber de outros lugares, deixe sua dica nos comentários, preferencialmente com o link para o site ou rede social da ONG que arrecada os cabelos.

Você não vai gastar nada para fazer um bem danado a essas mulheres, num momento tão sensível e em que elas estão tão fragilizadas. Quem conhece alguém que tem/teve câncer sabe como é sofrido.

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